terça-feira, 17 de maio de 2022

A canela desaparecida ou sobre quando não conseguimos o que queremos

 


É um outono primaveril neste dia, paro na padaria para o costumeiro cafezin. A simpática atendente tem uma camisa dizendo seu delicado estado atual na cafeteira: estagiária.

Era cedo, as mesas praticamente vazias indicam que as pessoas ainda estão se movimentando rumo ao cafezin.
Peço canela, aparentemente um pedido simples, mas... fico a observar o entorno, nada para fazer, a estagiária vai e volta, vai e volta, o cafezin já estava sendo degustado sem canela mesmo.
Depois de um certo tempo vem ela a mesa e diz um pouco sem graça com o desajeito daquela que está chegando: não encontrei a canela, digo que tudo bem com tom confortador.
Mas eu queria a canela, para mim, a perfeição do cafezin passa pela canela.
Mas... pergunto ao gerente pela canela e outro vai e volta, vai e volta, e nada da canela. Mas nem o gerente encontra a canela, pensei eu rindo por dentro, com uma pitada de insatisfação. Ele volta e diz que não encontrou a canela. Nesse ponto o cafezin era apenas um borrão no fundo da xícara branca.  Digo com um sorriso meio amarelo que tudo bem, mas não estava tudo bem, a menina birrenta batendo o pé comparece, é a mesma que reclamava quando o irmão não dava o brinquedo que ela queria.
Interessante perceber como vamos aprendendo a lidar com as inconstâncias da vida que não gira em torno de nós. Como assim? Não gira? Grita a menina ainda comparecendo e me ensinando a estar no mundo que se manifesta a revelia de nossa vontade.
Mais um dia de aprendizado, como são todos os dias de nossa existência se não estamos mais dormitando como sonâmbulos num mundo que está para além de nossos desejos.
Enfim... continuo elocubrando sobre esse crescimento necessário que vem chegando vagarosamente. Aceitar o que não podemos modificar e seguir em frente, afinal a vida já é trágica mas não precisa ser dramática.
Encerro com a oração da serenidade que conheci na adolescência e que tenho até hoje como mantra para que um dia, sorrindo,  possa dizer que aprendi a lição e a estou praticando.
Na próxima vez, penso eu, levo a canela.

Oração da Serenidade
Senhor, concedei-me:
Serenidade para aceitar as coisas que não posso modificar,
Coragem para mudar as coisas que posso
e Sabedoria para distinguir uma da outra.


domingo, 10 de abril de 2022

Crônicas do Chá: A dança do chá amarelo


Era noite e muitas luzes clareavam absurdamente o espaço. Ela dançava com seu vestido vermelho com um grande lenço amarelo amarrado a cintura. Ela era pura cor contrastando com o singelo azul celeste do cenário.

