domingo, 23 de agosto de 2015

TERAPIA HOLÍSTICA: FLORAL – MANJERICÃO

“Nossa saúde física depende do nosso modo de pensar, dos nossos sentimentos e emoções. ” Dr. Edward Bach
A reflexão do Dr. Bach traz uma luz sobre a questão saúde/doença, nosso corpo está subordinado ao Espírito que nele habita, o nosso eu profundo, alma, ou seja, o termo que mais te agrade utilizar. Nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos indicarão os processos de desequilíbrio que geram as doenças. Nossa reflexão hoje vai para os florais.
A terapêutica floral é utilizada desde o antigo Egito para tratamento de questões emocionais. Dr. Bach foi o primeiro a sistematizar estes estudos e aplicação, a partir daí várias pesquisas e experimentações vem sendo feitos e uma quantidade significativa de adeptos e interessados por este assunto tem crescido a cada período. Compreendo que essa busca tem se baseado no momento histórico mais holístico em que vivemos.
Meu interesse pela inserção dessa ferramenta na minha atuação terapêutica tem como base o sucesso na minha própria utilização com os florais. A terapeuta Rosa Maria cuidou de mim com florais e eu senti a potência dessa terapêutica, agradeço a essa alma generosa e hoje tenho estudado, utilizado e visto a eficácia em meus clientes.
Os estudos com Clarice Lopes e Fernando Fratane foram decisivos para meu empoderamento neste sentido, sinto muita gratidão por estes dois mestres. Outros estudos vieram e os Florais brasileiros foram sendo meus alvos de estudo e experimentações.
Entendo que os florais atuam num nível mais profundo, onde o medicamento convencional não penetra, atinge a memória celular e as vibrações energéticas do corpo, psicosoma.
Hoje, vamos falar do manjericão, conhecido do nosso cotidiano, partícipe de muitas receitas culinárias, um molho pesto, com seu sabor singular, é do agrado da maioria da população. Na índia é considerada uma erva sagrada.
A ação dessa erva é ampla além da comida, tem efeito medicinal, o chá das folhas vai ser útil para gripes e resfriados além de facilitar o sono quando ficamos remoendo o dia e custamos a dormir. No site TSUM temos um artigo muito interessante sobre esse nosso amigo, intitulado: “É de cravo, é de rosa, é de manjericão...”como na canção popular que me levou para minha infância peralta e cantante.
Mas hoje nossa abordagem é Floral. A flor do Manjericão é uma espiga longa, delicada, decorativa e perfumada. A energia que demanda é de direção, sentido, harmonia. Quando ficamos desorientados o manjericão nos organiza. Se existe em nós um sentimento de teimosia, a generosidade dessa flor nos conduz a flexibilização, a observação do que está fora, favorecendo a possibilidade de minimizar o excesso de egocentrismo e falta de humildade. Essa flor é linda e singela, sendo o que é, e nós procuramos essa leveza para que possamos ser quem somos, empoderados de nossas potências com clareza e sem orgulho desnecessário. Nos faz sentir renovados e com os sentidos mais apurados.
Convido aqueles que não conhecem que se permitam a essa viagem como eu me permiti e se surpreendam com os resultados. Aqueles que já são adeptos poderão testemunhar os sucessos e todos ganhamos com mais uma possibilidade de tratamento complementar para nosso corpo e alma para que possamos transitar em nossa jornada evolutiva mais saudáveis, felizes e em paz conosco, com os outros e com o Universo.
Chuva de benção para todos meus leitores cativos e para aqueles que estão conhecendo agora minhas conversas despretensiosas carregadas de bons votos de saúde a todos e todas. Namastê!
"A Vida não espera de nós sacrifícios inatingíveis, ela apenas pede que façamos nossa jornada com alegria em nosso Coração e para ser uma benção para todos aqueles que nos rodeiam. Se nós fazemos o mundo melhor com a nossa visita, então nós cumprimos a nossa missão." Dr. Bach.  http://www.institutobach.com.br/site/


