"A expectativa é o maior impedimento para viver: leva-nos para o amanhã e faz com que se perca o presente."
O sábio Sêneca afirma categórico que perder o presente é um grande impedimento para a vida vivida. Sobre EXPECTATIVA é nossa conversa de hoje, generoso ser que me lê, de preferência sem grandes expectativas...
Esta semana acordei e fui dar bom dia para minhas plantinhas, elas estavam felizes pois tinha chovido muito. Todas presenteadas com lindas gotículas transparentes, estava uma beleza de se ver.
De repente tomei um susto de surpresa boa: no meio das muitas amigas tinha uma despontando toda faceira. Era a bela dormideira. Fui rápido pegar o celular para registrar a visita inesperada.
"Dorme, dorme, Dormideira, pra acordar segunda-feira..." diz a cantoria infantil...
Ela surge espontaneamente: a linda "Mimosa pudica" com sua capacidade de promover o crescimento de células saudáveis, trazer coragem e confiança. Oba! seja muito bem-vinda! Ótimo floral, muito boa erva de se ter por perto. Fernando Fratane sempre diz que se nasceu ali perto de você, tem uma razão de ser... sinta... reflita... perceba...
Pois é... receber com contentamento e amorosidade o que vem é sempre uma forma de estar aberta para a prosperidade do Universo, que é pleno de generosidade e abundância...
Ah, gosto de reticências, elas abrem espaço para muito mais do que aquilo que foi dito...
Esse pequeno evento da Dormideira trouxe uma reflexão interessante para mim: a questão da expectativa.
Nesse assunto sou pós graduada reprovada como a maioria das pessoas que conheço. Das pequenas as grandes expectativas ainda não nos livramos.
A meteorologia indica frente fria, coloco a sombrinha e uma echarpe na bolsa, faz um calor imenso e eu com peso extra me sinto traída pela meteorologia: expectativa!
Aquela pessoa agiu mal e acreditávamos tanto nela, ficamos em crise de frustração: expectativa!
Se o ser amado não adivinha que queremos paparicos e pequenas gentilezas e nos deixa esperando uma ligação ou qualquer outra coisa, aí vem a decepção: expectativa!
Se uma amiga desmarca compromisso em cima da hora, ficamos zangados: expectativa!
É claro que ninguém gosta de levar "bolo" mas a questão é o peso que se dá. Não rolou? Fazer outra coisa e aproveitar, simples assim...
Estamos sempre esperando algo e muitas vezes com peso descomunal. Esse dia será ensolarado, esse relacionamento será especial, esse emprego será excelente, essa amiga vai me atender e entender plenamente... criamos expectativas excessivas e nos decepcionamos cotidianamente. Isso acaba por tirar a alegria de viver as boas coisas da vida.
Se o amor vem é o amor possível, se o emprego vem é o emprego possível, a amiga é aquela possível, sempre o que vem é o melhor para nós, se não nos der prazer, dará lições...
A questão não está no tempo, nos relacionamentos, ou no emprego, está em nós...
Liberar as expectativas e aceitar o que se manifesta é a chave da alegria e contentamento, tenho aprendido isso a duras penas, mas tenho aprendido...
A palavra EXPECTATIVA vem do Latim EXSPECTATIO: “espera, antecipação”.
Antecipar é prudente para os projetos, mas imprudente para o viver cotidiano.
Saborear um dia de cada vez, aceitando o que vem, se liberando das expectativas excessivas que frustram e trazem dor e sofrimento, esse é o aprendizado de hoje.
Chuva de bênçãos para a linda Dormideira que chegou sem nenhuma expectativa e já se foi... ficou só um dia... deu o seu recado e eu entendi muito bem...
Chuva de bênçãos para todos nós que estamos no processo de evolução e construção constante, desejosos de sermos seres humanos melhores... sem grandes expectativas de saltos impossíveis...
terça-feira, 21 de março de 2017
sexta-feira, 17 de março de 2017
SOBRE O SILÊNCIO...
"Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio - e eis que a verdade se me revela." Mais uma pérola de Einstein. A turbulência mental e a profusão das palavras tiram de nós a possibilidade de grandes descobertas íntimas. O excesso de estímulos nos impede de ver nossa essência espiritual. A vida material é linda e se completa com o despertar do imenso universo interior que está dentro de nós. O sol é bom, mas a lua traz uma leveza...
Quando nós excedemos no torvelinho das inúmeras ofertas tentadoras de movimento externo, perdemos possibilidades preciosas de silenciar e olhar para dentro, podendo ter insights maravilhosos.
Sempre fui tagarela, desde pequena tive resposta pronta para tudo. Sempre muito argumentativa e questionadora, deixava meus pais de saia justa por vezes. Isso me perseguiu como característica ao longo do tempo. Ainda está em mim essa porção verborrágica. Se ficar tensa ou me sentir de alguma forma pressionada ou ameaçada, aí desembesto a falar absurdamente, mal dá para respirar, mas... a maturidade... ah maturidade... Tenho percebido a potência da Lei do silêncio.
Precisei de mais de meio século para aprender a valorizar os momentos de ficar calada.
"A palavra é prata, o silêncio é ouro." Dizem ser um Provérbio Árabe, hoje estou aderindo! Quero sentir cada vez mais essa energia poderosa do silêncio.
Como o assunto permite e eu já gosto, abuso das frases de efeito e ditos populares. Tem uma dessas frases que sempre me faz rir, atribuída ao escritor Maurice Switzer: "É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é um idiota do que falar e acabar com a dúvida."
A palavra sempre pode ser usada a nosso favor ou contra nós. O mal uso da palavra já causou inúmeros males. Sei bem disso, já fui mal interpretada, e também muito bem interpretada e deu confusão. Algumas vezes até difícil de consertar. Mas... acertamos o que podemos e o restante... entregamos a sabedoria do Universo que sempre dá o ajuste final. Afinal o tempo é silencioso...
Estou iniciando na prática da Lei do silêncio, aluna repetente que vai fazer a lição mil vezes, porém do meu desejo sincero, nasce um botão pequenino, um pequeno embrião, mas está aqui e sua existência revela o que virá: alguém que sabe silenciar. Por agora é forçado, não é natural a palavra ainda fica presa na garganta. Mas conto com a sabedoria do tempo para ser meu aliado.
Pego emprestado esse "PEQUENO ESCLARECIMENTO" do lindo Mario Quintana que me envolveu na calidez e na delícia de ler algo bom e doce: "Os poetas não são azuis nem nada, como pensam alguns supersticiosos, nem sujeitos a ataques súbitos de levitação. O de que eles mais gostam é estar em silêncio - um silêncio que subjaz a quaisquer escapes motorísticos e declamatórios. Um silêncio... Este impoluível silêncio em que escrevo e em que tu me lês."
