Já escrevi sobre luto, algumas considerações, fases e outras divagações.
http://teresaquintas.blogspot.com/2017/02/com-buda-aprendemos-em-nossas-vidas.html?m=1
Hoje, tenho outros devaneios melancólicos... A avó de uma amiga importante retorna a pátria espiritual... todos os dias temos idas e vindas... algumas nos tocam pela proximidade... essa me tocou e de alguma forma trouxe meus lutos... que não são poucos... nem muitos também... apenas o necessário para meu posicionamento no mundo.
O que fazer com o que sentimos? São muitos os sentimentos e emoções. A sensação de solidão profunda sempre visita quem "perde" alguém. Tenho uma visão espiritualista da vida e perda para mim é apenas afastamento temporário, porém, isto funciona muito bem quando a razão está em condições de suplantar a emoção... e não é isso que ocorre durante o luto... a compreensão exata só ocorre na fase derradeira da aceitação... consideramos inclusive que alguns nem chegam nela, pois é refinamento emocional. Então , estão todos autorizados a chorar e sentir falta, e medo, e tristeza, e falta de chão... permitam-se sentir, pois mascarar sentimentos pode afastar a aceitação plena, que só se adquire com o fantástico companheiro TEMPO.
Respeitemos o nosso tempo para que não precisemos usar muletas emocionais que vão sair caro com o passar das horas do relógio, os dias do calendário.
Usemos de franqueza conosco sentindo o que for sentido com acolhimento e auto amor. Tudo passa e com certeza amanhã o tipo de dor aguda se transformará na saudade das boas lembranças e na compreensão das angústias das relações. Afinal cada um de nós dá o que tem e recebe de acordo com o que oferece ao mundo.
Chuva de bênçãos para todos os seres da humanidade que de um forma ou de outra viveram, vivem ou viverão suas dores, que todos recebam amor.