domingo, 21 de junho de 2015

CHATERAPIA: CONTATO COM A NATUREZA


A natureza sempre nos oferece recursos valiosos, e entre esses recursos figura o chá como peça chave. Sou uma grande apreciadora dos chás de uma maneira geral, é sempre um bom acompanhante com seus múltiplos sabores e cores. O lindo verde do capim limão, o rosado do hibisco, o amargo da carqueja e por aí vai.
Mas como e sempre bom poder ampliar conhecimentos fui estudar ervas medicinais. O poder dos chás é comprovado e milenar. O casal Fernando Fratane e Clarice Lopes com suas ervas medicinais, florais e numerologia movimentou e dinamizou minha prática terapêutica e minha aproximação com a Mãe Terra.  
Gosto de ser tratada e tratar com o que a natureza oferece. Parafernália química sintética me desagrada e até tintura de cabelo e esmalte de unhas tirei da minha vida. Não vai aí nenhum tipo de crítica para as belas e belos que pintam cabelos e unhas.Cada um tem que fazer o que seu poder interior manda. E as individualidades bioquímicas cuidam para que tudo fique muito bem. 
A natureza nos presenteia com o que presenteava nossos antepassados. E nossos nativos cuidavam muito bem de si e dos outros com ervas, cataplasmas, beberragens e práticas de Medicina Naturais que até hoje funcionam muito bem. Vale ressaltar que também aqui não vai crítica sobre as intervenções medicamentosas. Prefiro usar quando realmente são necessárias, afinal não vou usar exclusivamente chá nem floral para uma fratura exposta. Falo isso porque tenho treinado meu bom senso e cada situação exige um tipo de ação.  Ditadura de esquerda é tão ruim quanto ditadura de direita e ser rígido com preciosas informações mais afasta que agrega os mais resistentes. Rigidez não é bom nem para si mesmo nem para a convivência no mundo. 
Vou iniciar uma série de posts sobre esses remédios: os chás! E estou chamando esse tratamento de chaterapia, palavra que já ouvi aqui e ali.
Meu professor Fratane fez uma ótima distinção quando separa chá social de chá medicinal. Chá social é cultural e tem a função de recreação e divertimento, aí vale tudo, adoçar, usar de saquinhos, colocar leite a moda dos ingleses, comer com biscoitinho. Esses chás tem um objetivo específico e importante: alegrar o coração, aí fica ao gosto daquele que está usando. Já os chás medicinais tem uma forma específica de preparo e para estes quanto mais informação eu tenho, melhor eu aproveito seus princípios curativos. Esse santo remédio também possui algumas poucas contra indicações de acordo com a erva utilizada e a situação de cada um, portanto, fiquemos atentos.
É sobre estes que lançarei um olhar mais demorado com o intuito de esclarecer e conclamar a todos que aceitem essa aventura. Tem sido bom para mim e desejo socializar. 
Vale um esclarecimento inicial que é de extrema importância, e que meu passeio pela alimentação viva reforçou sobremaneira: a questão da vitalidade. É inegável que as ervas frescas tem um poder maior que as plantas secas, se plantadas e colhidas por você então é cura na certa. Mas nós fazemos o que é possível e nem sempre temos ao alcance das mãos um capim limão lindo e verdinho, uma hortelã aromática e deliciosa, um gengibre colhido na hora. Assim optamos pelas ervas secas. Fiquemos apenas atentos a procedência. Procuro comprar frescas e deixar secar a sombra quando possível, caso não seja, faço o que é possível e já compro seca mesmo. Evite criar dificuldades desnecessárias, o importante é começar do jeito que dá. 
Meu amigo Rodrigo, muito lindo, fez uma viagem a Minas Gerais e trouxe uma quantidade variada de chás que encheram minha despensa. Amei!  E meu outro amigo Eduardo trouxe saquinhos costurados a mão quando em viagem ao exterior. Pois é, ganho chás de presente e comemoro.  
Vou começar com um especial badalado e conhecido: hortelã. Essa erva aromática cai bem com tudo, tempera que é uma beleza, dá um frescor aos sucos verdes e é um chá fabuloso, para fazer uma xícara use 3 folhas se for fazer um litro para bebericar como água para aproveitar os benefícios, use 7 folhas, considere estas medidas das folhas médias, demais use o boom senso de que todos somos nutridos.
Nas suas múltiplas manifestações encontramos hortelã miúda, média, grandona e a aveludada hortelã Pimenta que aparece na ilustração.   Boa para refrescar o hálito quando mastigada. Geleia de hortelã é uma delícia. 
Vale trazer aqui a mitologia para dar um tom. Conta-se através do tempo que Plutão que era casado com Prosperine, deu uma pulada de cerca com Minthe, esta sofreu a fúria da esposa traída, que a transformou numa planta, a hortelã, um castigo perfumado afinal.
Já que estamos no passado, conta-me que os atenienses esfregavam as folhas de hortelã-pimenta nos braços para aumentar a resistência a doenças e mordidas dos pequenos seres da natureza que insistem em nos picar. 
Múltiplos benefícios dessa plantinha amiga, como gargarejo ajuda nas dores de garganta. Pode aliviar, também, picadas de insetos. Muito boa contra ânsia de vômitos O chá de hortelã de qualquer espécie é indicado para tratamento de gripes e má digestão, elimina toxinas, é um chá DETOX, ajuda a purificar o organismo, limpar o tubo digestivo, diminuir a temperatura do fígado, calmante e desestressante. Para fazer um sumo para anemia, verminoses, tensão nervosa, tremedeira. Macerar folhas, espremer e beber o sumo puro. Resumindo hortelã é tudo de bom. No quesito contra indicações, no livro "A cura que vem dos chás" de Carlos Alves Soares, existe a sugestões de que mulheres grávidas e que estejam amamentando evitem esse chá, ok, então, vamos evitar. Esse assunto continua, para meu prazer, com outras ervas e especiarias.
Chuva de bênçãos para todos os apreciadores de chás e bênçãos também para aqueles que ainda não sentiram esse prazer. Namastê!