Chuva torrencial de bênçãos a humanidade inteira que mais fala do que cala, mas que se constrói evoluindo, errando e acertando. Agora, silêncio...
Quando nós excedemos no torvelinho das inúmeras ofertas tentadoras de movimento externo, perdemos possibilidades preciosas de silenciar e olhar para dentro, podendo ter insights maravilhosos.
Sempre fui tagarela, desde pequena tive resposta pronta para tudo. Sempre muito argumentativa e questionadora, deixava meus pais de saia justa por vezes. Isso me perseguiu como característica ao longo do tempo. Ainda está em mim essa porção verborrágica. Se ficar tensa ou me sentir de alguma forma pressionada ou ameaçada, aí desembesto a falar absurdamente, mal dá para respirar, mas... a maturidade... ah maturidade... Tenho percebido a potência da Lei do silêncio.
Precisei de mais de meio século para aprender a valorizar os momentos de ficar calada.
"A palavra é prata, o silêncio é ouro." Dizem ser um Provérbio Árabe, hoje estou aderindo! Quero sentir cada vez mais essa energia poderosa do silêncio.
Como o assunto permite e eu já gosto, abuso das frases de efeito e ditos populares. Tem uma dessas frases que sempre me faz rir, atribuída ao escritor Maurice Switzer: "É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é um idiota do que falar e acabar com a dúvida."
A palavra sempre pode ser usada a nosso favor ou contra nós. O mal uso da palavra já causou inúmeros males. Sei bem disso, já fui mal interpretada, e também muito bem interpretada e deu confusão. Algumas vezes até difícil de consertar. Mas... acertamos o que podemos e o restante... entregamos a sabedoria do Universo que sempre dá o ajuste final. Afinal o tempo é silencioso...
Estou iniciando na prática da Lei do silêncio, aluna repetente que vai fazer a lição mil vezes, porém do meu desejo sincero, nasce um botão pequenino, um pequeno embrião, mas está aqui e sua existência revela o que virá: alguém que sabe silenciar. Por agora é forçado, não é natural a palavra ainda fica presa na garganta. Mas conto com a sabedoria do tempo para ser meu aliado.
Pego emprestado esse "PEQUENO ESCLARECIMENTO" do lindo Mario Quintana que me envolveu na calidez e na delícia de ler algo bom e doce: "Os poetas não são azuis nem nada, como pensam alguns supersticiosos, nem sujeitos a ataques súbitos de levitação. O de que eles mais gostam é estar em silêncio - um silêncio que subjaz a quaisquer escapes motorísticos e declamatórios. Um silêncio... Este impoluível silêncio em que escrevo e em que tu me lês."
Chuva torrencial de bênçãos a humanidade inteira que mais fala do que cala, mas que se constrói evoluindo, errando e acertando. Agora, silêncio...
quinta-feira, 9 de março de 2017
Gratidão é uma boa pedida...
Entrego, Confio, Aceito e Agradeço!
Ontem zapeando na TV, meio jogada no sofá, ouvindo a chuva que caia torrencialmente, ouvi um diálogo num filme não sei qual, com os atores não sei quem, eu queria só descansar em frente a TV. Mas o texto dito ficou, personagem zangado com uma ingratidão, planejava vingança. Mudei o canal, "texto batido" pensei... mas a gratidão/ ingratidão, tema que me encanta, veio para reflexão.
Gratidão não se cobra, nem se espera, penso eu, vem de quem já pode ofertar. Quando fazemos algo esperando gratidão já começamos mal. Oferecer algo para quem quer que seja, só é bom de verdade, quando alegra o coração de quem dá. Aí quem deu fica tão bem que não deseja retribuição. Se vier, aí vale agradecer, mas se não vier... tudo bem, não tira a alegria da doação.
Também existe a dificuldade em receber, talvez seja por não se sentir com mérito para receber, pode ser que seja por orgulho, vaidade ou medo. Receber te liga a quem dá. A palavra "obrigado" como forma de agradecimento tem sua origem no latim "obligatus", particípio do verbo obligare, ligar, amarrar. É uma forma abreviada da expressão "fico-lhe obrigado", ou seja, "fico-lhe ligado pelo favor que me fez", vi no Google conferindo uma informação recebida, receber algo te liga num nível sutil a quem doou. Receber também é uma habilidade a se aprender. Para mim receber é mais difícil que dar. Exige real humildade...Estou exercitando!
Aqueles mais amadurecidos fazem o bem pela alegria e prazer que esse "dar" oferece.
Muitos, ainda imaturos, usam a doação como ferramenta de manipulação, aí vem cobrança. Como te dou e você não me dá????
Claro que a Lei da abundância se potencializa com a dinâmica "dar e receber", porém alguns ainda não sabem dar, e se dão, cobram. E cobrança enfraquece enormemente as relações em todos os níveis.
Ser grato pode parecer simples mas não é, muitas vezes, o imaturo recebedor encara como obrigação o que é gentileza. E nem consegue agradecer.
Agradecer pode ser difícil. Simone, minha amiga, diz que não é difícil, é trabalhoso. E nós fugimos um pouco daquilo que nos dá trabalho por dentro. São as resistências as mudanças, normal...
Tanto é trabalhosa esse habilidade da gratidão que Jesus, Grande Professor , se debruça e nos oferece lições sobre o tema na "Cura dos Dez Leprosos" presente no livro de Lucas, intelectual que muito admiro, no capítulo 17 versículos 11 a 19, ali nos mostra a dificuldade dessa gratidão. Tomemos aqui a passagem bíblica:
"O caminho do vale do rio Jordão era o mais seguro e usual entre os judeus, para se fazer tal percurso. A caminho de Jerusalém, Jesus passou pela divisa entre Samaria e Galiléia.
Ao entrar num povoado, dez leprosos dirigiram-se a ele. Ficaram a certa distância e gritaram em alta voz: - Jesus, Mestre, tem piedade de nós! Ao vê-los, ele disse: - Vão mostrar-se aos sacerdotes. Enquanto eles iam, foram purificados. Um deles, quando viu que estava curado, voltou, louvando a Deus em alta voz. Prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradeceu. Este era samaritano. Jesus perguntou: - Não foram purificados todos os dez? Onde estão os outros nove? Não se achou nenhum que voltasse e desse louvor a Deus, a não ser este estrangeiro? Então ele lhe disse: - Levante-se e vá; a sua fé o salvou."
Pois é, tendo recebido o benefício, rapidamente se esqueceram de quem havia propiciado tal façanha. 10 foram curados, 1 voltou. Se fosse simples voltariam os 10 em revoada. Mas não... Gratidão é sinal de disponibilidade emocional, é sinal de reconhecimento e devoção. Temos dificuldade em agradecer pois temos dificuldade em nos curvar. Ainda somos orgulhosos e imaturos. Ok...ok ...Ainda estamos em construção!
