“És
livre para imprimir na tua existência o padrão de felicidade ou de aflição com
o qual desejes conviver. A liberdade é lei da vida, que faz parte do concerto da
harmonia universal. Submetido à ordem da ação, que desencadeia reações
correspondentes, és o que de ti próprio faças, movimentando-te no rumo que
eleges. Podes e deves ser feliz. Esta é a tua liberdade de escolha.
Joanna de
Angelis, muito sábia, nos traz nessa assertiva, luz ao pensamento que ainda
paira nos meios filosóficos-religiosos de que estamos aqui para sofrer, que a
vida é um fardo e que tudo só é conseguido através de muita luta.
Aprendemos assim, construindo para
nós frágeis alicerces de medos e culpas que nos impedem de caminhar em
busca da felicidade. Esta semana uma pessoa em conversa comigo falava sobre uma mania sua e já veio explicando: - sou muito chata mesmo. Discordei veementemente, defendendo-a dela mesma.
Falamos sem sequer
perceber que estamos nos menosprezando, diminuindo, criticando. Sendo devedores
de empréstimos que nem sequer lembramos que contratamos. Mantra
tóxico! Vamos lá, quem não tem alguma mania? Eu tenho várias e tenho me
recusado a categorizar minhas especificidades de chatas.
Hoje eu estou nesta
direção. Antes eu também me detonava sem piedade, sou alta demais, falante
demais, bonita de menos, míope, espalhafatosa, desengonçada, etc. e tal.
Agora entendi que sou do jeito que sou sendo eu mesma, uma graça com todas
essas características belamente estranhas. Gosto de ser assim.
Muitos mantras
tóxicos são entoados por nós diariamente reforçando essa ideia de baixa estima.
Um mantra tóxico
muito entoado é aquele do "não
consigo". Esse escuto diariamente. Não consigo emagrecer, não consigo
me dar bem, não consigo parar de pensar sobre isso, sobre aquilo, não consigo,
não consigo... Sabe o que acontece? Quando você acredita que não consegue realmente
não vai conseguir, e fica num círculo vicioso de negatividade e gol contra.
Outro mantra muito
usado é: "Deus quis
assim", esse eu usei tanto, até entender que Deus quer tudo de bom pra
mim. Emmanuel/Chico Xavier no livro "Fonte viva" nos diz que: "O Supremo Senhor criou o Universo,
entretanto, cada criatura organiza o seu mundo particular... Seremos compelidos
a formar o campo mental de nós mesmos, a erguer a casa de nossa elevação e a
construir o santuário que nos seja próprio." Portanto, segundo essa sacada interessante, a
construção do meu edifício psíquico, ou seja, esse santuário que propõe Emmanuel,
cheio de andares multifacetados é decisão minha. Essa construção é de responsabilidade
minha, nossa, cada um construindo onde vai morar emocionalmente.
Se uso os atributos
recebidos sem vigor, serei fraca, se aprendo a usar com potência, fico fortalecida
e dona do meu espaço. Eu tenho total responsável pela minha sorte ou desdita.
Entendo e fui vítima
também de uma avalanche de ideias contrárias a esta. Isto construiu meu sistema
de crenças que hoje sofre transformações. Sou capaz disto, desde que acredite
de verdade em mim. Vemos inúmeros livros e filmes de ações absurdas de resiliência
e coragem, mas se prefere acreditar que só acontece com os outros. Pessoas bem-sucedidas
são aquelas que acreditam em si, nas suas raízes, nos seus troncos, nos seus
galhos de árvores multimilenares que são.
Mas o campeão de nocividade
de um mantra tóxico é aquele que diz: "tenho medo de ficar muito contente e feliz, pois algo ruim vai
acontecer". E pode esperar que acontece mesmo. A pessoa acaba por
atrair exatamente o que profetizou.
Nossa construção
psíquica foi embasada no medo e na violência real ou simbólica. Imagina que
cantamos alegremente: atirei o pau no
gato e o gato não morreu. Pois é, nós somos os gatos sobreviventes dos paus
que atiramos em nós mesmos. Ok! Ok! Como o gato da canção infantis, não morremos
mas ficamos sequelados emocionais.
