domingo, 21 de junho de 2015

CHATERAPIA: CONTATO COM A NATUREZA


A natureza sempre nos oferece recursos valiosos, e entre esses recursos figura o chá como peça chave. Sou uma grande apreciadora dos chás de uma maneira geral, é sempre um bom acompanhante com seus múltiplos sabores e cores. O lindo verde do capim limão, o rosado do hibisco, o amargo da carqueja e por aí vai.
Mas como e sempre bom poder ampliar conhecimentos fui estudar ervas medicinais. O poder dos chás é comprovado e milenar. O casal Fernando Fratane e Clarice Lopes com suas ervas medicinais, florais e numerologia movimentou e dinamizou minha prática terapêutica e minha aproximação com a Mãe Terra.  
Gosto de ser tratada e tratar com o que a natureza oferece. Parafernália química sintética me desagrada e até tintura de cabelo e esmalte de unhas tirei da minha vida. Não vai aí nenhum tipo de crítica para as belas e belos que pintam cabelos e unhas.Cada um tem que fazer o que seu poder interior manda. E as individualidades bioquímicas cuidam para que tudo fique muito bem. 
A natureza nos presenteia com o que presenteava nossos antepassados. E nossos nativos cuidavam muito bem de si e dos outros com ervas, cataplasmas, beberragens e práticas de Medicina Naturais que até hoje funcionam muito bem. Vale ressaltar que também aqui não vai crítica sobre as intervenções medicamentosas. Prefiro usar quando realmente são necessárias, afinal não vou usar exclusivamente chá nem floral para uma fratura exposta. Falo isso porque tenho treinado meu bom senso e cada situação exige um tipo de ação.  Ditadura de esquerda é tão ruim quanto ditadura de direita e ser rígido com preciosas informações mais afasta que agrega os mais resistentes. Rigidez não é bom nem para si mesmo nem para a convivência no mundo. 
Vou iniciar uma série de posts sobre esses remédios: os chás! E estou chamando esse tratamento de chaterapia, palavra que já ouvi aqui e ali.
Meu professor Fratane fez uma ótima distinção quando separa chá social de chá medicinal. Chá social é cultural e tem a função de recreação e divertimento, aí vale tudo, adoçar, usar de saquinhos, colocar leite a moda dos ingleses, comer com biscoitinho. Esses chás tem um objetivo específico e importante: alegrar o coração, aí fica ao gosto daquele que está usando. Já os chás medicinais tem uma forma específica de preparo e para estes quanto mais informação eu tenho, melhor eu aproveito seus princípios curativos. Esse santo remédio também possui algumas poucas contra indicações de acordo com a erva utilizada e a situação de cada um, portanto, fiquemos atentos.
É sobre estes que lançarei um olhar mais demorado com o intuito de esclarecer e conclamar a todos que aceitem essa aventura. Tem sido bom para mim e desejo socializar. 