Sugiro a leitura do post que enfatiza a fala do professor Hermógenes do início deste meu post: "Entrego, Confio, Aceito e Agradeço."
Regina Tavares escreve, ela tem uma meditação no YouTube chamada "abundância divina" que eu faço com frequência. Neste post comenta cada uma destas palavras e fecha, claro com a gratidão.
http://hooponoponomentelivre.blogspot.com.br/2014/06/entrego-confio-aceito-agradeco.html?m=1
O mais interessante é que quando valorizamos algo e vibramos nesta direção trazemos o que vibramos e valorizamos. Agradecendo mais motivos teremos para agradecer.
Quem exerce constantemente a gratidão acaba tendo motivos para agradecer mais e mais. A abundância vem, pois a sintonia está no Bem.
Lembrei agora de um dito popular: "Quem procura, sempre acha, se não um prego, uma tacha." Então se ficarmos nos queixumes e reclamações vão aparecer mais motivos para reclamar. É uma questão de sintonia vibracional.
Vibrar no Bem atrai o Bem, vibrar no mal atrai- se o mal. A Programação Neuro Linguística - PNL já fala sobre isso é dá dicas incríveis. Mudemos os pensamentos, as palavras, as ações e tudo vai mudar na vida. Já testei e vi funcionar. Escrevo para que eu mesma use esse expediente no cotidiano da minha vida para atrair prosperidade, abundância e paz. Afinal só vamos para onde nos levam nossos próprios passos...
Chuva de bênçãos em gratidão ao Pai Maior que nos deu a vida para ser abundantemente vivida. Gratidão! Gratidão imensa!
Ontem zapeando na TV, meio jogada no sofá, ouvindo a chuva que caia torrencialmente, ouvi um diálogo num filme não sei qual, com os atores não sei quem, eu queria só descansar em frente a TV. Mas o texto dito ficou, personagem zangado com uma ingratidão, planejava vingança. Mudei o canal, "texto batido" pensei... mas a gratidão/ ingratidão, tema que me encanta, veio para reflexão.
Gratidão não se cobra, nem se espera, penso eu, vem de quem já pode ofertar. Quando fazemos algo esperando gratidão já começamos mal. Oferecer algo para quem quer que seja, só é bom de verdade, quando alegra o coração de quem dá. Aí quem deu fica tão bem que não deseja retribuição. Se vier, aí vale agradecer, mas se não vier... tudo bem, não tira a alegria da doação.
Também existe a dificuldade em receber, talvez seja por não se sentir com mérito para receber, pode ser que seja por orgulho, vaidade ou medo. Receber te liga a quem dá. A palavra "obrigado" como forma de agradecimento tem sua origem no latim "obligatus", particípio do verbo obligare, ligar, amarrar. É uma forma abreviada da expressão "fico-lhe obrigado", ou seja, "fico-lhe ligado pelo favor que me fez", vi no Google conferindo uma informação recebida, receber algo te liga num nível sutil a quem doou. Receber também é uma habilidade a se aprender. Para mim receber é mais difícil que dar. Exige real humildade...Estou exercitando!
Aqueles mais amadurecidos fazem o bem pela alegria e prazer que esse "dar" oferece.
Muitos, ainda imaturos, usam a doação como ferramenta de manipulação, aí vem cobrança. Como te dou e você não me dá????
Claro que a Lei da abundância se potencializa com a dinâmica "dar e receber", porém alguns ainda não sabem dar, e se dão, cobram. E cobrança enfraquece enormemente as relações em todos os níveis.
Ser grato pode parecer simples mas não é, muitas vezes, o imaturo recebedor encara como obrigação o que é gentileza. E nem consegue agradecer.
Agradecer pode ser difícil. Simone, minha amiga, diz que não é difícil, é trabalhoso. E nós fugimos um pouco daquilo que nos dá trabalho por dentro. São as resistências as mudanças, normal...
Tanto é trabalhosa esse habilidade da gratidão que Jesus, Grande Professor , se debruça e nos oferece lições sobre o tema na "Cura dos Dez Leprosos" presente no livro de Lucas, intelectual que muito admiro, no capítulo 17 versículos 11 a 19, ali nos mostra a dificuldade dessa gratidão. Tomemos aqui a passagem bíblica:
"O caminho do vale do rio Jordão era o mais seguro e usual entre os judeus, para se fazer tal percurso. A caminho de Jerusalém, Jesus passou pela divisa entre Samaria e Galiléia.
Ao entrar num povoado, dez leprosos dirigiram-se a ele. Ficaram a certa distância e gritaram em alta voz: - Jesus, Mestre, tem piedade de nós! Ao vê-los, ele disse: - Vão mostrar-se aos sacerdotes. Enquanto eles iam, foram purificados. Um deles, quando viu que estava curado, voltou, louvando a Deus em alta voz. Prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradeceu. Este era samaritano. Jesus perguntou: - Não foram purificados todos os dez? Onde estão os outros nove? Não se achou nenhum que voltasse e desse louvor a Deus, a não ser este estrangeiro? Então ele lhe disse: - Levante-se e vá; a sua fé o salvou."
Pois é, tendo recebido o benefício, rapidamente se esqueceram de quem havia propiciado tal façanha. 10 foram curados, 1 voltou. Se fosse simples voltariam os 10 em revoada. Mas não... Gratidão é sinal de disponibilidade emocional, é sinal de reconhecimento e devoção. Temos dificuldade em agradecer pois temos dificuldade em nos curvar. Ainda somos orgulhosos e imaturos. Ok...ok ...Ainda estamos em construção!
Sugiro a leitura do post que enfatiza a fala do professor Hermógenes do início deste meu post: "Entrego, Confio, Aceito e Agradeço."
Regina Tavares escreve, ela tem uma meditação no YouTube chamada "abundância divina" que eu faço com frequência. Neste post comenta cada uma destas palavras e fecha, claro com a gratidão.
http://hooponoponomentelivre.blogspot.com.br/2014/06/entrego-confio-aceito-agradeco.html?m=1
O mais interessante é que quando valorizamos algo e vibramos nesta direção trazemos o que vibramos e valorizamos. Agradecendo mais motivos teremos para agradecer.
Quem exerce constantemente a gratidão acaba tendo motivos para agradecer mais e mais. A abundância vem, pois a sintonia está no Bem.
Lembrei agora de um dito popular: "Quem procura, sempre acha, se não um prego, uma tacha." Então se ficarmos nos queixumes e reclamações vão aparecer mais motivos para reclamar. É uma questão de sintonia vibracional.
Vibrar no Bem atrai o Bem, vibrar no mal atrai- se o mal. A Programação Neuro Linguística - PNL já fala sobre isso é dá dicas incríveis. Mudemos os pensamentos, as palavras, as ações e tudo vai mudar na vida. Já testei e vi funcionar. Escrevo para que eu mesma use esse expediente no cotidiano da minha vida para atrair prosperidade, abundância e paz. Afinal só vamos para onde nos levam nossos próprios passos...