segunda-feira, 15 de junho de 2015

PENSANDO NAS CRENÇAS

“Faze uma avaliação honesta da tua existência, sem consciência de culpa, sem pieguismo desculpista, sem coerção de qualquer natureza, e logo depois desperta para o que deves produzir de bom, de útil, de construtivo, empenhando-te na realização da tua liberdade de ser feliz. ”

Numa sexta-feira dessas, fiz uma palestra que teve uma repercussão interessante. Num clima de bate papo descontraído revisitei umas crenças que ando questionando e que acabam por nos paralisar. Essa assertiva da dupla Joanna de Ângelis/Divaldo Franco no livro “Momentos de Saúde” figurou bem fortemente, visto o aprofundamento que apresenta.
Aqueles que de uma forma ou de outra apresentam natureza religiosa ou praticam alguma religião tendem a solidificar crenças que mais atrapalham que ajudam. O que não significa que outros tantos que sem religiosidade também não apresentem crenças limitantes, pois muitas vezes se coadunam com princípios conservadores, preconceituosos e restritos das liberdades individuais. 
Crenças limitantes é terminologia específica  que conheci na minha formação em Couching passeando pela PNL. Esses conhecimentos mudaram meu discurso. 
Afinal em que consistem estas crenças que te aprisionam e limitam? Louise Hay diz que é tudo que você ouviu ao longo da sua vida, na infância, adolescência e até mesmo na fase adulta. Você ouviu, nem sequer entendeu e como acaba ouvindo inúmeras vezes passa a considerar como verdade, por vezes inquestionável. 
Um exemplo pode ser a tão famosa fala "homem não presta", outra, “mulher dirige mal, tem que pilotar fogão".  Posso enumerar umas tantas que dariam uma dissertação ou pelo menos uma monografia. 
É importante que se faça aqui considerações com relação a estas duas em questão, são preconceituosas e sexistas e colaboram para o recrudescimento de uma guerra dos sexos que não favorece aos homens e nem as mulheres. Que enfatizam a falha e não a potência. Figuram em piadas e brincadeiras que se fazem distraídos sem perceber o que tem por trás. A carga emocional de rebaixamento de ambos os sexos, desconsideram as peculiaridades de cada um, transcendendo as questões de gênero. 
Outra crença limitante está de categoria religiosa, ensinando que para ganhar o céu deve se abandonar a terra.  Mas como? Onde estamos? Para ter futuro nego o presente? Pensar sempre no futuro próximo ou distante rouba o presente que acaba por não ser vivido e aproveitado causando frustrações incontáveis,
A crença de que temos que ser bons o tempo todo precisamos corresponder ao que esperam de nós cria doenças físicas e emocionais. Me calo, me comporto, obedeço, viro cordeirinho de um rebanho de pastores loucos por moral forçada. Aí adoeço, perco o viço e viro um ser infeliz, acorrentado beijando as correntes. 
É lindo ver o trabalho de missionários, Madre Tereza, Irmã Dulce, Chico Xavier, entre tantos outros, porém estas pessoas são como já enfatizei "missionários". 
Eu sou apenas uma pessoa transitando no mundo com minhas dores e alegrias. Minha "missão"" é correspondente às minhas potências, do tamanho de um botão. Mas é o que posso oferecer a sociedade. Minha conduta ética, perfeita do jeito que posso ser perfeita. Meio torta as vezes, egoísta, possessiva e voluntariosa, as vezes, tudo “as vezes”. Cada dia menos frágil porque cada dia sou MAIS. 
Estou aqui no mundo para me melhorar e cuidar primeiro de mim mesma, para que possa haurir forças para num futuro voltar com missões mais nobres. 
É injusto comigo mesma carregar o peso do mundo e me negar em prol do outro ou em prol de uma perfeição idealizada de mim mesma. Ainda não estou pronta para isto. Desejo investir em meu aprimoramento, autoconhecimento, prazer e alegria. Sem culpa, de preferência, por ser assim. 
Não somos responsáveis pelo aprimoramento moral ou pessoal de quem quer que seja, nem dos filhos, nem dos pais, nem dos parceiros fixos ou fortuitos, nem dos amigos, nem dos desvalidos. Você é responsável apenas por VOCÊ mesmo. Tenho usado como um mantra: "Eu sou responsável única e exclusivamente por mim mesma" 
Cada um escolhe seu caminho e sua rota. Suas orientações tem peso significativo no caso de filhos, mas as escolhas e o poder de decidir cabe a eles. Quando os pais decidem tudo e cercam de proteção asfixiante, criam filhos que serão adultos indecisos e sem autonomia. O que acaba gerando mais dissabor que sabor. 
Querer ser bonzinho sem estar pronto para isso é automutilação. Vive-se infeliz aguardando aprovação, reconhecimento e gratidão. E nem sempre vem, pelo contrário, quanto mais se espera mais afugenta estas dádivas que devem ser espontâneas.
A fala hoje conclama autenticidade, auto reconhecimento e verdade, quebra de paradigmas e nossas crenças.  Seja o melhor que puder ser, mas seja você mesmo sem se preocupar em agradar aos outros. Agrade a si mesmo se tratando muito bem e o Pai criador ficará muito feliz em ver seu esforço. Ele investiu em você e quer o sucesso absoluto da obra. O restante deixa que o tempo vai aprimorar cada dia mais.
Essa mandala que ilustra fiz no chá de bebe da Maria, uma nova irmã que chegou para alegrar nossos corações.
Chuva de bênçãos a quem se aceita como é, bênçãos também para aqueles que estão em processo de auto aceitação. Namastê! 