Seus movimentos eram ritimados, por vezes lentos, por vezes ágeis ao sabor da música. Ela sorria e olhava a plateia embevecida, mas olhava sem ver, só via, sentia e vivia o som que guiava seus passos.
Uma após outra dança se seguiam, até que o espetáculo teve fim, como tem fim tudo na existência.
Agradece os aplausos, agora vê a plateia sorridente e sorri também, recolhe uma das flores depositadas aos seus pés e a beija sentindo o frescor daquela rosa amarela.
Vai para o camarim, é simples, mas o perfume das flores recebidas faz o espaço riquíssimo. Toca lentamente algumas folhas das flores espalhadas e sente uma textura delicada. Sorri para a delicadeza que existe na natureza. Se sente natureza!
Sorri para si mesma e percebe a sutileza do momento presente, está só no camarim podendo desfrutar de sua própria companhia e de uma boa xícara de chá.
Sabia que o chá que trouxeram recentemente era o chá amarelo. Foi um presente recebido com muita alegria, afinal esse chá é considerado um dos mais raros do mundo. "A vida é tão rara, tão rara..." canta mentalmente.
Raras são as oportunidades de se estar só com o chá como bela companhia. E se perdeu em elocubracões. Mas não queria pensar agora. Só sentir. Existem dias que são muito inspiradores, esse era um deles.
Sentiu seu rosto quente, levantou-se, lavou o rosto retirando a maquiagem que escondia pequenas rugas que já despontavam insistentes, o tempo passa... passa... mas estava de bem com suas rugas que marcam o tempo bem vivido. O transcorrer da existência estava vincado em sua face e o espelho refletia esse fato incontestável. Mas... tudo bem...
Sentou-se na fofa poltrona verde musgo e pegou seu chá, sentiu o calor suave da xícara branca decorada á moda antiga, tinha um pires com lindos miosótis com miolinhos amarelos.
Levou lentamente a xícara a boca, sentiu dulçor de mel, de tâmara, de ameixas do pé da casa da avó, de dia de chuva correndo pelo sítio do tio Neco, pulando nas poças de lama. Dias que vão longe... presentes, agora, na xícara do chá amarelo, amarelo ouro, amarelo solar, amarelo.... o tempo parece congelar...
A cor amarela permeia o dia, o amarelo do lenço, o amarelo da rosa, o miolinho amarelo do miosótis, o amarelo do chá, a cor amarela presente no sol que traz seus raios para iluminar o dia, mais um dia para agradecer o divino presente da vida. 
Cada dia merece ser saboreado, admirado e vivido de forma resplandecente, hoje, amarelecente.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

A voz de Deus

" Se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar. "

Sabe quando está dando tudo errado e de repente dá tudo certinho? E naquela outra vez que estava tudo indo muito bem e de repente tudo vira e dá errado?

Aí está a voz de Deus se manifestando.

Nunca dá errado, pois afinal a sabedora infinita não erra nunca. E sempre é para o Bem maior, mesmo quando não parece.

No filme "A Tenente de Cargil " a protagonista vive em uma sociedade muito conservadora e ela sonha em ser piloto. Vale assistir esse filme.

Ao se submeter ao processo seletivo, constatou-se que tinha um centímetro a menos do que o necessário e alguns quilos a mais. Resoluta, pede revisão da reprovação recebida, vai em busca de perder os quilos a mais. 

Mas... e a altura que não pode ser mudada? Quando questiona com o avaliador que era apenas um centímetro a menos, ele a conduz para o equipamento simulador do ambiente da cabine. Faz com que ela se sente e se posicione, pois é... ela se encaixa perfeitamente, pois apesar da estatura, seus membros eram longos.

Esse é um exemplo da Voz de Deus.

Outro exemplo é do livro "Autobiografia de um Yogue" . Yogananda não era um aluno exemplar, e ficou devendo umas notas para se formar, apesar de seu esforço não conseguiu a nota desejada. Porém, naquele ano, para sua surpresa, a nota mínima para reprovação foi diminuída, favorecendo a aprovação do sofrido estudante.
Vale ler ou reler essa passagem do livro, é ótima.

Essa é a voz de Deus mais uma vez.

Quando o Universo em sua magnitude se manifesta, ninguém pode controlar. Nossa responsabilidade é fazer o nosso melhor, escolhendo sempre trilhar o bom caminho. Certamente as respostas dos céus virão sempre para nosso melhor.

Várias vezes essa Voz se manifestou em minha vida, de forma bem positiva, mas muitas vezes veio a revelia de minha vontade. Já até resmunguei sem entender e depois o resultado veio e sempre para o meu bem, algumas vezes não entendi,  mas tudo bem... somos viajantes do tempo e do espaço, um dia, mais amadurecida, entenderei.

Que tal me contar quando você ouviu essa voz?

Que recebamos muitas bênçãos e que sempre tenhamos ouvidos para escutar muito bem essa divina voz. 

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Seja luz! Quando puder ser.


Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar?

Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte."  Mateus 5:13/14

Então... vivemos momentos que nos convidam a refletir.
Na passagem de Mateus há dois aspectos interessantes. Ser Luz e ser Sal.
A luz nos indica o caminho do Cosmos, somos seres da luz, do céu, das estrelas, nossa essência é divina.
O sal nos indica a conexão com a nossa estadia material. Sal é um mineral, nossa primeira instância de aprendizado antes da individuação.
No Reino mineral adquirimos a atração, no Reino vegetal a sensação, no Reino animal adquirimos o instinto, no Reino hominal completamos o ciclo com a razão, o pensamento contínuo e o livre árbitro. No livro "evolução em dois mundos" vemos no capítulo 4 essa explicação de Emmanuel.
Você está se sentindo em condições de iluminar ou sua chama anda fraquinha? Está se sentindo com sal ou está no modo insípido?
Qualquer resposta  é válida. Permita-se entender seu momento.
Ok! Não poder ser Luz nem Sal agora.
Talvez você só esteja sem forças, parachoque baixo, cabeça pesando sobre os ombros caídos. Faz parte da existência, os altos e baixos que vivemos na estrada do existir.
Aceite, entenda, acolha, peça ajuda, aproxime-se de quem pode te ajudar.
Mas não se force para ser forte. Se te cobrarem, sorria, nem sempre o mundo nos entende, ok! Tudo bem...
Observe-se... as vezes você pensa que não pode iluminar nem temperar a vida de ninguém, e pode ser verdade, então... aproxime-se das ferramentas que podem te iluminar Meditação, Oração, Música, Arte, Yoga, Floral etc e tal, afinal cada ser tem um jeito particular de se conectar consigo mesmo e com o Deus que acredita.
Procure também se aproximar de pessoas que podem te acolher. Mas... olhe fundo em você, pode ser que sua luz ou seu sal que você vê insuficiente, talvez ainda seja muito forte para quem está ainda com mais fraqueza  que você. Muitas vezes algumas luzes e temperos fracos, juntos, tornam-se fortes e potentes.
Qual a iluminação e o tempero que você está buscando?
Pode ser que esteja por perto e você distraidamente não está vendo, por força de ilusões que construiu.
Todos somos unidades de energia. O que está deixando sua luz fraquinha? Seu tempero insípido? Medo, ciúme, ressentimento, culpa? Devaneios de que sua força vem de fora?
Detectando o que te enfraquece, dedique tempo a cuidar desse entrave, assim sua frequência energética vai voltar ao estado natural que é iluminação.
Que possamos ser como o girassol, sempre rodando em direção á luz... afinal também somos luz e somos sal.
Todos nós somos dínamos fortes e poderosos. Aceite esse fato e tudo se transformará. O mundo externo pode te apoiar mas não fará nada que seu coração esteja aberto para transformar. Lembre-se de uma máxima bem conhecida "Deus não põe fardos pesados em ombros fracos". Se é seu esse limão, você pode descasca-lo.
Mas... não apresse o processo, siga o curso de SUA história e um passo de cada vez construa sua iluminação interior e o sal bem delicioso que está aí, ambos colocados pelo Pai Maior.
Está tudo aí,  confia!
Sinta-se agora capaz de criar um novo estado emocional que vai aflorar no momento oportuno. Fique bem e apenas seja luz e sal quando puder ser.

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Um dia de sol, mil inquietações

 