Chuva de bênçãos em gratidão ao Pai Maior que nos deu a vida para ser abundantemente vivida. Gratidão! Gratidão imensa!
domingo, 5 de março de 2017
"Viver é melhor que sonhar..."

Estação das barcas, entro, são 12h02. Descubro que a barca acabou de sair. Domingo pós Carnaval: "mas já acabou o Carnaval." Penso enganada, o bloco no Centro do Rio diz exatamente o contrário. O Carnaval ainda aqui está.
A próxima barca 13h. Ok ok, vamos relaxar, falar no Whatsapp, curtir no Facebook e escrever. No face uma música me traz inspiração, ou pelo menos estimula meu desejo por escrever. "Viver é melhor que sonhar.." lembro da inquieta Elis interpretando de um jeito "tudo de bom". Cantarolo e penso: "Fiz isso neste Carnaval...Vivi...". Sou muito grata pelas belas companhias que tive o privilégio de conviver. E estou de bem comigo, vivendo e deixando as atividades oníricas para o repouso noturno do sono.
Vivi uma boa realidade, a realidade possível de ser vivida e estou feliz por ter aproveitado essa semana indo daqui para ali. Abri o coração, estou viva e gosto dessa vida vivida.
Agora indo para Niterói, minha terrinha eleita e querida, sinto uma brisa de alegria. O tumulto dos carnavalescos que resistem a ideia de abandonar a folia, conduzem meu olhar amorosamente para quem está vivendo e não sonhando. Claro que do alto da minha madureza, vejo muito de sonho nesta alegria regada a cerveja. Mas observo sem julgamento, cada um sendo o melhor que pode ser. "Uma vez Flamengo sempre Flamengo" canto mentalmente acompanhando o coro, sorrio pois sou botafoguense, mas tudo certo, o clamor coletivo contagia. Fogooooo, penso depois de acompanhar o hino do time transformado em marcha carnavalesca. Uma jovem com chapéu de jacaré sacode o corpo enquanto tecla com a velocidade dos jovens as teclas do celular. Eu que também teclo, vejo com bons olhos essa dupla desconhecida de movimentos similares. Nós duas de olhos grudados no celular contagiadas pelo clima carnavalesco da barca, sacudindo o corpo. "Se essa barca não virar... Olê olê olê olá...Eu chego lá ..." cantam, mudando a música num pou-pourri desconexo e engraçado. Que a barca chegue, penso muito literal...
Agora neste domingo indo para o asilo, visitar meus irmãos que lá estão, levo contentamento, vibrações do bem vivido e festejado. Existe tempo para tudo, tempo para passear, festejar e apoiar quem não pode mesmo viver diferente. Os nossos velhinhos hoje me verão mais bronzeada, mais cintilante.. bom para eles e para mim...
Sinto-me bem comigo, com essa barca tumultuada e com a possibilidade de emanar vibrações de harmonia e contentamento .
Chuva de bênçãos para quem prefere viver que sonhar e sejam abençoados também aqueles que preferem o sonho. Que toda a humanidade receba bênçãos amorosas. Hoje estou muito assim.. que bom!!!!!!
terça-feira, 7 de fevereiro de 2017
Sobre as fases do Luto
Com Buda aprendemos: "Em nossas vidas, a mudança é inevitável. A perda é inevitável. A felicidade reside na nossa adaptabilidade."
E Buda tinha muita razão. Perda traz Luto e Luto é um processo. Engana-se quem pensa que é só sobre perdas graves como a morte. Luto é momento pós perda, qualquer perda, algo que deixa um vazio. Um relacionamento findo, uma demissão, uma mudança geográfica, qualquer situação em que uma perda de qualquer natureza te exija reestruturação de vida.
Aí vem um incômodo que tem níveis de gradação, podem ser de leves até tão profundos que levam a dores físicas, dor no peito que parece um infarto, boca seca que nem toda água do mundo sacia, e por aí vai. Mas é um processo necessário e a consciência do que consiste auxilia essa passagem. Combinei de explicar esse processo.
LUTO tem fases, fui mais a fundo pesquisar e vi que a psiquiatra suíça Elisabeth Kubler-Ross foi quem identificou essas fases, pesquisou a reação psíquica em pacientes que estavam em estado terminal. Ela também apresenta questões interessantes sobre EQM - experiências de quase morte - mas sobre esse assunto podemos conversar em outro momento. Hoje é sobre LUTO.
Ela explica em sua obra que esse processo é individual, porém normalmente se passa por 5 fases, vou comentar, do meu jeito, cada uma delas.
Vale lembrar que essas fases variam em intensidade de acordo com a construção psíquica de cada um, não se dão de forma linear, muitas vezes se misturam e só se vence uma fase quando percebemos que a outra se instalou de vez, em algumas situações pode-se nem perceber nada, pode haver uma lacuna, como se o tempo tivesse parado.
Outra questão a considerar é o tipo da perda, mais traumáticas, mais tempo nesse processo. Então vamos lá:
A primeira fase: A negação.
Essa é a constatação do fato em si, quase não dá para acreditar. Está acontecendo comigo? Perguntamos estarrecidos. Vivi isso claramente quando meu irmão partiu para a pátria espiritual, em um acidente automobilístico. "Claro que não, ele estava aqui brincando conosco, de camisa branca, não tem nem duas horas" disse eu. Negação clara. Não podia ser verdade. Meu irmão nem pensar. Não acreditei, neguei, pronto. Só acreditei no hospital, era verdade. Já vi negação de dias, pode durar mais tempo, peculiaridades individuais.
Segunda fase: A raiva.
Esse momento é muito complicado. Surge depois da negação. Palavras ao invés de consolar podem até gerar raiva. O bom senso diz que calar e ficar no apoio funciona mais que falar com quem sofre. Falemos quando a palavra nos for solicitada. É um grande exercício esse aprendizado.
Muito comum nos perguntarmos: porque comigo? Não percebi essa fase com o meu irmão, mas com o final de um relacionamento amoroso lembro bem como fiquei raivosa. "Total culpa do outro", foi assim, quase infantil. Claro que em questões de relacionamento amoroso não cabe culpar ninguém. Sou raivosa por vezes, uso floral para equilibrar essa tendência além do óleo essencial de limão. A raiva é uma emoção intensa e em muitos momentos pode impulsionar e desencadear processos decisórios interessantes. Mas a raiva consome muita energia, é um estado nesse processo de luto que pode promover atitudes turbulentas seguidas de exaustão.