quarta-feira, 6 de maio de 2015

QUAL SUA FOME?

“Bebida é água!
Comida é pasto!
Você tem sede de quê?
Você tem fome de quê?

Essa música hoje me seguiu, aceitei o convite, cantei e lembrei de algo que quero elucubrar. Chico Xavier, em sua passagem em nosso plano material, protagonizou inúmeros eventos recheados de lições. Histórias contadas pela multidão que o acompanhava e que coloria essas histórias a seu bel prazer.
Numa das passagens pitorescas contadas, esta eu ouvi algumas vezes, uma senhora em Uberaba, onde se fazia distribuição de sopa, estava na fila pela terceira vez. Os tarefeiros foram falar com Chico, pois ela já havia sido orientada sobre esse procedimento e ignorado completamente. 
Chico, vendo sempre as coisas de um angulo mais profundo que a maioria, olhou compassivo e categoricamente afirma:
 - Deixem-na, deve sentir mais fome que os outros.
Essa visão compreensiva causa ainda muito espanto, claro que para olhos distraídos como uma pequena senhora podia comer tanto, porém a fome que movia a senhora em questão não era a que nutre o corpo e sim uma mais intensa muito mais difícil de saciar. Essa fome é da alma desnutrida, faminta, sedenta.
Essa fome pertence a uma esfera de solidão, de abandono, de raiva, do ressentimento, de invisibilidade, que nem sempre é fácil perceber, mas que pode, inclusive, levar a obesidade ou as doenças de variados tipos.
Chico tinha uma percepção para além da matéria, era capaz de perscrutar esferas mais sutis, e vendo com os olhos que a terra não desintegra, ele detectou a fome da velha senhora e motivou, com a simplicidade de sua resposta, a todos a trabalharem a atenção para o que não pode ser visto com os olhos rígidos das regras e procedimentos.
Essa historieta nos toca e nos remete a nossas fomes. Num dia carente senti uma fome especifica de bolo de fubá com café com leite, ok, vamos atender aos apelos do desejo, quando a primeira garfada chegou a boca eu imediatamente entrei no clima do crítico do filme “Ratatouille” e me vi transportada no tempo, onde o bolo era oferecido com tamanha amorosidade pela minha mãe que era capaz de curar até dores, e ai sim pude compreender que não era fome o que eu sentia, era carência materna, havia um buraco emocional desejando ser tampado, e essa clareza me foi útil  naquele momento. 
A armadilha é  não perceber e “emburacar” na comida como compensação de afetos não supridos e ganhar de presente “trocentos” quilos mal vindos. 

"A gente não quer só comida,
A gente quer comida, diversão e arte.
A gente não quer só comida.
A gente quer saída para qualquer parte.
A gente não quer só comida,
A gente quer bebida, diversão, balé.
A gente não quer só comida,
A gente quer a vida como a vida quer."