Vale um esclarecimento inicial que é de extrema importância, e que meu passeio pela alimentação viva reforçou sobremaneira: a questão da vitalidade. É inegável que as ervas frescas tem um poder maior que as plantas secas, se plantadas e colhidas por você então é cura na certa. Mas nós fazemos o que é possível e nem sempre temos ao alcance das mãos um capim limão lindo e verdinho, uma hortelã aromática e deliciosa, um gengibre colhido na hora. Assim optamos pelas ervas secas. Fiquemos apenas atentos a procedência. Procuro comprar frescas e deixar secar a sombra quando possível, caso não seja, faço o que é possível e já compro seca mesmo. Evite criar dificuldades desnecessárias, o importante é começar do jeito que dá. 
Meu amigo Rodrigo, muito lindo, fez uma viagem a Minas Gerais e trouxe uma quantidade variada de chás que encheram minha despensa. Amei!  E meu outro amigo Eduardo trouxe saquinhos costurados a mão quando em viagem ao exterior. Pois é, ganho chás de presente e comemoro.  
Vou começar com um especial badalado e conhecido: hortelã. Essa erva aromática cai bem com tudo, tempera que é uma beleza, dá um frescor aos sucos verdes e é um chá fabuloso, para fazer uma xícara use 3 folhas se for fazer um litro para bebericar como água para aproveitar os benefícios, use 7 folhas, considere estas medidas das folhas médias, demais use o boom senso de que todos somos nutridos.
Nas suas múltiplas manifestações encontramos hortelã miúda, média, grandona e a aveludada hortelã Pimenta que aparece na ilustração.   Boa para refrescar o hálito quando mastigada. Geleia de hortelã é uma delícia. 
Vale trazer aqui a mitologia para dar um tom. Conta-se através do tempo que Plutão que era casado com Prosperine, deu uma pulada de cerca com Minthe, esta sofreu a fúria da esposa traída, que a transformou numa planta, a hortelã, um castigo perfumado afinal.
Já que estamos no passado, conta-me que os atenienses esfregavam as folhas de hortelã-pimenta nos braços para aumentar a resistência a doenças e mordidas dos pequenos seres da natureza que insistem em nos picar. 
Múltiplos benefícios dessa plantinha amiga, como gargarejo ajuda nas dores de garganta. Pode aliviar, também, picadas de insetos. Muito boa contra ânsia de vômitos O chá de hortelã de qualquer espécie é indicado para tratamento de gripes e má digestão, elimina toxinas, é um chá DETOX, ajuda a purificar o organismo, limpar o tubo digestivo, diminuir a temperatura do fígado, calmante e desestressante. Para fazer um sumo para anemia, verminoses, tensão nervosa, tremedeira. Macerar folhas, espremer e beber o sumo puro. Resumindo hortelã é tudo de bom. No quesito contra indicações, no livro "A cura que vem dos chás" de Carlos Alves Soares, existe a sugestões de que mulheres grávidas e que estejam amamentando evitem esse chá, ok, então, vamos evitar. Esse assunto continua, para meu prazer, com outras ervas e especiarias.
Chuva de bênçãos para todos os apreciadores de chás e bênçãos também para aqueles que ainda não sentiram esse prazer. Namastê!





