sábado, 8 de setembro de 2012

COMEMORANDO A INDEPENDÊNCIA! DE QUEM? A MINHA!

Nada de entrar em questões do dia da independência do Brasil e de toda turbulência deste item tão sofrido. Eu comemorei o meu dia de independência. Estou numa fase muito de bem comigo mesma. Minha independência dependente da inteireza da população humana, parceiros meus na trajetória evolutiva no mundo. Dia feliz, bem humorada, almoçando vivo. Curtindo meu cachorro, assistindo palestra e confraternizando com meus amigos. Meu dia foi produtivo e meu almoço foi especial. Esse eu divido bem com vocês, couve a minha moda.
COUVE A MODA ESPANHOLA PARAIBANA.
Comprei na feirinha ecológica lá no Terrapia uma linda couve orgânica. Essa couve passou maus bocados. Pegou engarrafamento comigo, fez uns passeios por Nikiti para umas comprinhas para o feriadão, foi para a faculdade trabalhar? Trabalhei pouco, pois em véspera de feriadão só me restou uma aluna na sala, Aline! Gratidão pela presença. Foi uma ótima aula, foi um prazer te conhecer melhor.
A couve lá, firme e forte. Chegou a casa tão cansada quanto eu. Fui direto para a cozinha reanimá-la. Tratei com carinho e prometi que daria a ela um tratamento de princesa no meu almoço do dia da independência. Prometi e cumpri.
Olhei o que merecia sua companhia. Pensei que ela merecia a presença das minhas sementes mais queridas, feijão azuki e aveia. Uma cenoura para colorir, um dentinho de alho para dar um toque, junto com um gengibre que tem poder, e é claro, azeite extra virgem, missô e limão. Boas companhias para a minha parceira do dia: A COUVE.
Daquele jeito Terrapia de ser, meio sem receita. Comecei assim, lavando bem e picando a couve, ralando a cenoura, misturei essas duas com carinho e fui colocando o alho, eu tiro sempre a parte interna desse amigo, prefiro esse sabor menos violento, coisa minha, cada um vai fazer como gosta, eu apoio, inclusive os comedores de cebola crua que respeito, mas dispenso.
Foi entrando o azeite e o missô, coloquei também gengibre ralado. Agora trabalhar com as mãos. Misturando, doando meu calor, recebendo sua energia. Meditação ativa, foco na tarefa, quando senti que já estava bem misturado, acrescentei aveia hidratada e o feijão azuki germinado, estava lindo. Finalizei com limão, muitas gotinhas de limão. Misturei tudo já salivando. Que vontade. Preparei o prato bem bonito e fui fotografar para mostrar para vocês. E a fome foi aumentando.
Quando olhei o prato pronto, pensei que um abacate combinaria bem, tinha m madurinho na fruteira. E o que fiz? Acrescentei o abacate bem amassado, esse amigo é fácil de se dar bem com os outros, é moldável, pode ser doce, pode se salgado, ele se enturma bem. Montei, então, outro prato e meu almoço, foi se transformando, como eu, em algo novo. Algo presente na essência do mundo, que cria e recria novas formas de ser.
Fotografei tudo e pensei: que lindo feriado, minha independência não tem preço, minha independência consciente de que tudo está em tudo integrado.
O Luiz Rodrigues falou na palestra que tudo é trabalho em conjunto, que precisamos sempre uns dos outros, para as coisas das mais simples as mais complexas, temos todos esses favorecimentos, luz, roupa, chão limpo para pisar devido ao trabalho de alguém invisível no momento que esteve cumprindo seu dever. Boas palavras, ótimas reflexões. Gratidão! Gratidão por tudo!
Bênção para todos e todas que vivem no planeta, como eu, nesta dinâmica independentemente dependente.


domingo, 2 de setembro de 2012

QUANDO PARA DE DOER

Existem momentos que você sucumbe de amorosidade extremada por outro ser. Sai de si, entra na barafunda de suas emoções e sofre. Como sofre. Muitas vezes, durante anos a fio este sentimento fica corroendo e nutrindo sua baixa afetividade por si mesmo.
Essa dor ocasiona um impeditivo para que você possa caminhar em direção a felicidade interior. Vê apenas que no exterior, naquele objeto de afeição, reside toda sua capacidade de amar. Sofrendo se maltrata, procura defeitos, se culpabiliza e atônita percebe que tem culpa mesmo e sofre e se culpa mais um pouco.
“Ultrapassar a dor é a pior crueldade” diz Clarice Lispector, a questão é que sem dor você urgentemente precisa colocar outro sentimento no lugar, senão é crueldade mesmo, o chão se abre e você se enterra,  encontrar outro sentimento parece missão impossível.
E o tempo vai passando e você se impedindo de ser feliz, de encontrar outro amor, de se encontrar, de se fazer feliz. Boicotando todas as suas chances, fica perito nesta área de alto boicote.
E de repente, você se dá conta que parou de doer, mas tão acostumado estava com a dor que fica procurando e quase sofre mais um pouco, pela ausência dessa dor companheira.
É nesse momento que você percebe que pode ser muito feliz, abrindo seu coração para outro amor e principalmente para você mesmo. E sente-se leve e flutuante.
A dor dá lugar ao contentamento e tudo fica mais azul, o sol mais ardente, a primavera, que afinal está perto, mais primaveril. E você fica pronto para o deslumbramento que pode se proporcionar pelo simples poder de se permitir parar de doer.
Para todos e todas que entendem o parar de doer, minhas bênçãos!