Terceira fase: A negociação.
nessa fase acontece algo interessante, para a maioria das pessoas, Deus surge no cenário. Na negação e na raiva não há espaço para o divino. Neste "meio do caminho" , pensa-se: houve a perda, faço o que com isso? Promessas podem surgir aí para reversão do quadro. Não é uma conexão plena com o divino, é momento dolorido de barganha.
Quarta fase: A depressão.
A dor já é uma constatação inequívoca. Não dá mais para escapar. Neste momento em particular existem várias formas de encarar. No ponto extremo a pessoa "emburaca" na dor e a depressão fixa-se no corpo, havendo por vezes a necessidade de intervenção medicamentosa. No oposto existe a tristeza, percepção dessa tristeza profunda e os mecanismos de auto defesa surgem para auxiliar. Lembro bem de uma perda muito sofrida, eu percebi que estava nesta fase quando vi que usei o mesmo par de sapatos por mais de uma semana. Tristeza profunda, abandono do prazer de cuidar de si. A terapia floral foi decisiva em minha reorganização. Mas cada um reaje de uma forma e essa fase tem inúmeros matizes.
Tristeza e Depressão.
Uma vez prometi a uma leitora falar sobre essa distinção. Pago agora o prometido. Nesta fase temos a presença dessas companheiras. Tristeza é saudável e nos traz interiorização, o que é bom. Esses momentos são bons para autodescobrimento.
Se você perde seu celular e está duro para comprar um novo, bate tristeza. Ok ok, vamos nos virar, compramos no cartão em "trocentas" vezes, pedimos emprestado a um amigo, vamos nos articular para a ação que nos tire da tristeza. Se perdemos o emprego e disso depende nosso sustento material e nosso equilíbrio emocional, ficamos muito tristes, gradação de tristeza maior que a perda do celular. Mas acionamos os mecanismos de defesa e entramos em contato com outros possíveis empregos, arrumamos o currículo e vamos em busca de uma nova colocação profissional. Quando saí da faculdade que trabalhei 31 anos me senti muito triste. Me peguei vários dias no caminho desse local tão familiar. Até que investir mais na minha atuação de terapeuta e consultora em qualidade de vida me tirou desse estado entristecido. Então, tristeza desencadeia uma força íntima de reversão do quadro tristonho. O ser divino que habita em nós busca o equilíbrio, busca a aceitação, busca a harmonia.
Quando o entristecimento perdura, pode ir se agravando pouco a pouco e aí sim surge a depressão. Muitos se habituam com a angústia. Por vezes só se percebe com o passar do tempo. Portanto, quando essa tristeza vai se tornando crônica e constante, por vezes impedindo a ação, vemos o processo depressivo se instalar. Quando se chega neste estado, aí sim uma intervenção precisa acontecer sob pena de paralização da vida útil da pessoa acometida por esse sorrateiro "vilão ". Na depressão não existe prazer em viver, existe um vazio imenso que nada pode preencher.
Ufa! A quinta, desejada e última fase: A aceitação.
As pesquisas indicaram que na quarta se fica mais tempo do que nas anteriores. Faz sentido.
O grande ganho da aceitação é a serenidade e a tranquilidade que surgem para levar o enlutado de volta a vida normal. Espaço vazio preenchido do que é possível.
A perda de um ente querido sempre vai ser sentida, porém agora com uma saudade que bate a porta de tempos em tempos, essa saudade não dói mais tão profunda, fica o sentimento do vivido, as boas lembranças. Aceitação é a compreensão da finitude. Disponibilidade emocional que abre espaço para um novo relacionamento amoroso. Uma nova recolocação profissional que se aproveita da experiência anterior. Tudo entrando nos eixos com a cabeça aberta para que o fluxo de abundância do Universo nos cubra com momentos de bonança.
Pois é, momentos de tempestade, guarda-chuva de compreensão. Não podemos impedir que as coisas nos aconteçam, mas podemos nos alicerçar de forças para que possamos sair o mais ilesos possível das voltas que a vida dá.
Recomeços são importantes e necessários para crescimento íntimo e aumento da maturidade.
Como terapeuta e apreciadora do uso dos florais sugiro que essa terapêutica seja usada para amenizar as questões e apoiar essa fase tão difícil.
Elaborei um buquê floral que denominei "SOS Harmonização Interior", neste coloco 5 flores: Rosa Branca de Jardim, Girassol, Arnica, Alfazema ou lavanda, Abóbora, Mulungu e Erva de São João. A descrição, para quem se interessar está abaixo. Se desejar é só se manifestar. A metodologia utilizada neste Floral tem como base os princípios de Fernando Fratane e Clarice Lopes, meus mestres nesta viagem maravilhosa das flores como manifestação do divino.
Uso brotos de girassol que plantei como ilustração deste post.
Chuva de bênçãos para todos que viveram ou vivem esses momentos de perda. Que possam exercitar a força que está dentro de nós para rumar em direção a paz.
FLORAL
SOS Harmonização Interior
1.Rosa Branca de Jardim
Traz leveza, suavidade, harmonia e equilíbrio. Branco é a cor da paz em toda sua plenitude.
2.Girassol
Para fazer brilhar nossa luz com equilibrio sem exagero nem demérito. Somos potência e buscamos a luz para nos guiar. O amarelo traz força para o plexo solar favorecendo assim os relacionamentos
3.Arnica
Floral reestruturante, cuida das dores da alma, revitaliza e alinha nossas potências de poder e vontade. Também reforça o plexo solar com seu amarelo resplandecente.
4.Alfazema ou lavanda
Floral que alcança o campo espiritual ampliando a força interior. Favorece a limpeza profunda trazendo leveza. A cor violeta propicia transmutação, harmonizando todos os chacras, elevando a energia a níveis mais sutis. Floral que traz muita Luz.
5.Abóbora
Floral que esparge vitalidade e prosperidade. Atua na transformação de padrões de escassez em vibrações de abundância em qualquer área da vida, finanças, amor, saúde, vocação e espiritualidade, trazendo realização plena.
6.Mulungu
Floral que abre espaço para o autocontrole, autodomínio e equilíbrio. Tranquiliza e acalma. Ameniza sentimentos turbulentos. Traz tranquilidade e lucidez. Usado para obter foco nas atividades intelectuais estimulando a concentração. A cor vermelha vai aproximar da sensibilidade criativa em todos os aspectos da vida material, fazendo a conexão com o telúrico e o cósmico que habita em nós. Essa cor estimula o chakra básico trazendo enraizamento, sensoriedade, estar no "aqui e agora".
7.Erva de São João
Afasta os medos inconscientes e sonhos inquietantes. Oferece confiança para saber que tudo esta bem e que estamos protegidos pela Luz Maior. Antidepressivo natural, traz alegria e contentamento, promovendo a cura da alma que sofre.