Essas constatações abrem espaço para que possamos operar mudanças em nosso ambiente íntimo, renovando os pensamentos vitimistas e vitimizantes. Fazendo uma repaginação das estruturas de base que nos sustentaram até agora. Com sentimento de gratidão pelo que aprendemos, mas com a certeza de que agora não mais queremos isto para nós. Esses padrões negativos não nos pertencem mais, vamos libertar e deixar ir embora essas crenças negativistas.
Essas constatações abrem espaço para que possamos operar mudanças em nosso ambiente íntimo, renovando os pensamentos vitimistas e vitimizantes. Fazendo uma repaginação das estruturas de base que nos sustentaram até agora. Com sentimento de gratidão pelo que aprendemos, mas com a certeza de que agora não mais queremos isto para nós. Esses padrões negativos não nos pertencem mais, vamos libertar e deixar ir embora essas crenças negativistas.
Tenho poder para
fazer essas transformações. Aprendendo assim a lidar com parâmetros e
perspectivas mais adequados aos novos tempos, momento quântico em que vivemos.
Este é o caminho que
tenho escolhido percorrer. Cheio de altos e alguns baixos que aprendo a
conviver docemente ou de forma não tão doce assim quando necessário. Ser
boazinha não está sendo uma opção para mim, andei tomando muito Agrimony e as
máscaras estão soltando dos elásticos.
Nem sempre é fácil,
aliás essa afirmação nunca pronunciei. Para uns é mais fácil que para outros.
As nossas individualidades fisiopsiquicas vão dar o tom do nível de dificuldade
nesse imenso game que é a vida. Usei
o termo game porque lembra
lúdico e eu tenho escolhido viver em alegria. Dançar me faz bem, é terapêutico
para mim, por vezes rodopio ao som de uma música e danço com a vassoura que
nunca erra o passo e está sempre disponível para mais um bailado.
Isso é pouco
"normal" podem dizer os especialistas em normoses. Mas tudo bem, quem
quer ser normal? Eu não! Nem sei bem o que é isso, nesse nosso mundo repleto de
diversidades.
Outros me perguntam
por onde anda minha objetividade. Mas objetividade não é qualidade que almejo,
tenho me aproximado dela quando é importante para que seja minha aliada em
momentos oportunos. Meu empenho neste momento está em fazer meu cérebro trabalhar a meu favor, entoando mantras leves, amorosos, acolhedores para mim mesma e para os outros. Sou pacifica e pacificadora, merecedora de tudo de bom que o universo enviar. E como dizia nosso querido professor Hermógenes: - Entrego, aceito, confio e agradeço, faço minhas essas belas palavras.
Meus mantras agora
são estilo Louise Hay e outros ícones da alegria como a peixinha Dory do filme
de animação "Procurando Nemo" que canta divertida: - continue a nadar, continue a nadar, continue a nadar...
Vamos nadando nas
águas claras do nosso autoconhecimento. Deixo uma bela foto que tirei do pé de maracujá florido e no final uma bela frase inspiradora da Brahma Kumaris para adoçar minhas palavras.
Chuva de bênçãos,
hoje com chuva literal que cai linda do céu abençoando todos nós.
“Um equívoco
acreditar que a jornada espiritual é difícil. Ela é bonita. Qualquer pessoa que
trabalha em si vai desfrutar do benefício da mudança. É como se exercitar. Não
é difícil, só vai tornar minha vida melhor. A espiritualidade é como um modo de
vida. Pegue algo pequeno como acordar as crianças. Deveria ser duro tirá-las da
cama? Ou eu posso fazer isso de uma maneira diferente? Isso é espiritualidade.
Não é nada separado de viver. Simplesmente consiste em fazer tudo o que eu
estou fazendo hoje, mas cuidando de como eu sou por dentro ao fazê-lo. Fique
feliz, seja fácil, seja contente e então faça tudo." http://www.brahmakumaris.org/brazil