Os Titãs cantam e todos concordamos fazendo coro. Queremos para além da comida. Queremos vida, sabor, arte, amor, diversão, prazer, alegria, delícias de variados matizes.  
Queremos, desejamos muito e merecemos tudo de bom. Acredito piamente nisso.
E quando esse tudo de bom não acontece como queremos é imprescindível que nos envolvamos numa análise profunda, e possamos ver com olhos mais atentos à exemplo de Chico. 
Algumas perguntas poderosas, bem metodologia Coaching, podem ser feitas para nós mesmos. Responda de preferência por escrito pois é uma boa via de materialização desse desejo. Vamos lá:
1. O que me move em direção a esse desejo? Vai fundo nessa questão, use de sinceridade, verdade e seja 100% você.  Escreva e queime depois de ler se for muito tenso ou impublicável.
2. Esse desejo é meu mesmo ou penso que quero porque todos querem? Quem mais quer o mesmo que eu? Todo mundo? Esse povo do mundo nem sempre está muito certo do que quer. E eu sou eu dento de mim.
3. Já empreendi TODOS os esforços (financeiros, emocionais, atitudinais) possíveis para ir em direção ao meu desejo? 
4. Já declarei e deixei explícito meu desejo para o Universo? 
5. Me sinto merecedor ou merecedora desse desejo atendido? 
6. Já me visualizei como alguém que já tem esse desejo atendido? Como me sinto tendo o que almejo?
Muitos de nossos sonhos e desejos nem são reais e sinceros. Vá fundo nas respostas e depois trace planos de ação para a concretização, caso você ainda deseje a mesma coisa depois de responder a estas questões. E se houve necessidade de refazer cálculos e reorganizar planos continue escrevendo.
Sonhe, mas não fique na esfera dos sonhos nos braços de Morfeu, parta para a ação. Mas depois de ter se envolvido por inteiro, esse sonho ainda correr de você, aí sim é hora de sonhar diferente, algo mais plausível, mais adequado, mais real. Aceite o não do Universo e siga em frente sem lamentações com novos sonhos e projetos. Pode chorar e se lamentar, é legítimo, mas que seja rápido, a vida te espera com novas fomes, novas sedes e novas possibilidades de ser feliz. 
Ilustro com tomatinhos cerejas recheados com queijo de castanha de caju e trigo germinado, estimulando o desejo de comer algo belo e bom.
Chuva de bênçãos ao som da música de hoje: COMIDA para todos nós.


quinta-feira, 30 de abril de 2015

ESCOLHENDO NOSSOS MANTRAS DIÁRIOS: TÓXICOS OU ACOLHEDORES?

