"Todos somos intelectuais" quem afirma é o grande pensador político Antonio Gramsci, conheci seus escritos sofridos: "Cadernos do cárcere " no mestrado e foi paixão à primeira linha.
Mas foi em uma xerox daquelas trocentas da faculdade, que encontrei uma pérola, um fragmento do livro "Os intelectuais e a organização da cultura", Gramsci diz assim:
"Todos os homens são intelectuais(... ) mas nem todos os homens desempenham na sociedade a função de intelectuais(...)não existem não-intelectuais(...)Não existe atividade humana da qual se possa excluir toda intervenção intelectual, não se pode separar o homo faber do homo sapiens(...) Em suma, todo homem, fora de sua profissão, desenvolve uma atividade intelectual qualquer, ou seja, é um “filósofo”, um artista, um homem de gosto, participa de uma concepção do mundo, possui uma linha consciente de conduta moral, contribui assim para manter ou para modificar uma concepção do mundo, isto é, para promover novas maneiras de pensar." Ganhou minha atenção e amizade eterna, esse italiano.
Os mais puristas podem criticar quem se aventura a escrever, como se escrever fosse exclusividade de literatos. Descobri que não, se todos são intelectuais, mais até...se todos podem ser filósofos, estão todos autorizados a escrever, publicar e divulgar... Até porque gosto é gosto e não existe mau gosto universal, estamos imersos na relatividade afinal...
Isso me move a registrar minhas impressões da vida neste espaço meu, publico o que desejo e sou lida por quem se aventura. Escrevo para me libertar e favorecer a libertação de quem deseja. Sendo eu uma não escritora que escreve, sou um ser que pensa o mundo e quer registrar isso.
Li uma vez que Clarice Lispector disse que escrever seria o domínio dela sobre o mundo, mas Clarice tem licença poética para dominar o que bem deseja. Eu escrevo terapeuticamente para libertar a mim mesma das presilhas do silêncio. Me declaro no mundo... liberto meus ais... sou...
Autorizo, com meu ilimitado poder de declarar, em um espaço que construí para isso, autorizo sim a todos que escrevam, libertem o que está impedindo essa manifestação criativa.
Escrevam com elegância pois já tem deselegância demais por aí, mas... se escolher a deselegância... também não vou criticar... escrevam para exorcizar os demônios internos, para curar as feridas, para celebrar a vida ou se preferir celebrar a morte. A morte da prisão de se esconder de si e do mundo.. ou outra morte qualquer...
Escrevam para si e se resolverem ler o que você escreve, escreva mais um pouco...
Um dia uma blogueira disse que 10 mil pessoas leram seu blog, uhu... li e nem gostei, mas ela estava ali sendo quem é, soltando os seus bichos, sendo ela em um espaço democrático sem medo de críticas... Também... se criticarem no meio dessa imensidão de coisas para ler na internet é capaz do criticado nem ler a crítica, pode ser bom...
Então escrevam, publiquem ou não, mas usem qualquer canal de libertação, pode ser outra manifestação, vale desenhar, pintar, cantar, tocar e por aí vai. O importante é expressão de si, é a possibilidade de catarse...
Chuva de bênçãos neste lindo dia de janeiro onde já choveu, já fez sol e a vida se manifesta perfeitamente imperfeita ou imperfeitamente perfeita, escolham...e sejam felizes do jeito que der...
quarta-feira, 10 de janeiro de 2018
sexta-feira, 15 de dezembro de 2017
Basta comer bem?
"Ter nascido me estragou a saúde." Diz Clarice Lispector brejeira e mordaz : Acho graça de Clarice e do meu "brejeira: " usando gíria antiga que denuncia a idade. Nascer é o bastante para começar o que há de melhor e o que há de pior. Nascer inaugura sua existência completada pela essência nela contida.
Basta comer bem? Essa será a nossa reflexão de hoje! Já nascemos comendo... sugando vida...
Entendo oportuna em momentos de festejos como os que agora se anunciam, fechamento de ano, amigo oculto com almoço entre amigos e familiares, Natal e Réveillon, é muita comida, minha gente...