Depois de alguns dias de chuva, o sol veio se manifestar mostrando sua presença firme e potente. Um dia de sol, mil inquietações.
Olho pela janela e as folhas estão ressequidas, vou molhar mais tarde. Interessante o fluxo de ir e vir nos ensinando o trabalho do desapego. Tudo é fluido e fugaz na existência.
Hoje chove, amanhã faz sol. Sorrimos e choramos alternadamente. Achamos e perdemos. Nos apaixonamos e terminamos. Chegamos e partimos. 
Um dia de sol, mil inquietações. Nascemos e morremos. A Maya nasceu, o Paulo se foi.  
Pensar na finitude de forma libertadora sem que nos submetamos a ela é encontrar a paz do desapego. Ir e vir são acontecimentos para nos depararmos com um novo momento histórico. Afinal todo dia que amanhece é de verdade um novo momento histórico. Novos ciclos, nova forma de olhar.
Vamos assumir o protagonismo nas escolhas, na vida.  Não somos submetidos ao que vem de fora, usamos o que aprendemos para uma transformação rumo a uma nova visão de mundo. 
Temos escolha! Autoconhecimento vai facilitar a assimilação dessa ideia. Cada dia nascemos para mais uma oportunidade existencial. Nosso caminhar é sagrado, que possamos nos lembrar disso diariamente...
Enquanto estamos por aqui, vamos fazer valer a pena. Chorar e ficar triste faz parte da existência, acolha o que sente, respire e siga em frente, muitas coisas boas acontecem o tempo todo e ruins também e tudo bem, fazem parte da dinâmica da existência.
Tem muito amor espalhado por aí. Seu animal te lembra o tempo todo que te ama. O florescer te lembra de encantar-se com as multicores. O dia amanhece e te lembra que tudo continua cotidianamente.
Seja gentil com você, olhe-se, acolha-se. Só pode doar quem tem. Siga sua intuição, seja protagonista de sua história, pense na velocidade da existência e sim seja o mais feliz que você puder ser. Um dia de sol, mil inquietações e transbordamento...


sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Meu Fuscão Preto - Crônicas do Chá

 


''Lembranças que nos trazem sorrisos e lágrimas ao mesmo tempo.''

Clarice Lispector

 

Clarice descreve bem meus momentos, ela parece que entende meus devaneios. Existe uma conexão visceral quando a leio, eu a busco, a persigo, sempre com encantado interesse.
Esta semana, Marcia Luz me presenteou com o desenho que ilustra este post. Fui longe nessa imagem.

Lembrei de um grande e inesquecível amigo que partiu para o plano espiritual com uma pressa, que na época achei descabida. Foi rápida sua passagem pelo planeta e nossa amizade teve altos e baixos, muito mais altos, vale ressaltar. Muitos pontos altos, altíssimos mesmo.

Foram muitos chás na confeitaria Colombo, em uma mesa numa varanda que não mais está acessível nos dias de hoje. Qual chá, não lembro, perdido deliciosamente nos idos do tempo.  Esquecíamos da hora tomando chá com gulodices e ríamos e chorávamos e contávamos segredos escondidos.

Nossa saída da Confeitaria Colombo era quando um garçom com um sorriso simpático nos entregava a conta, ao olharmos em volta víamos as cadeiras de pernas para o ar em cima das mesas, ríamos mais com sensação de déjà vuDoces lembranças. Doce amigo.

Assisti com ele a nossa primeira ópera, lembro bem, era Turandot, conhecemos Puccini juntos, encantados, inebriados pelas cores, pelos sons, pela magia, "Nessun dorma! Nessun dorma!" Entendíamos tudo sem entender uma só palavra cantada. Ah... quantas adoráveis lembranças!

Mas e o fuscão preto? O primeiro carro desse amigo, comprei dele depois, ele quis alçar outras marchas com carros mais possantes e de preferência zero quilometro “para que eu não tenha que me preocupar com nada”, dizia ele com a consciência de ser desajeitado para trabalhos braçais, queria ser Juiz, mas...não deu tempo.

Ajudei a escolher o fuscão, fomos juntos pegar na concessionária, cheirinho de carro novo. Nunca um carro foi tão parado nas blitz policiais. "Blitz, documentos... só temos instrumentos..." mas sempre tínhamos documentos em ordem, ambos não transgredíamos as Leis pois já éramos transgressores das normatizações sociais que não engolíamos tão facilmente. Rebeldes discretos éramos nós. Vivíamos livres das amarras convencionais, criávamos nossa própria história. Cultura Brasileira era a matéria que eu oferecia a lição, Geometria Euclidiana era a vez dele. Nos conhecemos na faculdade e parecíamos amigos de infância, sabíamos tudo um do outro. Era uma cumplicidade só.