“És livre para imprimir na tua existência o padrão de felicidade ou de aflição com o qual desejes conviver. A liberdade é lei da vida, que faz parte do concerto da harmonia universal. Submetido à ordem da ação, que desencadeia reações correspondentes, és o que de ti próprio faças, movimentando-te no rumo que eleges. Podes e deves ser feliz. Esta é a tua liberdade de escolha.
Joanna de Angelis, muito sábia, nos traz nessa assertiva, luz ao pensamento que ainda paira nos meios filosóficos-religiosos de que estamos aqui para sofrer, que a vida é um fardo e que tudo só é conseguido através de muita luta. 
Aprendemos assim, construindo para nós frágeis alicerces de medos e culpas que nos impedem de caminhar em busca da felicidade. Esta semana uma pessoa em conversa comigo falava sobre uma mania sua e já veio explicando: - sou muito chata mesmo. Discordei veementemente, defendendo-a dela mesma. 
Falamos sem sequer perceber que estamos nos menosprezando, diminuindo, criticando. Sendo devedores de empréstimos que nem sequer lembramos que contratamos.  Mantra tóxico!  Vamos lá, quem não tem alguma mania? Eu tenho várias e tenho me recusado a categorizar minhas especificidades de chatas. 
Hoje eu estou nesta direção. Antes eu também me detonava sem piedade, sou alta demais, falante demais, bonita de menos, míope, espalhafatosa, desengonçada, etc. e tal. Agora entendi que sou do jeito que sou sendo eu mesma, uma graça com todas essas características belamente estranhas. Gosto de ser assim.
Muitos mantras tóxicos são entoados por nós diariamente reforçando essa ideia de baixa estima. 
Um mantra tóxico muito entoado é aquele do "não consigo". Esse escuto diariamente. Não consigo emagrecer, não consigo me dar bem, não consigo parar de pensar sobre isso, sobre aquilo, não consigo, não consigo... Sabe o que acontece? Quando você acredita que não consegue realmente não vai conseguir, e fica num círculo vicioso de negatividade e gol contra.
Outro mantra muito usado é:  "Deus quis assim", esse eu usei tanto, até entender que Deus quer tudo de bom pra mim. Emmanuel/Chico Xavier no livro "Fonte viva" nos diz que: "O Supremo Senhor criou o Universo, entretanto, cada criatura organiza o seu mundo particular... Seremos compelidos a formar o campo mental de nós mesmos, a erguer a casa de nossa elevação e a construir o santuário que nos seja próprio."  Portanto, segundo essa sacada interessante, a construção do meu edifício psíquico, ou seja, esse santuário que propõe Emmanuel, cheio de andares multifacetados é decisão minha. Essa construção é de responsabilidade minha, nossa, cada um construindo onde vai morar emocionalmente.
Se uso os atributos recebidos sem vigor, serei fraca, se aprendo a usar com potência, fico fortalecida e dona do meu espaço. Eu tenho total responsável pela minha sorte ou desdita. 
Entendo e fui vítima também de uma avalanche de ideias contrárias a esta. Isto construiu meu sistema de crenças que hoje sofre transformações. Sou capaz disto, desde que acredite de verdade em mim. Vemos inúmeros livros e filmes de ações absurdas de resiliência e coragem, mas se prefere acreditar que só acontece com os outros. Pessoas bem-sucedidas são aquelas que acreditam em si, nas suas raízes, nos seus troncos, nos seus galhos de árvores multimilenares que são. 
Mas o campeão de nocividade de um mantra tóxico é aquele que diz: "tenho medo de ficar muito contente e feliz, pois algo ruim vai acontecer". E pode esperar que acontece mesmo. A pessoa acaba por atrair exatamente o que profetizou. 
Nossa construção psíquica foi embasada no medo e na violência real ou simbólica. Imagina que cantamos alegremente: atirei o pau no gato e o gato não morreu. Pois é, nós somos os gatos sobreviventes dos paus que atiramos em nós mesmos. Ok! Ok! Como o gato da canção infantis, não morremos mas ficamos sequelados emocionais. 
Essas constatações abrem espaço para que possamos operar mudanças em nosso ambiente íntimo, renovando os pensamentos vitimistas e vitimizantes. Fazendo uma repaginação das estruturas de base que nos sustentaram até agora. Com sentimento de gratidão pelo que aprendemos, mas com a certeza de que agora não mais queremos isto para nós. Esses padrões negativos não nos pertencem mais, vamos libertar e deixar ir embora essas crenças negativistas.
Tenho poder para fazer essas transformações. Aprendendo assim a lidar com parâmetros e perspectivas mais adequados aos novos tempos, momento quântico em que vivemos. 
Este é o caminho que tenho escolhido percorrer. Cheio de altos e alguns baixos que aprendo a conviver docemente ou de forma não tão doce assim quando necessário. Ser boazinha não está sendo uma opção para mim, andei tomando muito Agrimony e as máscaras estão soltando dos elásticos.
Nem sempre é fácil, aliás essa afirmação nunca pronunciei. Para uns é mais fácil que para outros. As nossas individualidades fisiopsiquicas vão dar o tom do nível de dificuldade nesse imenso game que é a vida. Usei o termo game porque lembra lúdico e eu tenho escolhido viver em alegria.  Dançar me faz bem, é terapêutico para mim, por vezes rodopio ao som de uma música e danço com a vassoura que nunca erra o passo e está sempre disponível para mais um bailado.
Isso é pouco "normal" podem dizer os especialistas em normoses. Mas tudo bem, quem quer ser normal? Eu não! Nem sei bem o que é isso, nesse nosso mundo repleto de diversidades.
Outros me perguntam por onde anda minha objetividade. Mas objetividade não é qualidade que almejo, tenho me aproximado dela quando é importante para que seja minha aliada em momentos oportunos. Meu empenho neste momento está em fazer meu cérebro trabalhar a meu favor, entoando mantras leves, amorosos, acolhedores para mim mesma e para os outros. Sou pacifica e pacificadora, merecedora de tudo de bom que o universo enviar. E como dizia nosso querido professor Hermógenes: - Entrego, aceito, confio e agradeço, faço minhas essas belas palavras.
Meus mantras agora são estilo Louise Hay e outros ícones da alegria como a peixinha Dory do filme de animação "Procurando Nemo" que canta divertida: - continue a nadar, continue a nadar,  continue a nadar... 
Vamos nadando nas águas claras do nosso autoconhecimento.  Deixo uma bela foto que tirei do pé de maracujá florido e no final uma bela frase inspiradora da Brahma Kumaris para adoçar minhas palavras.
Chuva de bênçãos, hoje com chuva literal que cai linda do céu abençoando todos nós. 