Aí vem as dicas e truques em todas as redes sociais para minimizar os impactos da gulodice, ímpeto que se apossa de nós em frente a um prato de rabanadas fresquinhas, quentinhas e açucaradas com canela... isso falo por mim... cada um sabe da sua tentação...
Mas a conversa hoje é baseada na indagação: - Basta comer bem para garantir boa saúde, vitalidade e energia? Sei não... se o cuidado passar apenas pela alimentação, eu diria, sem risco de errar que não é o bastante, comer bem e com equilíbrio é reflexo de uma vida equilibrada. O que tem no prato reflete o que existe na mente. Mente em desarmonia, prato desarmonizado...
Conheci pessoas com uma alimentação de alto nível, advogando várias teorias saudáveis e com um comportamento agressivo que não combinava com o prato exemplar que exibiam... mas é, somos multipolares... duais... paradoxais...
A pessoa sai do consultório médico, após verificar seus exames de rotina, com um muxoxo sofrido dizendo que agora vai cuidar da saúde, vai tirar o glúten, a lactose e as gorduras e vai caminhar três vezes na semana e é claro tomar aquele monte de medicamentos habituais. Pronto, resolveu a vida. Será??????
É garantia de uma boa saúde apenas cuidar da alimentação, praticar atividades físicas e tomar remédios? Claro que não!
São boas as dicas: cuidar da alimentação e praticar exercícios físicos. Porém o excesso de remédios impactam enormemente a saúde, ao contrário de curar, adoecem mais, para os efeitos colaterais mais remédios, mão cheia, bolso vazio e ainda doente. Pois é...
"A gente não quer só comida a gente quer bebida, diversão, balé... a gente não quer só comida a gente quer a vida como a vida quer.."
Cuidar da mente é a maior garantia de saúde, esse é o segredo nada secreto. Como diz minha amiga Daniele Rangel: " essa é a cereja do bolo".
Joanna de Ângelis enfatiza: “cada qual vive no mundo edificado pelo seu pensamento”. Somos o que construímos para nós. No prato e na vida.
Tive oportunidade de rir muito com uma cena no shopping. Uma jovem bem acima do peso padrão, sai de sopetão de uma cabine ao meu lado, me pede licença e percebe que estamos com o mesmo vestido, ela sorri e diz bem humorada: - esse vestido serve para todo tipo de corpo não é? Eu concordo sorrindo e ela completa: - meu namorado gaúcho ama carne e meu colesterol e glicemia estão ótimos. Apoiei, empoderei com mais palavras elogiosas e vai alguém saudável por aí com seus quilos a mais que não vieram de comer salada e suas taxas sanguíneas em alta... e vai feliz...
Um coração aberto e tranquilo, sem medo, culpa ou vergonha vai propiciar saúde para veias e artérias , as raivas apaziguadas vão garantir fígado íntegro, posturas flexiveis vão garantir que músculos e ossos sejam lubrificados e não enferrugem. A tristeza cuidada favorece o baço e o pâncreas que funcionam melhor em clima de alegria. A coragem vencendo o medo paralisante auxilia o bom funcionamento dos rins filtrando as toxinas.
As causas emocionais são no fundo a raiz de nossas dores. Facilmente pode-se concluir que somos integrais e sistêmicos... todos os pensamentos, sentimentos e ações vão formar o corpo com que transitamos no mundo... saudável ou adoecido, vivaz ou desvitalizado, cada um de nós decide como quer viver... e arca com as consequências das escolhas.
Muitos mecanismos estão disponíveis para trazer à tona a saúde e o equilíbrio, terapias várias, práticas meditativas, orações equilibrantes e tudo que possa fortalecer o psiquismo. Cada um sabe seu caminho para o equilíbrio, basta trilhar essa jornada. Existe uma sabedoria transcendental em cada um de nós que grita, que possamos ouvir essa sabedoria do nosso Eu Superior.
Concluímos, portanto, que realmente não basta comer bem, é necessário se equilibrar nas múltiplas facetas do nosso espírito imortal.
Dito isto, reforço que a cautela com o que se coloca no no prato é sempre uma boa pedida. Aproveitemos as festividades de final de ano com votos de melhoria contínua, vertiginosa, ascendente. Que sejamos nós melhores a cada dia, plenos e potentes. Abertos para todas os bons alimentos: funcionais, vegetarianos, veganos, detox, low carb, todos são maravilhosos quando a mente está também desintoxicada. Força e poder também para os onívoros, que cada um sabe o que é melhor para si dentro do estágio em que se encontra.
Chuva de bênçãos para tudo que te faz ser melhor a cada dia, que sejamos nós melhores para o ano novo que virá.
Basta comer bem? Essa será a nossa reflexão de hoje! Já nascemos comendo... sugando vida...
Entendo oportuna em momentos de festejos como os que agora se anunciam, fechamento de ano, amigo oculto com almoço entre amigos e familiares, Natal e Réveillon, é muita comida, minha gente...
Aí vem as dicas e truques em todas as redes sociais para minimizar os impactos da gulodice, ímpeto que se apossa de nós em frente a um prato de rabanadas fresquinhas, quentinhas e açucaradas com canela... isso falo por mim... cada um sabe da sua tentação...
Mas a conversa hoje é baseada na indagação: - Basta comer bem para garantir boa saúde, vitalidade e energia? Sei não... se o cuidado passar apenas pela alimentação, eu diria, sem risco de errar que não é o bastante, comer bem e com equilíbrio é reflexo de uma vida equilibrada. O que tem no prato reflete o que existe na mente. Mente em desarmonia, prato desarmonizado...
Conheci pessoas com uma alimentação de alto nível, advogando várias teorias saudáveis e com um comportamento agressivo que não combinava com o prato exemplar que exibiam... mas é, somos multipolares... duais... paradoxais...
A pessoa sai do consultório médico, após verificar seus exames de rotina, com um muxoxo sofrido dizendo que agora vai cuidar da saúde, vai tirar o glúten, a lactose e as gorduras e vai caminhar três vezes na semana e é claro tomar aquele monte de medicamentos habituais. Pronto, resolveu a vida. Será??????
É garantia de uma boa saúde apenas cuidar da alimentação, praticar atividades físicas e tomar remédios? Claro que não!
São boas as dicas: cuidar da alimentação e praticar exercícios físicos. Porém o excesso de remédios impactam enormemente a saúde, ao contrário de curar, adoecem mais, para os efeitos colaterais mais remédios, mão cheia, bolso vazio e ainda doente. Pois é...
"A gente não quer só comida a gente quer bebida, diversão, balé... a gente não quer só comida a gente quer a vida como a vida quer.."
Cuidar da mente é a maior garantia de saúde, esse é o segredo nada secreto. Como diz minha amiga Daniele Rangel: " essa é a cereja do bolo".
Joanna de Ângelis enfatiza: “cada qual vive no mundo edificado pelo seu pensamento”. Somos o que construímos para nós. No prato e na vida.
Tive oportunidade de rir muito com uma cena no shopping. Uma jovem bem acima do peso padrão, sai de sopetão de uma cabine ao meu lado, me pede licença e percebe que estamos com o mesmo vestido, ela sorri e diz bem humorada: - esse vestido serve para todo tipo de corpo não é? Eu concordo sorrindo e ela completa: - meu namorado gaúcho ama carne e meu colesterol e glicemia estão ótimos. Apoiei, empoderei com mais palavras elogiosas e vai alguém saudável por aí com seus quilos a mais que não vieram de comer salada e suas taxas sanguíneas em alta... e vai feliz...
Um coração aberto e tranquilo, sem medo, culpa ou vergonha vai propiciar saúde para veias e artérias , as raivas apaziguadas vão garantir fígado íntegro, posturas flexiveis vão garantir que músculos e ossos sejam lubrificados e não enferrugem. A tristeza cuidada favorece o baço e o pâncreas que funcionam melhor em clima de alegria. A coragem vencendo o medo paralisante auxilia o bom funcionamento dos rins filtrando as toxinas.
As causas emocionais são no fundo a raiz de nossas dores. Facilmente pode-se concluir que somos integrais e sistêmicos... todos os pensamentos, sentimentos e ações vão formar o corpo com que transitamos no mundo... saudável ou adoecido, vivaz ou desvitalizado, cada um de nós decide como quer viver... e arca com as consequências das escolhas.
