sexta-feira, 25 de novembro de 2011

CUSCUZ “QUASE NADA” MARROQUINO A QUATRO MÃOS

Amigos, a vida é repleta de celebrações.
Paula Alexandrisky e eu fomos para a cozinha. Meta de coaching, alimentação saudável e saborosa, porque sofrer comendo não é espiritual.
O cuscuz é um prato único que contem muito sabor e cores alegres. Vamos lá aos ingredientes:
200g de semolina, aquela própria para cuscuz. Fizemos esta quantidade pois ia ficar para mais tarde.Quem sabe o maridão não se arrisca?
1 abobrinha de tamanho médio que deve ser picadinha como seu gosto indicar e cozida com sal e uns verdinhos, neste dia coloquei  hortelã e cebolinha para fornecer aquele gostinho especial. O caldo vai hidrata o cuscuz, então reserve. A abobrinha é minha querida no dia-a-dia, é uma delícia e tem poucas calorias, pode vir sozinha ou acompanhada que é sempre uma excelente companhia.
1 cenoura de tamanho médio ralada crua, tem gente que prefere picar e cozinhar, eu diria que você deve fazer dos dois  jeitos e decidir o que te faz mais feliz, eu gosto de ambos, a crua saí ganhando, sempre entendo que crua é mais poderosa.Lembra que essa nossa amiga cenoura é um valioso antioxidante que aumenta a imunidade?Eba!
Eu ia cortando a abobrinha e a Paula ia ralando a cenoura, eu fazendo a maior bagunça na casa arrumadinha da Paula, mas ela estava alegre e nem ligou, ponto para nossa amizade.
Agora a alquimia, vamos juntando tudo ao  cuscuz hidratado. O cuscuz foi colocado numa vasilha e hidratado com a água da abobrinha. Ah! Tira o verdinho que já deixou na água o melhor de si. Para hidratar deixe 5 minutos descansando. A semolina vai absorvendo a agua e crescendo, a Paula ficou toda admirada da absorção da agua pela semolina, surpresa de iniciante, eu sorri contente, com aquela cara maliciosa de quem já sabia.
Outros ingredientes que foram entrando: um bom punhado de azeitonas, cogumelos, nozes e  castanha do pará. Isso tudo tinha na geladeira e na despensa da Paula, ela ia picando, quebrando, colocando, do jeito que quis, esse é o grande segredo do nosso cuscuz, ele é bem assertivo, pode ir colocando que cabe.
Para finalizar, hortelã a gosto picadinha e azeite para arrematar. Lembrando: azeite extra-virgem, garoto bom! Sou filha de mãe espanhola preciso honrar as azeitonas maravilhosas.
Fizemos também suco de amêndoa germinada com damasco, mas isso ai já é outra história que conto outro momento, e para finalizar a sobremesa de banana que também vou ficar devendo para um próximo momento, afinal quero voltar muitas vezes aqui para contar minhas aventuras na cozinha.
Bom demais. Á mesa uma prece de agradecimento e harmonização para fechar a receita. Sabores mesclados, uma experiência deliciosa, bate papo, conversa vai, conversa vem, acabou o tempo, precisamos mergulhar nas tarefas do dia a dia, foi um bom trabalho que fizemos juntas. E viva a possibilidade de ser feliz com pequenos mimos dedicados a nós mesmos. Muita paz!

domingo, 20 de novembro de 2011

No site do CEPEAK

Indico aqui dois artigos que estão no site do CEPEAK -Centro de Estudos e Pesquisas Espíritas Allan Kardec.
Escrever é um chamamento, as coisas vem e são aprisionadas pelo papel, hoje modernamente com outra configuração.A dinâmica virtual cobra uma agilidade e um método todo próprio e meus papeis de carta, e canetas bonitinhas ficaram relegadas a convidados eventuais em ações onde protagonizavam esplêndidos.
Convoco a todos para que se deixem envolver pela modernização necessária e importante, mas que também se permitam, vez por outra, escreverem pequenos bilhetes ou escritos de qualquer ordem que tirem do ostracismo o nosso viés epistolar tradicional.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