“Um equívoco acreditar que a jornada espiritual é difícil. Ela é bonita. Qualquer pessoa que trabalha em si vai desfrutar do benefício da mudança. É como se exercitar. Não é difícil, só vai tornar minha vida melhor. A espiritualidade é como um modo de vida. Pegue algo pequeno como acordar as crianças. Deveria ser duro tirá-las da cama? Ou eu posso fazer isso de uma maneira diferente? Isso é espiritualidade. Não é nada separado de viver. Simplesmente consiste em fazer tudo o que eu estou fazendo hoje, mas cuidando de como eu sou por dentro ao fazê-lo. Fique feliz, seja fácil, seja contente e então faça tudo."   http://www.brahmakumaris.org/brazil

quinta-feira, 23 de abril de 2015

MUDANDO O FOCO, RENOVANDO A TRILHA

Pois é, quando pequena ouvia minha mãe dizer: “cabeça vazia, oficina de satanás” e eu ria. Ora, ora, eu pensava. Quem fica com a cabeça vazia? Satanás então não se cria com ninguém. Me usava como referência. Minha cabeça sempre esteve em polvorosa.
Pensamento pra lá, pensamento pra cá. Sempre com a mente tagarela a me tirar do eixo. Sempre com uma urgência, uma pressa que trouxe não sei de onde, para me levar para onde mesmo? Sei lá! 
Hoje, paro e respiro, me vejo na rua catando as folhas e flores que a árvore dispensou. Faço mandalas, as vezes socializo, noutras guardo para mim na minha mente. Fiz uma mandala em homenagem a alguém especial que optou por ficar distante de mim - distante é um lugar seguro - dediquei, ficou linda, mas essa eu nem fotografei, deixei registrada na minha alma, soprei ao vento para que fosse alcançar meu bem querer. Sei que naquele momento pensou em mim, tamanha onda de energia amorosa que enviei. Fiquei feliz. 
Nestes momentos criativos alguns transeuntes me olham intrigados, alguns sorriem para mim. Quando os percebo, sorrio de volta e retorno para a tarefa. Cada um com suas idiossincrasias, ora pois, pois. 
Vejo uma formiga, um inseto e outro, uma folha diferente da outra da mesma árvore, variações de cores, odores e formatos. E encantamento é a palavra exata.
Menos atividade cerebral e mais observação do que está a sua volta. Como é bom olhar e ver de verdade o sensível. A natureza senso ela mesma, bela e versátil. 
Tenho visto cores diferentes, cheiros diferentes, o foco no AGORA tem me permitido ser mais admiradora do que capto com meus sentidos.
A mente diminui as interferências, fica mais serena. 
Olho para mim, para todos e para a mãe natureza buscando a beleza, a leveza, a harmonia, tudo que há de bom. E incrível, tenho encontrado coisas fabulosas dentro e fora de mim.
No outro dia vi meus pés com generosidade. Saibam que sempre achei meus pés grandes e feios. Olhei e achei bonitinhos. São meus e me levam para conhecer o mundo inteiro, pronto: são lindos, concluo eu, sorrindo brejeira. Brejeira?  Xi, essa palavra entrega a idade, quem usa esse termo hoje em dia?  Tudo bem!  Minha idade hoje é essa mesmo, sempre a melhor idade, afinal estou nela. Opto por curtir. Simples assim. 
Diminuir a crítica é uma vantagem  desse novo foco. Aprendi, como a maioria a ser crítica comigo mesmo, com os outros e com tudo a minha volta. O pecado original é uma adaga sobre a cabeça nos oprimindo. Aprendemos a querer fazer tudo “direitinho” e cobramos o mesmo dos outros caminhantes da vida vivida. De repente eu era uma julgadora inveterada. Como assim? Aprendi e gostei de exercitar. Ser professora apenas exacerbou essa particularidade. Exigente comigo e com os outros, apenas o tempo me ensinou a flexibilizar.
Agora, desconstruir esse princípio está fazendo parte do meu quadro de melhorias. Sou boa o bastante para saber que desejo ficar melhor ainda. 
Uma visão mais positiva e honesta tem sido uma prática, sem vaidade, com autenticidade. Com reconhecimento do meu valor e do valor de tudo e de todos. Fazer tudo “certinho” deixou de ser prioridade. E não fazer deixou de ter peso de culpa.
Foco em mim. Tenho acreditado piamente em me responsabilizar generosamente pelo que me acontece. Responsabilizar é diferente de culpar. A culpa faz parte do meu passado sombrio. Joguei ótimas oportunidades fora por não me sentir merecedora, promovendo boicotes imensos a mim mesma e por vezes aos meus relacionamentos. Não lamento as mancadas. Era o que foi possível naquele momento e sob aquelas circunstâncias. Dei sempre o meu melhor, o melhor que tinha para oferecer naquele momento, e tenho acreditado que a maioria faz o mesmo.
AGORA estou empenhada em me reconstruir e ser essa pessoa mesmo que sou: perfeitamente imperfeita, me aprovando, amando e respeitando profundamente. 
Mudando a trilha sem pretender ficar santificada. Afinal para o vestibular de Santa eu reprovei. Que bom! Humanamente torta, deliciosamente inadequada.
Hoje no foco do AGORA, fortemente influenciada pela sábia e delicada Louise Hay, pelo forte e ácido Gasparetto, pela filosofia espiritual de Eckhart Tolle, pela profunda e erudita Joanna de Ângelis e pelo filósofo revolucionário Jesus de Nazaré que me garantiu que sou Luz e tudo posso, vou podendo por aí. Incluo nessa jornada transformadora as aulas de Metafisica da Saúde e Ervas Medicinais do professor mateiro Fernando Fratane. Hoje ando mais próxima de mim.
Mudando o foco e renovando a trilha, escolhendo ser feliz catando matinhos pelo caminho. Cheirando, vivendo, sentindo... 

