segunda-feira, 23 de julho de 2012

Lendo três


Férias e livros – inseparáveis. Estou lendo três, um com muita atenção e cuidado, absorvendo as lições com delicadeza. É o livro do Deepak Chopra “Corpo sem idade, mente sem fronteiras – alternativa quântica para o envelhecimento”. ”. Este eu comprei nas pescarias em sebos empoeirados, atchim! Espirro, mas curto escarafunchar as prateleiras confusas. Livro mais denso, fala sobre muitas pesquisas na área psicossomática.
Ele acredita, e prova no livro, que a plena consciência mente-corpo pode nos oferecer poderes ilimitados. Eu acredito e fico nas reflexões dos exercícios que ele propõe. Pretendo envelhecer bem, afinal meu processo já começou.
Num exercício do capítulo “Na prática – a sabedoria da incerteza”, que me acompanhou durante alguns dias, eu li:
“Reconheça que você tem uma interpretação. Numa situação de conflito, tento dizer a mim mesmo que meu ponto de vista tem limitações; não sou o dono da verdade.”
Pois é, parece óbvio para se olhar a grosso modo, mas...! Dono da verdade? Cada um de nós, às vezes, pensa que é.
O outro livro, mais leve, é Nietzsche para estressados – 99 doses de filosofia para despertar a mente e combater as preocupações. Comprei assim, meio de curiosidade na livraria este fim de semana e já estou fã. Logo no primeiro capítulo o autor Allan Percy começa muito bem usando seu suporte teórico, nada mais, nada menos do que o filosofo caótico Nietzsche:
“Quem tem uma razão de viver é capaz de suportar qualquer coisa”.
Bem na linha metodologia coaching. E ele vem tecendo suas breves e boas considerações.
E é claro, para puro deleite e grande entretenimento, leio pela enésima vez, “Água viva”, da minha, sua, nossa Clarice Lispector.  Minha edição é de 1977 bem usada. “Meu tema é o instante? Meu tema de vida. Procuro estar a par dele, divido-me milhares de vezes em tantas vezes quanto os instantes que decorrem, fragmentária que sou e precários os momentos – só me comprometo com a vida que nasça com o tempo e com ele cresça: só no tempo há espaço para mim.” Clarice tem imenso poder sobre mim, poder de me inquietar e aquietar, dialeticamente poderosa.
E assim as férias vão passando, deliciosas e preguiçosas.
Aceitem minhas indicações e também sintam esse prazer de estar mergulhado no cheiro, letras e notas dos livros impressos, que quase em desuso eu uso insistente.
Bênçãos para todas as leitoras e leitores famosos e anônimos do mundo.

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