quarta-feira, 29 de junho de 2016

E VAMOS PARAR DE RECLAMAR!


Boa proposta! Este assunto anda me acompanhando. Assisti a uma palestra da Anete Guimarães que nos propôs ficar 21 dias sem reclamar, trazendo pesquisas nesse assunto, bons textos aparecem nesses links que apresento, um explica essa proposta de 21 dias sem reclamar, até agora consegui ficar apenas dois dias e escorreguei reclamando de mim mesma, ora, ora... 
21 dias sem reclamar: 
http://versusdois.com/materias/?id=32
Ciência explica por que reclamar altera negativamente o cérebro:
Num outro dia em pesquisa para uma palestra, caiu-me as mãos algo que não era alvo de minha pesquisa, porém tenho ficado atenta as mensagens que aparecem assim "por acaso". Falava a diferença entre queixume e reclamação. Era um post do link: 
http://cebatuira.org.br/estudos_detalhes.asp?estudoid=764
O autor do texto explicava que segundo o dicionário Aurélio: Queixume vem de queixa, significa motivo de desprazer, de ressentimento, de mágoa, de ofensa, de dor. Manifestação exteriores desses sentimentos. E vem exemplificando: quando alguém comete um ato contra nós e que nos magoa, ao comentar o fato acrescentamos à narrativa uma carga de sentimentos negativos, geradores de prejuízos espirituais e físicos, atingindo-nos intensamente e com reflexos em quem nos ouve; quanto mais intensos são esses sentimentos mais danos causam.
Reclamar, queixar, criticar estão todos na mesma faixa de vibração, e na verdade, entendo, que fazem parte de não aceitar a realidade como ela é, faltando aceitação, fiz recentemente um post sobre este assunto:
Reclamar é pontuar faltas, manifestar explicitamente descontentamento. Dando um exemplo: vê-se que alguém desrespeita uma sinalização de trânsito, que poderia causar acidentes, sem que estejamos envolvidos diretamente no acontecimento, ao manifestarmos nossa indignação, estamos cometendo um ato de reclamar, que logo mais será esquecido, porém deixa no ar seu resíduo nodoso.
Qual a diferença disso para apenas comentar um fato? Somos latinos e isso nos confere uma intensidade...
Quando alguém faz algo contra nós e formos contar, fica difícil afastar a carga emocional. Vamos a um exemplo, um amigo te acusa de ter mentido e isso é uma inverdade. Como comentar sem queixumes? Dizendo: meu amigo se enganou sobre mim, acusou-me de ter mentido, eu falei a verdade, porém ele entendeu de outra forma. Essa frase madura pertence a poucos de nós.
No exemplo do trânsito,  poderíamos falar assim: o cidadão não viu o sinal. Simples assim, mas nos indignar e reclamar é estimulado e contagia. Quando um reclama causa um burburinho e em poucos segundos vários também estão a reclamar.
No livro, muito interessante. “Comunicação não violenta – técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais” de Marshall B, Rosenberg, temos valiosos exemplos de observar sem avaliar, vejamos alguns:
Exemplo de observação com avaliação associada
Exemplo de observação isenta de avaliação
João vive deixando as coisas para depois
João só estuda nas vésperas das provas
Se você não fizer refeições balanceadas sua saúde ficará prejudicada
Se você não fizer refeições balanceadas, temo que sua saúde seja prejudicada
Zequinha é péssimo jogador de futebol
Em vinte partidas Zequinha não marcou nenhum gol
Carlos é feio
A aparência de Carlos não me atrai
Ele aparece aqui com frequência
Ele aparece aqui pelo menos três vezes por semana
A questão é a isenção do ato avaliativo, aprendemos desde cedo a julgar, esquecendo dados de realidade que fatalmente alterariam este julgamento. Um exemplo claro é uma conversa entre amigas. Uma dizia: - Estou “dura” só tenho cinquenta reais na carteira. No que a outra prontamente responde: - Se eu tivesse cinquenta reais na carteira estaria rica. A quantidade de dinheiro (dado de realidade) era a mesma para ambas, porém cada uma entendia a sua maneira (dado de valorização). Aqui fica evidente mais uma vez a questão do poder da relatividade sobre os dados de realidade.
Agora, compreendendo a diferença entre: contar o fato, queixar e reclamar, trago as sábias palavras de Jesus, segundo Tiago: "não vos queixeis uns dos outros para que não sejais reprovados". Ainda segundo o dicionário reprovar significa “tornar a provar, provar de novo”, portanto, "não sejais reprovados" é não submeter-se a reviver o que nos magoou, pois cada vez que  revivemos a intensidade do sofrimento surge em nosso campo mental e nossa organização emocional se desequilibra, nosso organismo físico e psíquico sofre, lesa-se, podendo causar doenças difíceis de serem curadas, pois podem permanecer por longo período em nossa vida, impregnadas ao Espírito, maltratando o períspirito, sendo necessárias várias existências para a renovação. Para aqueles que creem em apenas uma existência o panorama é bem pior. 
Sabemos da dificuldade de superar mágoas e de perdoar, porque nossa infantilidade ainda é imensa, mas devemos, ao menos, minimizá-las, orando e meditando, analisando friamente as circunstâncias que nos levaram à mágoa, os sentimentos tristes envolvidos, a incompreensão, a ignorância, a arrogância, o mal-entendido, o orgulho, a inveja, a fofoca, entre outras.
Uma boa forma de evitar as reclamações é pensar nas nossas próprias ações que muitas vezes geram reações desastrosas. A dupla Emmanuel/Chico Xavier nos lembra: “Se um companheiro te ofendeu, não te confies a reações descabidas, refletindo nas ocasiões em que terás igualmente ferido os semelhantes". Pois é!
Tenho pensado muito nisso, nas minhas próprias ações. Já “mandei muito mal” ao longo da vida.
Como já confessei que só consegui dois dias sem reclamar, estou no esforço e devo dizer: não é fácil não! Mas vale experimentar, descobri que para mim funciona melhor quando me proponho ao silêncio, outra tarefa difícil para mim.
Cuidar da crítica é uma boa pedida, temos o buquê floral do Fernando Fratane sobre crítica: cajá, calêndula, cidreira, manga, maracujá e mulungu. Este é indicado para as pessoas que não aceitam as imperfeições alheias, mantendo uma postura intolerante diante de tudo o que possa divergir de sua visão de mundo. Floral adequado para quem é muito julgador. Difícil será assumir estas características e tomar o floral. Eu já percebi que sou muito crítica e autocrítica, então agora é só resignificar. Como assim, só ??????
Ilustro com maracujá, afinal figura na relação do buque floral indicado hoje,  flor e fruto em harmonia, cliquei num momento de tristeza, aquele pé de maracujá surgiu na minha frente fazendo com que um sorriso imenso aparecesse em meu rosto, gratidão!

Chuva de bênçãos para todos meus companheiros de jornada, conhecidos e ainda por conhecer, SEM RECLAMAR!

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