“Empreendo, pois, o deixar-me
levar pela força de toda vida viva: o esquecimento. Há uma idade em que se
ensina o que se sabe; mas vem em seguida outra, em que se ensina o que não se
sabe: isso se chama pesquisar.
Vem talvez agora a idade de uma outra experiência, a de desaprender, de deixar
trabalhar o remanejamento imprevisível que o esquecimento impõe à sedimentação
dos saberes,das culturas, das crenças que atravessamos. Essa experiência tem,
creio eu, um nome ilustre e fora de moda, que ousarei tomar aqui sem complexo,
na própria encruzilhada de sua etimologia: Sapientia:
nenhum poder, um pouco de saber, um pouco de sabedoria, e o máximo de sabor
possível.”
A vida com sabor aumenta a potência do
saber. Acreditando nesta máxima, entendemos que usar o saber em suas múltiplas
matizes com boa dose de alegria vai nos levar a uma maior possibilidade de
aprender e de utilizar estes saberes na vida viva. Só uma pequena reflexão!
Ilustro com foto da vista do Costão de Itacoatiara. Bom lugar para meditar e realizar
o sopro “HA”. Para quem não conhece, fico devendo!Bênçãos para todos e todas que mergulham no mar deliciosamente imprevisível do desaprender, que longe da preguiça, envolve uma participação e engajamento ativos que só conseguimos a custa de muita disposição.