quarta-feira, 22 de agosto de 2012

ALMOÇO VIVO DE DOMINGO

Feira livre, que maravilha! Moço tá doce esse mamão? Essa semente é boa? Germina?Que folha é essa? Mostarda? Que bom, vamos levar. Pode cortar essa penca de banana? Dinâmica barulhenta da feira. Daniela Lisboa e eu comprando os preparos para o almoço. Sacola cheia, almeirão, couve, alface, chicória, coentro para mim, cheiro verde para ela. Aipim para a farofa, legumes, frutas, uma belezura de cores, aromas e, é claro, sabores, muitos sabores.
Em casa, vamos nos organizar, faremos saladão, farofa e empadinha que virou tortinha. O bom da culinária viva é que não há uma receita certinha, coloca ali, põe aqui, prova, cria, dá asas a imaginação. Foi o que fizemos neste domingo.
Vamos agora, multiplicar as receitas:
EMPADINHA QUE VIROU TORTINHA
Como fazer: Amendoim germinado, inhame, curry, alho e sal. Processar tudo.
Passar azeite na forminha de empada e colocar a massa. Deixar no sol para desidratar. Fizemos duas experiências, uma na forminha e outra como uma pequena tortinha sem forminha. A forminha precisa de mais tempo para desidratar. Ficou difícil de tirar, houve a sugestão de uma forminha com fundo removível, vou procurar e testar. Cozinha experimental, erros, acertos, ajustes, sem medo de ousar. Abusadamente. A ousadia com responsabilidade e critério favorece o crescimento.
Fizemos dois recheios, um de inhame com funghi, alho, limão, e verdinhos, colocamos no processador. Esse a textura ficou um pouco mole demais. Para esse preparo, pensamos que o liquidificador ficaria melhor.
A estrela foi o recheio de abacate. Simples assim, abacate, limão, funghi, alho, pimentão, tomate e verdinhos. Tudo bem picadinho, curtindo os movimentos, trabalhando a paciência, meditando. Estava bom demais.
FAROFA DE MOSTARDA COM BANANA
É fácil e bom de fazer. Começamos descascando o aipim e batendo picadinho no liquidificador, cuidado para tirar o fiapo grosso do meio do aipim. Coamos bem no coador de voal e ficamos com a pasta sem líquido. Colocamos em uma peneira em cima de um voal e foi para o sol, é bom colocar outro voal por cima. O dia estava quente e facilitou.
A mostarda foi marinada com missô, azeite e um pouquinho de alho e limão. As mãos entram novamente oferecendo o quentinho e a comunicação com o alimento, a troca de energia, a explosão da química dos seres vivos interagindo. Retiramos o líquido e juntamos com a farinha. Banana da terra picadinha por cima. As frutas normalmente não participam dos nossos preparos culinários do dia-a-dia. Sendo consumidas sozinhas longe das refeições principais, mas como estávamos em dia de “festa”, é possível inserir e aproveitar.
O saladão estava variado com muitas folhas verdes e temperado com azeite, limão e sal.
Delícia! Dia lindo! Contato multicultural na feira, cochilo depois do almoço, a vida pode ser muito boa, simples assim!
Bênção para todos e todas!








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