contentamento

Recebi o e-mail do Charles Rocha, transcrito abaixo, e percebi o quanto precisamos estar atentos aos nossos processos comunicativos. Fiquei repleta de contentamento. Atingi meus objetivos e ganhei um gás a mais para continuar meu caminho. Agradeço o carinho e retribuo com muito respeito pela sua busca, que também é a minha, de investir no processo do autoconhecimento. A Brahma Kumaris está sendo muito importante para mim, ensinando técnicas de auto melhoramento. Sucesso para você nos negócios e na jornada no mundo. Muita paz!
Olá Teresa, boa tarde!
Quero dividir com você a importância de tê-la conhecido.
Bom! Tudo indicava que seria mais um encontro do RH-LF, para troca de informações do mundo corporativo. Até que a sua pessoa é apresentada ao grupo e de uma forma muito singular, sem perder o foco NEGÓCIO falou de espiritualidade, do processo interno, do impacto no mundo externo, enumeramos as competências que temos, discutimos as que precisamos ter e tudo de uma forma mágica, digo isso, por que de repente, a hora passou e estávamos até atrasados.
Foi perfeito! Conheci nomes como Ken O’Donnell, me identifiquei com a frase do Roberto de Niro que você comentou – “Há uma certa combinação de anarquia e disciplina na forma como eu trabalho”, olhei para mim e fiquei feliz por ter encontrado naquele momento o que estive buscando por alguns anos, a importância de conhecer-me de verdade para trabalhar os meus medos, o desapego, alinhar os meus valores, enfim, até que decidi conhecer o Brahma Kumaris de Laranjeiras, que fica perto da minha casa.
Estive em uma palestra, estou escrito para a turma de meditação Raja Yoga do mês de dezembro e tenho lido muito a respeito...
É isso! Muito obrigado!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Estar no presente

Palestra linda da BK Mara Rita Gomes, coordenadora da Brahma Kumaris de Portugal, uma brasileira, como ela mesma disse, tipo exportação, o tema foi “A importância de usar bem o tempo e os pensamentos”. A reflexão profunda que me pegou pelo pé foi exatamente o estado de presença, estar no aqui e no agora. Nossa mente vive pululando de um lado para o outro, muitas vezes sem direção, no passado, no futuro, nos sonhos, nos devaneios e o presente foge de nossas mãos. Vivemos em um estado de correria que nos impede de crescer, de investir mais na apropriação do momento. Sentir o que está a nossa volta, valorizar os nossos amores próximos, ver a beleza do entorno. Voltei para casa e fiquei admirando o meu cachorro, na simplicidade do instante de ser ele mesmo, lindo, com seu olhar de encanto por mim, pela minha chegada que o tirou da solidão da minha presença, seu balançar de rabo, seus pulinhos engraçados. Aquele chamamento para o instante fez-me ver o ambiente a minha volta, minha casa, meu espaço, e me vi feliz por estar neste momento eu mesma. E um contentamento delicado e calmo criou um clima de chegada a casa tão especial. Recomendo momentos de calmaria, momento de singeleza na volta ao lar. Tente isto. Eu sei, dá certo!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

FAROFA ESPETÁCULO DE AVEIA DA ELÔ

Meu aniversário é uma celebração. Amo! Essa idéia de estar no mundo é fascinante. E neste dia eu cheguei. Sempre comemoro. Muito. Fizemos um workshop de comidas saudáveis e naturais, foi um café da manhã começando com suco verde que emendou em um almoço e lanche e quem quis foi ficando até o dia lindo acabar repleto de alegrias e comilanças. Este ano minha amiga Eloíza Helena fez uma farofa espetacular, daí veio o nome da receita, quem batizou foi a Flávia Mello. E é essa hoje que eu vou compartilhar, tudo com gordura do bem. Começando com os Ingredientes:
1 colherinha de azeite (extra virgem, é claro)- Ah, na fase detox vai sem azeite nenhum.
8 castanhas do Pará (bendito selênio que retarda o envelhecimento)
1 colher de semente de girassol (temos aí fibras e potássio)
1 colher de gergelim (olha o ômega-3 aí gente!)
1 colher de chá de chimichurri (tempero argentino, é um mix de vários temperos – muito saboroso)
8 colheres de sopa de Aveia (amigona do dia-a-dia contém, só para resumir minerais e fibras, uso muito farelo de aveia, aí vale em flocos grossos, finos, farinha, etc. e tal)
4 colheres de sopa de Quinoa( nutritiva e deliciosa)
Elô começou assim:
Colocou uma colher de azeite(eu fiz outra vez e coloquei ghe – pode!),  para dourar as Castanhas do Pará picadinhas, depois foi colocando assim, uma colher de semente de girassol, uma colher de gergelim(pode colocar o claro e o escuro, que é bom demais), uma colher de chá chimichurri, 8 colheres de sopa de aveia e 4 de Quinoa. Sal a gosto(coloquei sal verde). Elo é minha amigona e sabe que eu sempre dou um toque pessoal, então, eu coloquei quando repeti a receita no final umas passas sem semente claras e escuras e uma cenourinha ralada. Ficou muito bom. O feijão azuki amou a parceria.

