Todos
os dias estamos em interação constante, toda sorte de pessoas transitam
conosco, uns te olham e são olhados, outros quase invisíveis mal nos veem e não
são vistos por nós. Todos de uma forma ou de outra nos auxiliam na construção
de nossa história pessoal, nos servem ou são servidos, nos ajudam ou são
ajudados. Mesmo sem permanecer por muito tempo são energias que circulam. Todos
estamos interconectados na criação, companheiros na jornada evolutiva de forma
ascensional.
Acredito
que amigos, familiares e amores, pela proximidade, são escolhidos pelo Cosmos
com uma finalidade, atraímos aqueles que irão nos dizer algo de nós mesmos.
Às
vezes nos perguntamos por que alguém entrou na nossa vida, alguém muito
diferente ou alguém muito igual.
Quando
é alguém muito parecido, compreendemos com mais facilidade, nos deleitamos,
claro, afinal é uma delícia poder compartilhar similaridades, trocar
figurinhas, perceber que você não está sozinho nos seus desejos e devaneios.
São situações de recreio com direito a merenda que agrada a todos os
envolvidos.
Mas
quando é alguém muito diferente, causa desconforto, mexe com nossas verdades,
coloca-nos em cheque. Será que minhas verdades são tão verdadeiras assim? Xi!
Nunca são. Por vezes nos incomodamos tanto que fazemos críticas sem ter a delicadeza
de perceber que cada um é como é, ou como está podendo ser naquele momento em
especial.
Abrir
o coração verdadeiramente para amigos, familiares e amores diferentes é lição.
Lição de amadurecimento. Difícil! Mas de conteúdo poderoso! Aparecem nossos
preconceitos, medos, inseguranças, lidar com o diferente é um grande desafio.
O
que nossas percepções, sensações, sentimentos dizem de nós? Por vezes nem você
se reconhece. O que acaba por ser saldo positivo. Mais auto descobertas, novas
reflexões e melhores posicionamentos em face a vida vivida que te faz mudar
deliciosamente, mas não sem percalços pelo caminho.
Que
venham as diferenças nos ensinar a viver melhor. Abrir nosso coração para o
diferente alheio é também se permitir ser diferente, sem se preocupar com o que
o outro vai pensar de nós, tarefa complexa num mundo tão cheio de regras para
seguir. Que nós não criemos mais regras, deixemos fluir, se possível com
suavidade.
Somos
perfectíveis, ainda longe da perfeição e com direito a um errinho aqui outro
ali. Encarar nossas fragilidades é força, respeitar nosso momento é força, que
possamos ser fortes, e se um dia não formos tão fortes, tudo bem, amanhã
treinamos de novo.
E
vamos assim exercitando o auto perdão e o perdão aos outros constantemente, acolhendo
nosso jeito peculiar, que melhoramos a cada dia, compreendendo o jeito particular de ser de
cada um, o que acaba por se constituir um presente especial, somos presentes
uns para os outros nessa linda dinâmica de ir e vir. Tornamo-nos melhores, mais fortalecidos, mais
humanos e mais divinos no contato conosco mesmo e com os outros.
A
compreensão de si abre espaço para a compreensão do outro, mas o foco sempre
deve estar em nós mesmos. Nosso grande filósofo Jesus já nos lançou essa
máxima: "amar ao próximo como a si mesmo", que fique bem claro, só dá
aquele que tem, e sem exercer o auto amor não se é capaz de amar com
autenticidade e sem cobrança.
Nossa
educação foi repressora demais para que essa espontaneidade de ser seja
incorporada rapidamente, é processo lento com passinho de tartaruga, vai
devagar, mas vai...
Lidar
com nossa autenticidade respeitando a autenticidade do outro: bom caminho para
ser feliz. E por falar em ser feliz, fiz essa mandala da foto com os oferecimentos da natureza após a chuva como gratidão a mãe Terra.
Chuva
de bênçãos para todos esses presentes especiais que passaram e passam em minha
vida em forma de gente.