segunda-feira, 15 de junho de 2015

PENSANDO NAS CRENÇAS

“Faze uma avaliação honesta da tua existência, sem consciência de culpa, sem pieguismo desculpista, sem coerção de qualquer natureza, e logo depois desperta para o que deves produzir de bom, de útil, de construtivo, empenhando-te na realização da tua liberdade de ser feliz. ”

Numa sexta-feira dessas, fiz uma palestra que teve uma repercussão interessante. Num clima de bate papo descontraído revisitei umas crenças que ando questionando e que acabam por nos paralisar. Essa assertiva da dupla Joanna de Ângelis/Divaldo Franco no livro “Momentos de Saúde” figurou bem fortemente, visto o aprofundamento que apresenta.
Aqueles que de uma forma ou de outra apresentam natureza religiosa ou praticam alguma religião tendem a solidificar crenças que mais atrapalham que ajudam. O que não significa que outros tantos que sem religiosidade também não apresentem crenças limitantes, pois muitas vezes se coadunam com princípios conservadores, preconceituosos e restritos das liberdades individuais. 
Crenças limitantes é terminologia específica  que conheci na minha formação em Couching passeando pela PNL. Esses conhecimentos mudaram meu discurso. 
Afinal em que consistem estas crenças que te aprisionam e limitam? Louise Hay diz que é tudo que você ouviu ao longo da sua vida, na infância, adolescência e até mesmo na fase adulta. Você ouviu, nem sequer entendeu e como acaba ouvindo inúmeras vezes passa a considerar como verdade, por vezes inquestionável. 
Um exemplo pode ser a tão famosa fala "homem não presta", outra, “mulher dirige mal, tem que pilotar fogão".  Posso enumerar umas tantas que dariam uma dissertação ou pelo menos uma monografia. 
É importante que se faça aqui considerações com relação a estas duas em questão, são preconceituosas e sexistas e colaboram para o recrudescimento de uma guerra dos sexos que não favorece aos homens e nem as mulheres. Que enfatizam a falha e não a potência. Figuram em piadas e brincadeiras que se fazem distraídos sem perceber o que tem por trás. A carga emocional de rebaixamento de ambos os sexos, desconsideram as peculiaridades de cada um, transcendendo as questões de gênero. 
Outra crença limitante está de categoria religiosa, ensinando que para ganhar o céu deve se abandonar a terra.  Mas como? Onde estamos? Para ter futuro nego o presente? Pensar sempre no futuro próximo ou distante rouba o presente que acaba por não ser vivido e aproveitado causando frustrações incontáveis,
A crença de que temos que ser bons o tempo todo precisamos corresponder ao que esperam de nós cria doenças físicas e emocionais. Me calo, me comporto, obedeço, viro cordeirinho de um rebanho de pastores loucos por moral forçada. Aí adoeço, perco o viço e viro um ser infeliz, acorrentado beijando as correntes. 
É lindo ver o trabalho de missionários, Madre Tereza, Irmã Dulce, Chico Xavier, entre tantos outros, porém estas pessoas são como já enfatizei "missionários". 
Eu sou apenas uma pessoa transitando no mundo com minhas dores e alegrias. Minha "missão"" é correspondente às minhas potências, do tamanho de um botão. Mas é o que posso oferecer a sociedade. Minha conduta ética, perfeita do jeito que posso ser perfeita. Meio torta as vezes, egoísta, possessiva e voluntariosa, as vezes, tudo “as vezes”. Cada dia menos frágil porque cada dia sou MAIS. 
Estou aqui no mundo para me melhorar e cuidar primeiro de mim mesma, para que possa haurir forças para num futuro voltar com missões mais nobres. 
É injusto comigo mesma carregar o peso do mundo e me negar em prol do outro ou em prol de uma perfeição idealizada de mim mesma. Ainda não estou pronta para isto. Desejo investir em meu aprimoramento, autoconhecimento, prazer e alegria. Sem culpa, de preferência, por ser assim. 
Não somos responsáveis pelo aprimoramento moral ou pessoal de quem quer que seja, nem dos filhos, nem dos pais, nem dos parceiros fixos ou fortuitos, nem dos amigos, nem dos desvalidos. Você é responsável apenas por VOCÊ mesmo. Tenho usado como um mantra: "Eu sou responsável única e exclusivamente por mim mesma" 
Cada um escolhe seu caminho e sua rota. Suas orientações tem peso significativo no caso de filhos, mas as escolhas e o poder de decidir cabe a eles. Quando os pais decidem tudo e cercam de proteção asfixiante, criam filhos que serão adultos indecisos e sem autonomia. O que acaba gerando mais dissabor que sabor. 
Querer ser bonzinho sem estar pronto para isso é automutilação. Vive-se infeliz aguardando aprovação, reconhecimento e gratidão. E nem sempre vem, pelo contrário, quanto mais se espera mais afugenta estas dádivas que devem ser espontâneas.
A fala hoje conclama autenticidade, auto reconhecimento e verdade, quebra de paradigmas e nossas crenças.  Seja o melhor que puder ser, mas seja você mesmo sem se preocupar em agradar aos outros. Agrade a si mesmo se tratando muito bem e o Pai criador ficará muito feliz em ver seu esforço. Ele investiu em você e quer o sucesso absoluto da obra. O restante deixa que o tempo vai aprimorar cada dia mais.
Essa mandala que ilustra fiz no chá de bebe da Maria, uma nova irmã que chegou para alegrar nossos corações.
Chuva de bênçãos a quem se aceita como é, bênçãos também para aqueles que estão em processo de auto aceitação. Namastê!