Leveza

Hoje está um lindo dia de chuva, chuvinha fina ininterrupta, fui comprar frutas e a bolsa estava com aquelas gotinhas que nos fazem lembrar dela mesmo depois quando estamos em casa já protegidos. Olhando as gotinhas lembrei-me de agradecer o tempo vivido. Os anos vividos, os amores vividos, as dores (professoras) vividas, as oportunidades vividas. E trouxe a virtude da leveza para dentro de mim. A leveza que percebe a respiração e os batimentos do coração, o ir e vir do dia a dia nos pequenos detalhes, no momento de parar e se perceber. Voltar os olhos para si e sorrir. Sorrir tranquila pela existência. Estamos aqui e isso já é celebração.

sábado, 15 de outubro de 2011

CREME DE INHAME - Experimente! é 10!

Esta receita eu comi do hortifrut de Icaraí numa daquelas simpáticas (mas não inocentes) degustações, gostei e fiquei assim matutando ,”como poderia ficar mais saudável” vim para casa e fiz algumas adaptações mega legais.
O que usar?
1 kg de inhame, “vá na fé” e compre, o mundo do inhame é um mistério
50 g de tofu defumado, pode usar o sem defumar, mas esse dá um toque especial
1/2 alho-poró (se for grande, se for pequeno use todo, eu abuso do alho-poró, ah, mas use a parte branca
Verdes a gosto,opções: o clássico cheiro-verde, hortelã, coentro, ou tudo junto, EBA! Mix verde(faço um mix lindo com endro e manjericão
Eu uso Ghee, mas existem opções: óleo de boa qualidade ou azeite extra virgem, um segredinho: coloque tudo junto para refogar sem antes aquecer a gordura. Também tem a opção de sem gordura, eu uso, quando outro prato já leva gordura de qualquer tipo.
Preparando fácil, fácil:
Cozinhe o inhame na água e sal. Bata o inhame cosido no liquidificador com a água do cozimento. Em uma panela coloque o ghee, e refogue o alho-poró um pouco, adicione o tofu em pedacinhos e o inhame batido. Salpique os verdes, deixe descansar 5 minutos  e sirva bem quentinho. Uma pitada de curry dá um toque a mais.Eu como sou filha de espanhola, sempre como umas torradinhas de pão árabe com azeite e gergelim salpicado, bom demais!
Falando do que vai comer:
Inhame – A estrela
Li por aí: Esse amigo é super do bem, rica fonte de beta-caroteno, fonte de vitamina C e do complexo B, contém cálcio, fósforo e ferro. Nutritivo, originário da Índia, Além das vitaminas A, C e as do complexo B, nessa raiz encontramos também considerável índice de hidratos de carbono, além de  pequena quantidade de proteínas e gorduras. Entre os minerais, o cálcio, o ferro, o fósforo e o cobre. Este último atua na formação de melanina, responsável pela pigmentação da pele. È um dos alimentos medicinais mais fantásticos que se conhece; faz todas as impurezas do sangue saírem através da pele, dos rins, dos intestinos. Os médicos orientais recomendam comer inhame para fortificar os gânglios linfáticos, que são os postos avançados de defesa do sistema imunológico. Eu praticamente como todo dia, faço até suco de limão com inhame, uma delícia.
Ghee manteiga clarificada - Conheci com os meus amigos maravilhosos do VRAJABHUMI  em Teresópolis. Para a digestão: Equilibra a acidez gástrica. Estimula o metabolismo. Livre de lactose, Não contém glúten. Sem sal. Não contém corante nem conservante. Dispensa refrigeração. Promove longevidade. Manteiga gourmet e medicinal. Se não for tudo isso é bem próximo.
Tofu  - É um alimento produzido a partir da soja. Tem uma textura firme parecida com a do queijo, sabor delicado. Pesquisas revelam que esse poderoso alimento pode beneficiar o organismo nos casos de colesterol, câncer, osteoporose e ainda, para as mulheres, ajudará a amenizar os problemas acarretados pela menopausa, afinal, estou neste momento histórico. 
O tofu pode ser consumido in natura, cozido, frito, refogado ou grelhado. Tem o dobro de proteínas que o feijão e quase metade das calorias do queijo branco. Gosto muito e uso no cotidiano.
Endro - é uma erva aromática, comprei uma mudinha e tenho lá emcasa, não ficou lindo como o mangericão, mas vale a intenção. É também conhecido por aneto ou dill, é muito usado na cozinha sueca, finlandesa, russa e polaca. Vale experimentar, fui conhecer e virei fã.
Alho-poró? Não conhece? É da família da cebola e do alho, uma iguaria.
Experimente esta receita e diga como a vida é bela.
Boas vibrações e convidem!