Bênçãos para todos e todas que fazem movimento de contato consigo mesmo e com o mundo a sua volta. Essa é a totalidade da espécie humana, vivendo e amando do jeito que sabe, sem receita, da forma que pode ser. Chuva de bênçãos! 

terça-feira, 21 de abril de 2015

A SIMPLES OUSADIA PRAZEROSA DE ESCREVER

Era um tempo vago. De um compromisso ao outro. Um chazinho numa cafeteria e uma oportunidade para escrever. Olho o teclado do celular, pois sou dessas que usa o smartphone pra tudo. Respiro e fico rindo sozinha, escrever sobre o que exatamente? 
Aí  percebi que escrever não é  decidir, é  aceitar. A inspiração vem e se não tiver caneta vai batom, mas a escrita brota, as palavras saem aos borbotões. As ideias fluem, a produção acontece. Já escrevi em pé no ônibus.
Escrever é um ato de ligação consigo mesmo de um território profundo. A escrita acadêmica vem de outro lugar mais para cima, vem do cognitivo, do racional. Essa quanto mais desprovida de interferência emocional mais é apreciada pelos acadêmicos de plantão. Nessa eu estive íntima pelo menos por três décadas.
Essa outra escrita a que me refiro, inspira os trovadores e poetas e aqueles que simplesmente gostam de escrever como meu primo Nelson que escreve sofregamente folhas e folhas de cadernos. Sugiro que crie um blog que também favorecerá um ou outro que viaja na sua viagem como acontece comigo.  Tenho leitores que me cobram produção, o que é simpático e não deixa de ser engraçado.
Essa escrita que move Nelson e que me move, essa vem de dentro, essa é para quem escreve o que transborda e deve publicar se assim o desejar. Durante muito tempo escrevi só para mim, continuo fazendo isto quando é algo extremamente particular e não quero socializar. Tenho inúmeros textos íntimos e pessoais. Penso que isto seja, inclusive, terapêutico. Já percebi armadilhas minhas quando desabafava para mim mesma.
Colocar suas emoções para fora e abrir o coração para o mundo faz um bem enorme a alma. Experimente essa delicia. Alguns me dizem que não conseguem escrever. Sugiro que deixe vir. Quando aparece no papel ou na tela, você vai se surpreender e encantar. Não seja exigente demais consigo mesmo. Por vezes releio textos e penso: Xi, faltou revisão, mas tudo bem, ando exercitando pouca cobrança sobre mim mesma.
Comece escrevendo as tarefas do dia e suas impressões sobre as tarefas. Escreva afirmações positivas sobre o que vai fazer no dia, a grande dama Louise Hay dá excelentes dicas. Deixe fluir. Bebel Gilberto, linda, canta uma música que gosto muito que diz "sem contenção de emoção".
Obedeço Bebel, sou intensa e transbordo com frequência. Me amar é tarefa para corajosos. Mas sou muito amorosa e escrevo amorosamente mesmo quando estou raivosa. Mesmo quando não tenho assunto e sobra tempo como agora. 
Bem, o tempo acabou, senão me atraso para o compromisso, o que vai ser cômico, não foi o trânsito, foi a escrita e seu chamamento a responsável pelo meu atraso. 

Chuva de bênçãos para todos e todas que ousadamente escrevem, para aqueles que não escrevem nada, minhas bênçãos amorosas também.