E Buda tinha muita razão. Perda traz Luto e Luto é um processo. Engana-se quem pensa que é só sobre perdas graves como a morte. Luto é momento pós perda, qualquer perda, algo que deixa um vazio. Um relacionamento findo, uma demissão, uma mudança geográfica, qualquer situação em que uma perda de qualquer natureza te exija reestruturação de vida.
Aí vem um incômodo que tem níveis de gradação, podem ser de leves até tão profundos que levam a dores físicas, dor no peito que parece um infarto, boca seca que nem toda água do mundo sacia, e por aí vai. Mas é um processo necessário e a consciência do que consiste auxilia essa passagem. Combinei de explicar esse processo.
LUTO tem fases, fui mais a fundo pesquisar e vi que a psiquiatra suíça Elisabeth Kubler-Ross foi quem identificou essas fases, pesquisou a reação psíquica em pacientes que estavam em estado terminal. Ela também apresenta questões interessantes sobre EQM - experiências de quase morte - mas sobre esse assunto podemos conversar em outro momento. Hoje é sobre LUTO.
Ela explica em sua obra que esse processo é individual, porém normalmente se passa por 5 fases, vou comentar, do meu jeito, cada uma delas.
Vale lembrar que essas fases variam em intensidade de acordo com a construção psíquica de cada um, não se dão de forma linear, muitas vezes se misturam e só se vence uma fase quando percebemos que a outra se instalou de vez, em algumas situações pode-se nem perceber nada, pode haver uma lacuna, como se o tempo tivesse parado.
Outra questão a considerar é o tipo da perda, mais traumáticas, mais tempo nesse processo. Então vamos lá:
A primeira fase: A negação.
Essa é a constatação do fato em si, quase não dá para acreditar. Está acontecendo comigo? Perguntamos estarrecidos. Vivi isso claramente quando meu irmão partiu para a pátria espiritual, em um acidente automobilístico. "Claro que não, ele estava aqui brincando conosco, de camisa branca, não tem nem duas horas" disse eu. Negação clara. Não podia ser verdade. Meu irmão nem pensar. Não acreditei, neguei, pronto. Só acreditei no hospital, era verdade. Já vi negação de dias, pode durar mais tempo, peculiaridades individuais.
Segunda fase: A raiva.
Esse momento é muito complicado. Surge depois da negação. Palavras ao invés de consolar podem até gerar raiva. O bom senso diz que calar e ficar no apoio funciona mais que falar com quem sofre. Falemos quando a palavra nos for solicitada. É um grande exercício esse aprendizado.
Muito comum nos perguntarmos: porque comigo? Não percebi essa fase com o meu irmão, mas com o final de um relacionamento amoroso lembro bem como fiquei raivosa. "Total culpa do outro", foi assim, quase infantil. Claro que em questões de relacionamento amoroso não cabe culpar ninguém. Sou raivosa por vezes, uso floral para equilibrar essa tendência além do óleo essencial de limão. A raiva é uma emoção intensa e em muitos momentos pode impulsionar e desencadear processos decisórios interessantes. Mas a raiva consome muita energia, é um estado nesse processo de luto que pode promover atitudes turbulentas seguidas de exaustão.
Terceira fase: A negociação.
nessa fase acontece algo interessante, para a maioria das pessoas, Deus surge no cenário. Na negação e na raiva não há espaço para o divino. Neste "meio do caminho" , pensa-se: houve a perda, faço o que com isso? Promessas podem surgir aí para reversão do quadro. Não é uma conexão plena com o divino, é momento dolorido de barganha.
Quarta fase: A depressão.
A dor já é uma constatação inequívoca. Não dá mais para escapar. Neste momento em particular existem várias formas de encarar. No ponto extremo a pessoa "emburaca" na dor e a depressão fixa-se no corpo, havendo por vezes a necessidade de intervenção medicamentosa. No oposto existe a tristeza, percepção dessa tristeza profunda e os mecanismos de auto defesa surgem para auxiliar. Lembro bem de uma perda muito sofrida, eu percebi que estava nesta fase quando vi que usei o mesmo par de sapatos por mais de uma semana. Tristeza profunda, abandono do prazer de cuidar de si. A terapia floral foi decisiva em minha reorganização. Mas cada um reaje de uma forma e essa fase tem inúmeros matizes.
Tristeza e Depressão.
Uma vez prometi a uma leitora falar sobre essa distinção. Pago agora o prometido. Nesta fase temos a presença dessas companheiras. Tristeza é saudável e nos traz interiorização, o que é bom. Esses momentos são bons para autodescobrimento.
Se você perde seu celular e está duro para comprar um novo, bate tristeza. Ok ok, vamos nos virar, compramos no cartão em "trocentas" vezes, pedimos emprestado a um amigo, vamos nos articular para a ação que nos tire da tristeza. Se perdemos o emprego e disso depende nosso sustento material e nosso equilíbrio emocional, ficamos muito tristes, gradação de tristeza maior que a perda do celular. Mas acionamos os mecanismos de defesa e entramos em contato com outros possíveis empregos, arrumamos o currículo e vamos em busca de uma nova colocação profissional. Quando saí da faculdade que trabalhei 31 anos me senti muito triste. Me peguei vários dias no caminho desse local tão familiar. Até que investir mais na minha atuação de terapeuta e consultora em qualidade de vida me tirou desse estado entristecido. Então, tristeza desencadeia uma força íntima de reversão do quadro tristonho. O ser divino que habita em nós busca o equilíbrio, busca a aceitação, busca a harmonia.
Quando o entristecimento perdura, pode ir se agravando pouco a pouco e aí sim surge a depressão. Muitos se habituam com a angústia. Por vezes só se percebe com o passar do tempo. Portanto, quando essa tristeza vai se tornando crônica e constante, por vezes impedindo a ação, vemos o processo depressivo se instalar. Quando se chega neste estado, aí sim uma intervenção precisa acontecer sob pena de paralização da vida útil da pessoa acometida por esse sorrateiro "vilão ". Na depressão não existe prazer em viver, existe um vazio imenso que nada pode preencher.
Ufa! A quinta, desejada e última fase: A aceitação.
As pesquisas indicaram que na quarta se fica mais tempo do que nas anteriores. Faz sentido.
O grande ganho da aceitação é a serenidade e a tranquilidade que surgem para levar o enlutado de volta a vida normal. Espaço vazio preenchido do que é possível.
A perda de um ente querido sempre vai ser sentida, porém agora com uma saudade que bate a porta de tempos em tempos, essa saudade não dói mais tão profunda, fica o sentimento do vivido, as boas lembranças. Aceitação é a compreensão da finitude. Disponibilidade emocional que abre espaço para um novo relacionamento amoroso. Uma nova recolocação profissional que se aproveita da experiência anterior. Tudo entrando nos eixos com a cabeça aberta para que o fluxo de abundância do Universo nos cubra com momentos de bonança.
Pois é, momentos de tempestade, guarda-chuva de compreensão. Não podemos impedir que as coisas nos aconteçam, mas podemos nos alicerçar de forças para que possamos sair o mais ilesos possível das voltas que a vida dá.
Recomeços são importantes e necessários para crescimento íntimo e aumento da maturidade.
Como terapeuta e apreciadora do uso dos florais sugiro que essa terapêutica seja usada para amenizar as questões e apoiar essa fase tão difícil.
Elaborei um buquê floral que denominei "SOS Harmonização Interior", neste coloco 5 flores: Rosa Branca de Jardim, Girassol, Arnica, Alfazema ou lavanda, Abóbora, Mulungu e Erva de São João. A descrição, para quem se interessar está abaixo. Se desejar é só se manifestar. A metodologia utilizada neste Floral tem como base os princípios de Fernando Fratane e Clarice Lopes, meus mestres nesta viagem maravilhosa das flores como manifestação do divino.
Uso brotos de girassol que plantei como ilustração deste post.
Chuva de bênçãos para todos que viveram ou vivem esses momentos de perda. Que possam exercitar a força que está dentro de nós para rumar em direção a paz.
FLORAL
SOS Harmonização Interior
1.Rosa Branca de Jardim
Traz leveza, suavidade, harmonia e equilíbrio. Branco é a cor da paz em toda sua plenitude.
2.Girassol
Para fazer brilhar nossa luz com equilibrio sem exagero nem demérito. Somos potência e buscamos a luz para nos guiar. O amarelo traz força para o plexo solar favorecendo assim os relacionamentos
3.Arnica
Floral reestruturante, cuida das dores da alma, revitaliza e alinha nossas potências de poder e vontade. Também reforça o plexo solar com seu amarelo resplandecente.
4.Alfazema ou lavanda
Floral que alcança o campo espiritual ampliando a força interior. Favorece a limpeza profunda trazendo leveza. A cor violeta propicia transmutação, harmonizando todos os chacras, elevando a energia a níveis mais sutis. Floral que traz muita Luz.
5.Abóbora
Floral que esparge vitalidade e prosperidade. Atua na transformação de padrões de escassez em vibrações de abundância em qualquer área da vida, finanças, amor, saúde, vocação e espiritualidade, trazendo realização plena.
6.Mulungu
Floral que abre espaço para o autocontrole, autodomínio e equilíbrio. Tranquiliza e acalma. Ameniza sentimentos turbulentos. Traz tranquilidade e lucidez. Usado para obter foco nas atividades intelectuais estimulando a concentração. A cor vermelha vai aproximar da sensibilidade criativa em todos os aspectos da vida material, fazendo a conexão com o telúrico e o cósmico que habita em nós. Essa cor estimula o chakra básico trazendo enraizamento, sensoriedade, estar no "aqui e agora".
7.Erva de São João
Afasta os medos inconscientes e sonhos inquietantes. Oferece confiança para saber que tudo esta bem e que estamos protegidos pela Luz Maior. Antidepressivo natural, traz alegria e contentamento, promovendo a cura da alma que sofre.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
Sobre angústia

Perfeito para o dia de hoje. Quero falar disso. O quadro "O Grito" do pintor norueguês Edvard Munch me capturou na adolescência, a aparência de angústia dessa obra de arte combinava comigo nas crises adolescentes.
Hoje, eu angustiada no colinho amigo do querido Rodrigo, ambos confidentes, contando nossas mazelas vividas... ambos angustiados, motivos diversos na mesma raiz: existimos!
E a existência é por si só...angustiante... de quando em vez... viva ao relativismo e ao paradigma quântico que nos liberta para irmos fundo nesse falar sem linealidade, estou uma angustiada confusa e confessa, hoje...amanhã? não sei... sentimentos assim passeiam em mim mas não fazem morada, sou uma otimista contumaz...
A angústia desse GRITO de LEGO me capturou de outra maneira. Era "O grito" mas era "outro grito" que nos fez sorrir, era a marca criativa e divertida do artista Nathan Sawaya na exposição "The Art Of The Brick".
Em alguns momentos ele vinha com peças como essa e outras...cortantes, doídas, profundas, mas era LEGO, muitas crianças de todas as idades lá estavam enternecidas. Via-se nas expressões sorridentes, de poses ao lado das peças coloridas de criação quase lírica, um lindo bailar lúdico profundo.
Era uma profusão de cores contagiantes,
não conseguimos Rodrigo e eu deixar de perceber cada pecinha do alegre material. Era o LEGO, divertido, interessante em suas multifacetadas possibilidades.
Linda exposição, linda companhia, andamos de braços dados, fotografando, rindo, quase chorando, enfim gostando do belo Museu Histórico Nacional, gostando um do outro.
Mas a angústia ia e vinha, passeando brejeira em nossos corações.
Angústia é que nem qualquer coisa: dá e passa e quando temos a possibilidade de dividir, o fardo fica leve, bem mais leve.
Neste momento chove em Niterói, a luz acabou e eu, de varanda, sentada no chão, escrevo... escrevo...
A luz volta, pessoas comemoram, gosto dessa comemoração de volta da luz, sempre me faz sorrir.
A casa se ilumina me chamando para o frescor do ar condicionado, pois calor e angústia é coisa demais para uma quinta-feira de Janeiro, mês de recomeço.
Chuva de bênçãos para todos que, como eu, tem seus dias nos braços das trevas da angústia. Mas amanhã o sol brilha novamente, um novo dia vai surgir trazendo vida. Essa vida eu abençoo e agradeço. Chuva de bênçãos para a humanidade inteira.
domingo, 8 de janeiro de 2017
SOBRE SAUDADE
"O mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas – mas que elas vão sempre mudando”.
Guimarães Rosa me fornece a deixa... vamos vivendo e mudando. Vivendo e mudando... Vivendo... Porque hoje é domingo... as reticências querem sair... Hoje acordei saudosa... Saudosa do que vi, vivi e fui... mesmo em paz com o que vejo, vivo e sou..
Saudade é uma palavrinha doida e doída... Muitas vezes, um que de nada traz uma saudade escondida, uma vontade de fazer virar as luzes da alegria. Uma pitada substancial de tristeza num manancial de boas lembranças.
O que é saudade senão um lembrar do que foi, trazendo para o agora? Saudade é lembrar detalhes... se perder nesses detalhes.
Existem muitos tipos de saudades.
Saudades da carícia da mãe, do gosto de bolinho de chuva das tardes frias com chocolate quente e de nós quatro debaixo do cobertor que tenho esburacado até hoje. Isso é saudade...
Saudades do cheiro do colo da mãe que era mistura de tempero e do pai me levando para cama no colinho. Saudade de um croquete esquisito que minha mãe fazia. E das obras de arte que meu pai encontrava nos matos e levava para casa para passar verniz. Saudade...
Saudade das brincadeiras de pique esconde que acabavam em briga entre irmãos. Saudade desse irmão que sabia trocar lâmpadas como ninguém e que fazia piada da minha incompetência para dirigir. Saudade...
Saudade do amigo que me acompanhava nos programas que só nós gostávamos. Amigo de segredos profundos, melancólico e de bom ouvido. Nós líamos a revista programa do Jornal do Brasil e procurávamos o que fosse gratuito, pois vivíamos duros dividindo lanche. Saudade...
Estes já partiram para a pátria espiritual mas eu sinto falta dessas pequenas coisas que nos vinculavam, que apertavam laços, sinto falta mesmo, mas é sem dor... Saudades muitas de Camila, Genaro, Camilo, Gilmar e de muitos outros que me fizeram quem sou...
No tocante aos muito vivos em trânsito no mundo, lembro com saudades de muitas coisas boas...
Saudade presente é te procurar ao meu lado e tocar suas costas com minhas mãos, de ficar junto, tomar café na padaria e ver programas despretensiosos na TV. Pois é, sou saudosista entre outras tantas coisas que sou...
Lembra daquele dia em que não conseguiamos parar de rir daquela bobeira?
Lembra daquele dia em que nós... Lembra desse outro que você... e naquele dia em que eu fiz... E vai por aí... Zeca Baleiro canta: "Se tudo passa como se explica o amor que fica nessa parada ...Amor que chega sem dar aviso...Não é preciso saber mais nada..." Pois é... Saudades...
Tambem sinto saudade daquelas turmas barulhentas que me exauriam, eu tentando evitar que colassem, sabendo que colariam mesmo assim. Mas eu lembrava de professores que insistentemente chamavam meu nome para que eu pudesse parar de falar. Aí entendia tudo, professores sendo professores e alunos sendo alunos, tudo muito lindo... Saudades...
Saudades muitas de pessoas especiais que me ensinaram e aprenderam comigo e que se perderam na roda do tempo. De muitos cafés intermináveis com pessoas deliciosas. Da Dani que não vejo nunca, do Eduardo que está lá longe.... Saudades... Da Ana Paula aplacamos a saudade esta semana numa praia recheada de conversas e saímos bronzeadas de prazer...
Que bom que existem as redes sociais pois muitas preciosidades eu tenho como amigos no Facebook e no Instagram. Nos vemos nos planos virtuais da existência...
Saudade é lembrar e se possível sofrer pouco, lembrar com alegria o que foi possível viver.
O anteparo da saudade é a esperança. Que possamos nutri-la com desvelo e com carinho. Novos momentos serão vividos e deixarão um rastro de saudade, que venham esses momentos e suas posteriores saudades...
Chuva de bênçãos repletas de ESPERANÇA para esse ano novinho, que possamos parar de reclamar do calor, valorizar e viver intensamente cada dia. Namastê!
Guimarães Rosa me fornece a deixa... vamos vivendo e mudando. Vivendo e mudando... Vivendo... Porque hoje é domingo... as reticências querem sair... Hoje acordei saudosa... Saudosa do que vi, vivi e fui... mesmo em paz com o que vejo, vivo e sou..
Saudade é uma palavrinha doida e doída... Muitas vezes, um que de nada traz uma saudade escondida, uma vontade de fazer virar as luzes da alegria. Uma pitada substancial de tristeza num manancial de boas lembranças.
O que é saudade senão um lembrar do que foi, trazendo para o agora? Saudade é lembrar detalhes... se perder nesses detalhes.
Existem muitos tipos de saudades.
Saudades da carícia da mãe, do gosto de bolinho de chuva das tardes frias com chocolate quente e de nós quatro debaixo do cobertor que tenho esburacado até hoje. Isso é saudade...
Saudades do cheiro do colo da mãe que era mistura de tempero e do pai me levando para cama no colinho. Saudade de um croquete esquisito que minha mãe fazia. E das obras de arte que meu pai encontrava nos matos e levava para casa para passar verniz. Saudade...
Saudade das brincadeiras de pique esconde que acabavam em briga entre irmãos. Saudade desse irmão que sabia trocar lâmpadas como ninguém e que fazia piada da minha incompetência para dirigir. Saudade...
Saudade do amigo que me acompanhava nos programas que só nós gostávamos. Amigo de segredos profundos, melancólico e de bom ouvido. Nós líamos a revista programa do Jornal do Brasil e procurávamos o que fosse gratuito, pois vivíamos duros dividindo lanche. Saudade...
Estes já partiram para a pátria espiritual mas eu sinto falta dessas pequenas coisas que nos vinculavam, que apertavam laços, sinto falta mesmo, mas é sem dor... Saudades muitas de Camila, Genaro, Camilo, Gilmar e de muitos outros que me fizeram quem sou...
No tocante aos muito vivos em trânsito no mundo, lembro com saudades de muitas coisas boas...
Saudade presente é te procurar ao meu lado e tocar suas costas com minhas mãos, de ficar junto, tomar café na padaria e ver programas despretensiosos na TV. Pois é, sou saudosista entre outras tantas coisas que sou...
Lembra daquele dia em que não conseguiamos parar de rir daquela bobeira?
Lembra daquele dia em que nós... Lembra desse outro que você... e naquele dia em que eu fiz... E vai por aí... Zeca Baleiro canta: "Se tudo passa como se explica o amor que fica nessa parada ...Amor que chega sem dar aviso...Não é preciso saber mais nada..." Pois é... Saudades...
Tambem sinto saudade daquelas turmas barulhentas que me exauriam, eu tentando evitar que colassem, sabendo que colariam mesmo assim. Mas eu lembrava de professores que insistentemente chamavam meu nome para que eu pudesse parar de falar. Aí entendia tudo, professores sendo professores e alunos sendo alunos, tudo muito lindo... Saudades...
Saudades muitas de pessoas especiais que me ensinaram e aprenderam comigo e que se perderam na roda do tempo. De muitos cafés intermináveis com pessoas deliciosas. Da Dani que não vejo nunca, do Eduardo que está lá longe.... Saudades... Da Ana Paula aplacamos a saudade esta semana numa praia recheada de conversas e saímos bronzeadas de prazer...
Que bom que existem as redes sociais pois muitas preciosidades eu tenho como amigos no Facebook e no Instagram. Nos vemos nos planos virtuais da existência...
Saudade é lembrar e se possível sofrer pouco, lembrar com alegria o que foi possível viver.
O anteparo da saudade é a esperança. Que possamos nutri-la com desvelo e com carinho. Novos momentos serão vividos e deixarão um rastro de saudade, que venham esses momentos e suas posteriores saudades...
Chuva de bênçãos repletas de ESPERANÇA para esse ano novinho, que possamos parar de reclamar do calor, valorizar e viver intensamente cada dia. Namastê!
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