Pois é, quando
pequena ouvia minha mãe dizer: “cabeça vazia, oficina de satanás” e eu ria.
Ora, ora, eu pensava. Quem fica com a cabeça vazia? Satanás então não se cria
com ninguém. Me usava como referência. Minha cabeça sempre esteve em polvorosa.
Pensamento pra lá,
pensamento pra cá. Sempre com a mente tagarela a me tirar do eixo. Sempre com
uma urgência, uma pressa que trouxe não sei de onde, para me levar para onde
mesmo? Sei lá!
Hoje, paro e
respiro, me vejo na rua catando as folhas e flores que a árvore dispensou. Faço
mandalas, as vezes socializo, noutras guardo para mim na minha mente. Fiz uma
mandala em homenagem a alguém especial que optou por ficar distante de
mim - distante é um lugar seguro - dediquei, ficou linda, mas essa eu nem
fotografei, deixei registrada na minha alma, soprei ao vento para que fosse
alcançar meu bem querer. Sei que naquele momento pensou em mim, tamanha onda de
energia amorosa que enviei. Fiquei feliz.
Nestes momentos criativos alguns
transeuntes me olham intrigados, alguns sorriem para mim. Quando os percebo,
sorrio de volta e retorno para a tarefa. Cada um com suas idiossincrasias,
ora pois, pois.
Vejo uma formiga, um
inseto e outro, uma folha diferente da outra da mesma árvore, variações de
cores, odores e formatos. E encantamento é a palavra exata.
Menos atividade
cerebral e mais observação do que está a sua volta. Como é bom olhar e ver de
verdade o sensível. A natureza senso ela mesma, bela e versátil.
Tenho visto cores
diferentes, cheiros diferentes, o foco no AGORA tem me permitido ser mais
admiradora do que capto com meus sentidos.
A mente diminui as
interferências, fica mais serena.
Olho para mim, para
todos e para a mãe natureza buscando a beleza, a leveza, a harmonia,
tudo que há de bom. E incrível, tenho encontrado coisas fabulosas dentro e fora
de mim.
No outro dia vi meus
pés com generosidade. Saibam que sempre achei meus pés grandes e feios. Olhei e
achei bonitinhos. São meus e me levam para conhecer o mundo inteiro, pronto:
são lindos, concluo eu, sorrindo brejeira. Brejeira? Xi, essa palavra
entrega a idade, quem usa esse termo hoje em dia? Tudo bem! Minha
idade hoje é essa mesmo, sempre a melhor idade, afinal estou nela. Opto
por curtir. Simples assim.
Diminuir a crítica é uma vantagem desse novo foco. Aprendi, como a maioria a ser crítica comigo mesmo, com os outros e com tudo a minha volta. O pecado original é uma adaga sobre a cabeça nos oprimindo. Aprendemos a querer fazer tudo “direitinho” e cobramos o mesmo dos outros caminhantes da vida vivida. De repente eu era uma julgadora inveterada. Como assim? Aprendi e gostei de exercitar. Ser professora apenas exacerbou essa particularidade. Exigente comigo e com os outros, apenas o tempo me ensinou a flexibilizar.
Diminuir a crítica é uma vantagem desse novo foco. Aprendi, como a maioria a ser crítica comigo mesmo, com os outros e com tudo a minha volta. O pecado original é uma adaga sobre a cabeça nos oprimindo. Aprendemos a querer fazer tudo “direitinho” e cobramos o mesmo dos outros caminhantes da vida vivida. De repente eu era uma julgadora inveterada. Como assim? Aprendi e gostei de exercitar. Ser professora apenas exacerbou essa particularidade. Exigente comigo e com os outros, apenas o tempo me ensinou a flexibilizar.
Agora, desconstruir
esse princípio está fazendo parte do meu quadro de melhorias. Sou boa o
bastante para saber que desejo ficar melhor ainda.
Uma visão mais positiva e honesta tem sido uma prática, sem vaidade, com autenticidade. Com reconhecimento do meu valor e do valor de tudo e de todos. Fazer tudo “certinho” deixou de ser prioridade. E não fazer deixou de ter peso de culpa.
Uma visão mais positiva e honesta tem sido uma prática, sem vaidade, com autenticidade. Com reconhecimento do meu valor e do valor de tudo e de todos. Fazer tudo “certinho” deixou de ser prioridade. E não fazer deixou de ter peso de culpa.
Foco em mim. Tenho
acreditado piamente em me responsabilizar generosamente pelo que me acontece.
Responsabilizar é diferente de culpar. A culpa faz parte do meu passado
sombrio. Joguei ótimas oportunidades fora por não me sentir merecedora,
promovendo boicotes imensos a mim mesma e por vezes aos meus relacionamentos.
Não lamento as mancadas. Era o que foi possível naquele momento e sob aquelas
circunstâncias. Dei sempre o meu
melhor, o melhor que tinha para oferecer naquele momento, e tenho acreditado
que a maioria faz o mesmo.
AGORA estou
empenhada em me reconstruir e ser essa pessoa mesmo que sou: perfeitamente
imperfeita, me aprovando, amando e respeitando profundamente.
Mudando a trilha sem
pretender ficar santificada. Afinal para o vestibular de Santa eu reprovei. Que
bom! Humanamente torta, deliciosamente inadequada.
Hoje no foco do
AGORA, fortemente influenciada pela sábia e delicada Louise Hay, pelo
forte e ácido Gasparetto, pela filosofia espiritual de Eckhart Tolle, pela profunda
e erudita Joanna de Ângelis e pelo filósofo revolucionário Jesus de Nazaré que
me garantiu que sou Luz e tudo posso, vou podendo por aí. Incluo nessa
jornada transformadora as aulas de Metafisica da Saúde e Ervas M edicinais do
professor mateiro Fernando Fratane. Hoje ando mais próxima de mim.
Mudando o foco e renovando a
trilha, escolhendo ser feliz catando matinhos pelo caminho. Cheirando, vivendo,
sentindo...
Bênçãos para todos e
todas que fazem movimento de contato consigo mesmo e com o mundo a sua volta.
Essa é a totalidade da espécie humana, vivendo e amando do jeito que sabe, sem
receita, da forma que pode ser. Chuva de bênçãos!
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