sábado, 24 de setembro de 2011

OUVINDO APRENDEMOS A RECONSTRUIR O MUNDO

-Cala a boca menina! -Cala a boca menino!
Esta ordem muitas vezes proferida pelos educadores ecoa tão fortemente em nosso mundo íntimo que, ditas, repetidas vezes, surtem exatamente o efeito inverso. Desatrelamos mais a falar como forma de reagir ao imperativo cerceador. Esse confronto nós levamos para a nossa vida adulta, tornamo-nos defensivos contra o agente silenciador. Apesar das tentativas de silenciamento, a habilidade de falar é estimulada, criando assim um conflito que nos acompanha ao longo de nosso processo evolutivo de crescimento. E esse agente reativo lança faíscas ao nosso redor dificultando a convivência. Como diálogo significa entendimento entre duas ou mais pessoas, só seremos bem entendidos e entenderemos bem se conseguirmos falar e calar. E a importância dessa dinâmica de  indissociabilidade e  complementaridade nos são omitidas em nossa educação formal e informal.
Plutarco, filósofo grego da Antiguidade, em seu elucidativo livro “Como ouvir” afirma que é o ouvido precisamente o órgão da sabedoria. A idéia de Plutarco nos remete as falhas de nossos procedimentos cotidianos, no afã de ser ouvido, perco oportunidades preciosas de construir o saber, ampliando assim a rede de saberes que vão estabelecer a tessitura de construção do ser integral e pleno que sou. Voltaire, filósofo iluminista Frances, já afirmava que o ouvido é o caminho do coração. Precisamos urgentemente treinar a nossa  audição como forma de abrir nossos canais perceptivos para o envolvimento sensível com o outro.
Rubem Alves, psicanalista e escritor da atualidade, nos presenteia com um belíssimo texto chamado “Escutatória”, inicia seu texto afirmando que pretende abrir um curso de escutátoria, pois vê diariamente que o curso de Oratória é muito procurado e acessado, mas afirma, de forma interessante que acredita que ninguém vá se matricular no curso de Escutatória. “Escutar é complicado e sutil” afirma Rubem.
Vamos nos deter particularmente nesta singela frase. Escutar é complicado, pois envolve o desejo sincero de ouvir o outro, é complicado olhar para o outro, ficar atento ao que está sendo dito e principalmente o que não está sendo dito, é complicado porque é sair de si e mergulhar no outro, nas fronteiras que me separam do outro que me auxiliam no processo de construção de mim. Escutar é complicado, é filosófico.
Escutar é sutil, é refinado, é delicado, é entrega. Se ouço comprometo-me com quem ouço, este ser,que não sou eu, passa a vagar pelo meu universo profundo e me assusta, pois pode colocar em cheque meus conceitos, meus valores que nem sempre estão bem sedimentados. Escutar é realmente complicado e sutil como afirma o mestre Rubem Alves.
Os ambientes educacionais e organizacionais estão repletos de não escutadores. Não doadores de seu tempo para enxergar e tornar visível o outro. Isto torna as relações tão frias e vazias que sentimo-nos sós. E essa solidão faz-nos também não ouvir e o ciclo acaba por não se romper.
As queixas que permeiam estes ambientes ficam voando pelos espaços e raramente chegam àquele que não ouviu e se ouve por outro, o que nós podemos chamar de ”fofoca”,  o ressentimento se estabelece dificultando ainda mais o diálogo. A falta de audição cria então um núcleo sórdido: a maledicência, que precisa ser combatida e substituída por audição e “falação” plena e autêntica. O medo precisa ser combatido pela ousadia, o que é hoje alvo de inúmeras discussões neste momento histórico de grandes e surpreendentes inovações
Quantos clientes podem ser perdidos pela falta de audição, quantos colaboradores em todos os níveis podem estar oferecendo seus préstimos abaixo de suas capacidades por não estarem sendo ouvidos? Quantos esposos, esposas, pais e filhos podem estar em sofrimento por estarem se sentindo invisíveis? Ouvir promove o bem comum, o bem estar físico, mental e espiritual.
Podemos criar momentos de resolução desta crise, promovendo espaços de confraternização e redescobrimento. Grupos podem ser formados para estabelecimento de relações dialogais dentro dos espaços familiares, escolares, religiosos, organizacionais. Dinâmicas várias podem servir para afinar a orquestra que perdeu o tom. Não se pode mais falar em crise sem apontar para as estratégias de solução. Isto é pensar e agir com solidez e com valores ecóicos. Entendendo-se como agentes reconstrutores de uma nova ética onde aulas de “Escutatória” estejam repletas de participantes que desejam sua melhoria íntima e a sustentabilidade emocional e moral do planeta.
Para concluir sem fazer conclusão e sim estimulo à reflexão, deixo o pensamento de uma religiosa russa pouco conhecida por nós: Catherine de Hueck Doherty: