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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

NOVO JANEIRO NOVO

Janeiro sempre é um mês atípico, você ainda não entrou inteiramente no ano novo, ainda sentindo as ressacas emocionais do réveillon e, em alguns casos, as ressacas físicas que deixam mesmo sequelas. Por outro lado a vida segue te cobrando participação, não temos tempo de nos acostumar com esse novo movimento. Mas é NOVO e sempre cheio de esperanças.
Ganhei da querida Conceição Nobre um livro que trouxe uma reflexão que me tomou de assalto, li, voltei, reli e fiquei matutando. Isso já me aconteceu outras vezes, a primeira que me lembro foi com o maravilhoso livro "Memórias de Adriano" da incrível escritora belga Marguerite Yourcenar. Este livro me reteve no primeiro capítulo que ávida lia sem parar. 
O livro a que me refiro hoje, bem mais simples, é do juiz José Carlos de Lucca, a capa é de uma beleza que me encantou e o título sugere uma boa pegada reflexiva "Alguém me tocou". Além da passagem bíblica conhecida que o próprio livro faz referência, vivemos no trânsito do mundo sendo tocados diariamente por pessoas que passam levemente ou deixam marcas profundas. Sempre "alguém me tocou" surge no cenário literal ou metafórico.
Comecei a ler logo, pois bons leitores não ficam muito tempo com livro novo na estante.  O capítulo "Vida Nova" mexeu definitivamente comigo:
"Para coisas novas, novas ideias, novos comportamentos, novas atitudes, enfim, um novo modo de ser. (...) pretendemos uma vida nova, mas não abandonamos as coisas velhas que estão empoeiradas dentro de nós."
Seja um novo emprego, uma nova casa, um novo cenário geográfico, um novo amor. É importante que se vá fazendo uma limpeza dos resíduos que trazemos dos velhos empregos, das velhas casas, dos velhos amores, das velhas amarras espaço temporais.
Coisas empoeiradas que necessitam ser descartadas são resíduos das nossas disposições afetivas, foram parte integrante do vivido, que perdeu a validade,  juntaram poeira que precisa ser limpa para que se renovem as energias. Tudo flui, afinal.
Mudanças de status trazem novos posicionamentos, e é fundamental a disponibilidade de fazer mudanças reais que nos façam encarar os medos, as verdades, os apegos, os ressentimentos, as angústias que norteiam nossa vida.
As adaptações muitas vezes são difíceis, viver na zona de conforto pode muitas vezes não ser bom, mas é seguro.  Levamos muitas vezes o peso das heranças do passado que ficam amalgamadas no nosso psiquismo.
Desejamos trazer a tona a esperança de que desta vez, com boa vontade e insistência de viver plenamente, "tudo dará certo". Afinal o tudo é criado na esfera do coletivo, na fluência da abundancia.
A lei da abundância gira no dar e receber, nosso coração ainda não é altruísta o bastante para se felicitar com apenas um lado dessa dinâmica. Dar e receber se tornam um mantra que entoado diariamente cria potência. Saber dar e também saber receber com leveza é aprendizado constante de potência de vida pulsando, com alegria e coragem. Assumindo corajosamente o novo status que traz as "dores e delícias de ser o que é". 

Que janeiro se estabeleça dentro de nós, nos começos, recomeços ou apenas na manutenção do que está sendo bem vivido que deve ser renovado sempre. Chuva de bênçãos para este mês tão precioso de novidades.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

HOJE É DIA DE MELANCOLIA

Hoje se apossou de mim suave melancolia, um desejo de ficar longe em um lugar que não consigo descrever, um estado que não posso explicar. É uma sensação de contato extremo comigo, com meu eu mais primitivo que deseja plenitude e suavidade,
Imersa nestas impressões me aproximo da estante e vejo Clarice, num livro que ainda não li, uma compilação de tudo que já conheço e que comprei por impulso no aeroporto. A capa é linda e o título imenso e delicado: “ As palavras de Clarice Lispector – nada tem a ver com as sensações. Palavras são pedras duras e as sensações delicadíssimas, fugazes, extremas.”
Pego o livro e sinto sua textura de livro na sua existência plena livresca. Gosto de livros, de cheio de livro, das folhas e das possibilidades de interagir com meu próprio ser, escrevendo nele com a marcação da minha caneta atrevida, ponderando pretensiosamente com Clarice. “Queria escrever frases que me extradissessem, frases soltas: “a lua de madrugada”, “jardins e jardins em sombra”, “doçuras adstringentes do mel”, “cristais que se quebram com musical fragor de desastre”. Ou então usar palavras que me vêm do meu desconhecido: trapilíssima avante sine qua non masioty – aí de nós e você.”
É isto! Hoje estou sem sentido... Lendo pedacinhos dos livros de Clarice, que saboreio com o deleite de uma jovem aprendiz, nem tão jovem, mas muito aprendiz de si mesma na esfera do hoje e do amanhã nos braços dessa CLARA LIZ ...

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Empreendedorismo está mesmo em alta

Hoje enquanto cuidava das tarefas rotineiras domésticas, pois é, todos fazem algo de rotineiro, faz parte da dinâmica do viver. Eu faço meu desjejum com suco verde, cuido do meu parceiro canino, acordo minhas sementes, molho meus brotinhos, etc. e tal.
Agora, impedida pela minha amada dentista de ir para a academia, ligo a TV e vou zapeando, paro na Ana Maria Braga, e acontece algo ótimo, fico embevecida pela entrevistada no café da manhã com a Aninha (minha amiga Daniele Rangel chama assim). Uma jovem de seus vinte e poucos anos chamada Bel Pesce, cativante e motivada.
Essa “menina” já esteve em grandes vôos na Google e Microsoft, mora fora do Brasil e escreveu um livro que está a meses em alta de download, eu mesma, fui lá e já estou com o livro no meu computador, que vou passar para o tablet para continuar a leitura, que já iniciei.
O livro chama-se a “A Menina do Vale – como o empreendedorismo pode mudar sua vida”. Já vale conhecer e receber um estímulo motivacional para enveredar pelas áreas do empreendedorismo. Afinal, se não sacudirmos a poeira e acreditarmos em nós mesmos nada poderá acontecer de bom, ok, nem de mal, mas a inércia é derrota e de derrota todos nós estamos fugindo a galope.
Já gostei do índice, bons títulos para os capítulos, coisas que acredito, por exemplo, “seja acelerado, mas tenha paciência” e “saia da sua zona de conforto”, gosto particularmente de “seja sempre humilde” e “equipe, equipe, equipe”. Humildade sem subserviência, humildade daquele que crê que tem sempre algo a aprender, fui neste capítulo e gostei de ler:
Ser humilde significa ser honesto consigo mesmo. É ser consciente de que você sempre pode melhorar e tirar o máximo proveito de cada uma de suas experiências. A humildade faz com que você cresça. A arrogância te atrasa.”
Parece obvio se nós pudéssemos dizer que ninguém que conheço é assim arrogante e que eu mesmo estou longe de ser assim, mas... Lendo o óbvio aprendo pela repetição e internalizo os conceitos colocando-os na prática.
No link tem também uma entrevista com a Bel (vejam que já fiquei amiga) falando sobre o livro, vale a pena assistir. Afinal, baixar o livro, assistir a entrevista, pacote completo.
Olha o link aí para ter o livro e começar hoje mesmo a repensar seus posicionamentos com relação ao seu poder de assumir o controle do seu sucesso e da sua própria vida, sempre.
Aproveitem o pique e leiam também “O segredo de Luíza” de Fernando Dolabela, você vai se apaixonar pela garra e coragem da personagem desta história. Perguntem aos meus alunos de “Empreendedorismo”, quem leu, gostou e verbalizou.
Paz, luz e bênção para todos e todas que vão começar hoje sua trajetória para o sucesso com coragem e determinação.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Lendo três


Férias e livros – inseparáveis. Estou lendo três, um com muita atenção e cuidado, absorvendo as lições com delicadeza. É o livro do Deepak Chopra “Corpo sem idade, mente sem fronteiras – alternativa quântica para o envelhecimento”. ”. Este eu comprei nas pescarias em sebos empoeirados, atchim! Espirro, mas curto escarafunchar as prateleiras confusas. Livro mais denso, fala sobre muitas pesquisas na área psicossomática.
Ele acredita, e prova no livro, que a plena consciência mente-corpo pode nos oferecer poderes ilimitados. Eu acredito e fico nas reflexões dos exercícios que ele propõe. Pretendo envelhecer bem, afinal meu processo já começou.
Num exercício do capítulo “Na prática – a sabedoria da incerteza”, que me acompanhou durante alguns dias, eu li:
“Reconheça que você tem uma interpretação. Numa situação de conflito, tento dizer a mim mesmo que meu ponto de vista tem limitações; não sou o dono da verdade.”
Pois é, parece óbvio para se olhar a grosso modo, mas...! Dono da verdade? Cada um de nós, às vezes, pensa que é.
O outro livro, mais leve, é Nietzsche para estressados – 99 doses de filosofia para despertar a mente e combater as preocupações. Comprei assim, meio de curiosidade na livraria este fim de semana e já estou fã. Logo no primeiro capítulo o autor Allan Percy começa muito bem usando seu suporte teórico, nada mais, nada menos do que o filosofo caótico Nietzsche:
“Quem tem uma razão de viver é capaz de suportar qualquer coisa”.
Bem na linha metodologia coaching. E ele vem tecendo suas breves e boas considerações.
E é claro, para puro deleite e grande entretenimento, leio pela enésima vez, “Água viva”, da minha, sua, nossa Clarice Lispector.  Minha edição é de 1977 bem usada. “Meu tema é o instante? Meu tema de vida. Procuro estar a par dele, divido-me milhares de vezes em tantas vezes quanto os instantes que decorrem, fragmentária que sou e precários os momentos – só me comprometo com a vida que nasça com o tempo e com ele cresça: só no tempo há espaço para mim.” Clarice tem imenso poder sobre mim, poder de me inquietar e aquietar, dialeticamente poderosa.
E assim as férias vão passando, deliciosas e preguiçosas.
Aceitem minhas indicações e também sintam esse prazer de estar mergulhado no cheiro, letras e notas dos livros impressos, que quase em desuso eu uso insistente.
Bênçãos para todas as leitoras e leitores famosos e anônimos do mundo.