Sinto saudade, saudade boa sem lamentações, saudade do amigo, do fusca, do tempo vivido. Esse fusca está plasmado na minha memória, como esse amigo querido.

Estou tranquila com a saudade, sei que nos encontraremos quando a viagem for a minha, sem pressa. Lembraremos do fuscão preto e de todos os vínculos que nos uniram, esses vínculos não ficam perdidos no tempo, ficam arquivados para acessar no futuro encontro.

Até lá, deixo meu carinho para você Gilmar, meu amigo querido e minha gratidão a Marcia Luz que sem saber, trouxe essa possibilidade de história. O fuscão preto, imagino, continua a vagar por aí, meu amigo no outro plano astral, eu por aqui contando e recontando as miçangas de minhas histórias. "Lembranças que nos trazem sorrisos e lágrimas ao mesmo tempo.” 

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Professor faz história

“A Educação tem caráter permanente.
Não há seres educados e não educados.
 Estamos todos nos educando.” Paulo Freire! 


Profissão especial esse tal de magistério, afinal figura no universo desde tempos imemoriais. É possibilidades de troca crítica e criativa. É profissão filosófica, terapêutica, transcendental. Estive transitando neste universo diariamente por mais de 30 anos e esse fervor permanece em mim através da minha existência.
O professorado traz o gérmen da inquietude, da insatisfação, principalmente pelo descaso que vê com a educação, mas não é uma insatisfação paralisante, é ativa, estruturante e estruturadora.
Entendemos que educação é um direito legitimo de todos e todas e que necessita ser mais bem cuidada pelos poderes públicos e privados, pois é indicadora de sustentação cultural. Bons pensamentos e boas ações tem como base uma boa educação, inclusive a escolar. 
O magistério representa a esperança no porvir, desafiando as dificuldades inerentes a sua rotina. Onde quer que estejamos colhemos sementes que podem ser plantadas nas aulas, e tudo bem se não frutificarem de imediato. Existem frutos não visíveis, que só o tempo vai fazer amadurecer, por vezes, muito tempo.
Temos a  certeza de que a permanência de cada ser nesta honrosa profissão garante a manutenção e perpetuação do saber e das múltiplas relações que se estabelecem. Relações cada vez menos centradas no poder e mais centradas no acolhimento e na amorosidade.
Essa amorosidade do professor se estende a toda humanidade, é próprio da profissão amar os seres da criação e estar grato por mais um dia de alegria com os sucessos, e de resignação ativa com as incompreensões. Professor faz história com a alma!
O professor é um intelectual modesto, sempre recorrendo a Sócrates na certeza de que nada sabe, que seu saber está sempre em construção. E vai se construindo em espiral ascendente.
Certos de que a construção da nova sociedade é obra do coletivo, o professorado fica na luta simbólica e na fé ativa. Agradecido pela existência dos alunos, seres queridos fundamentais para sua existência e  permanência, professores caminham juntos com seus alunos, essa é sua força trazendo a semente do porvir.
Paulo Freire afirma ainda que quem não sabe amar os seres inacabados não pode educar. Os professores sabem-se seres inacabados e o tempo todo estão buscando agregar valores e conhecimentos.
Gratidão eterna aos professores que passaram pela minha vida e que auxiliaram na minha trajetória, que me fortaleceram para construir quem sou. E, é claro, a todos os alunos que passaram pela minha vida e que me tornaram uma pessoa melhor, gratidão eterna!
Bênçãos para estes agentes de mudança, artífices do novo e propagadores da fé e da esperança. Parabéns para todos e todas nós, ontem, hoje e através dos tempos.