sábado, 1 de junho de 2013

SABER E SABOR

Inspirada pelos meus queridos alunos de Biomedicina, trago um carinho de um genial pensador Roland Barthes filósofo, sociólogo e crítico literário francês, seu livro “Fragmento de um discurso amoroso” mexeu com minha cabeça e meu coração. Neste pensamento ele vai fundo nos nossos processos de autoformação:
“Empreendo, pois, o deixar-me levar pela força de toda vida viva: o esquecimento. Há uma idade em que se ensina o que se sabe; mas vem em seguida outra, em que se ensina o que não se sabe: isso se chama pesquisar. Vem talvez agora a idade de uma outra experiência, a de desaprender, de deixar trabalhar o remanejamento imprevisível que o esquecimento impõe à sedimentação dos saberes,das culturas, das crenças que atravessamos. Essa experiência tem, creio eu, um nome ilustre e fora de moda, que ousarei tomar aqui sem complexo, na própria encruzilhada de sua etimologia: Sapientia: nenhum poder, um pouco de saber, um pouco de sabedoria, e o máximo de sabor possível.”
A vida com sabor aumenta a potência do saber. Acreditando nesta máxima, entendemos que usar o saber em suas múltiplas matizes com boa dose de alegria vai nos levar a uma maior possibilidade de aprender e de utilizar estes saberes na vida viva. Só uma pequena reflexão! Ilustro com foto da vista do Costão de Itacoatiara. Bom lugar para meditar e realizar o sopro “HA”.  Para quem não conhece, fico devendo!
Bênçãos para todos e todas que mergulham no mar deliciosamente imprevisível do desaprender, que longe da preguiça, envolve uma participação e engajamento ativos que só conseguimos a custa de muita disposição.