Muitos mecanismos estão disponíveis para trazer à tona a saúde e o equilíbrio, terapias várias, práticas meditativas, orações equilibrantes e tudo que possa fortalecer o psiquismo. Cada um sabe seu caminho para o equilíbrio, basta trilhar essa jornada. Existe uma sabedoria transcendental em cada um de nós que grita, que possamos ouvir essa sabedoria do nosso Eu Superior.
Concluímos, portanto, que realmente não basta comer bem, é necessário se equilibrar nas múltiplas facetas do nosso espírito imortal.
Dito isto, reforço que a cautela com o que se coloca no no prato é sempre uma boa pedida. Aproveitemos as festividades de final de ano com votos de melhoria contínua, vertiginosa, ascendente. Que sejamos nós melhores a cada dia, plenos e potentes. Abertos para todas os bons alimentos: funcionais, vegetarianos, veganos, detox, low carb, todos são maravilhosos quando a mente está também desintoxicada. Força e poder também para os onívoros, que cada um sabe o que é melhor para si dentro do estágio em que se encontra.
Chuva de bênçãos para tudo que te faz ser melhor a cada dia, que sejamos nós melhores para o ano novo que virá.
terça-feira, 31 de outubro de 2017
Benditas coisas...
"bença pai, bença mãe..." acabou essa tradição. Que pena!
Por conta disso viajei na música "Benditas" mais de uma vez.
Hoje resolvi registrar as viagens... a voz debochada da martynalia já é provocativa e a Zélia tem um tom que posso ouvir até amanhã de manhã.
A letra é ótima da dupla e o ritmo me alcança pois trabalha exatamente com bênçãos... de um jeito diferente, bem no meu estilo.
Bendiz o que tem e o que não tem, é uma oração que transita alegremente entre o sagrado e o profano. Curti!!!!
"Benditas coisas que eu não sei
Os lugares onde não fui
Os gostos que não provei"
Essa bênção vai para tudo aquilo que ainda está por vir, a fluidez do Universo vai propiciando experiências e nós vamos experimentando... bom que seja com algum critério, senão... as vezes complica... mas tudo bem... o tempo conserta tudo, tudo mesmo.
"Meus verdes ainda não maduros"
Gosto demais disso, tenho tantos verdes em mim e vejo tantos verdes no outro, esses também são abençoados e mostram nossas ações no mundo. Com firme propósito de amadurecer cada um a seu tempo e com todas as potências a desenvolver... a existência terrena é uma viagem, uma boa viagem.
"Os espaços que ainda procuro".
Aí vou viajar mesmo, trago camille Claudel e suas angústias :
"Há sempre algo de ausente que me atormenta."
Esses espaços nunca estão fora... a loucura de camille é a daquele que procura fora o que está dentro. Bendito tudo que está dentro e benditas as possibilidades de acesso. Faço terapia e sou terapeuta pelas chaves de acesso.
"Os amores que eu nunca encontrei". Bendito aquilo que não chegou porque não era meu... e se partiu é porque a lição já foi aprendida. Aproveitemos a lição, dolorosa em várias situações, mas ensinam...
"Benditas coisas que não sejam benditas". Boa demais essa afirmação, mas afinal o que não é bendito?
Tudo pode ser, de acordo com o olho de quem vê. A visão maniqueísta de classificação tira a potência, cataloga e rotula. E o simples se reveste em trágico ou profano, mas é só simples... simples coisas que acontecem... benditas sejam...
"A vida é curta
Mas enquanto dura
Posso durante um minuto ou mais
Te beijar pra sempre."
A vida longa já é curta para todo prazer que existe, para a manifestação de todo tipo de amor, para todos os beijos que adoçam a vida, de amantes, de amigos, de pai, de mãe. Beijar pé de bebê é uma delícia macia. É muito beijo no mundo pra beijar. Então... beijemos...
"E desconhece do relógio o velho futuro
O tempo escorre num piscar de olhos
E dura muito além dos nossos sonhos mais puros".
Isso é pura poesia. Nos sonhos o tempo corre célere e desconhece o limite entre passado e futuro. Sonhar é se permitir ir além... sonhemos...
"Bom é não saber o quanto a vida dura
Ou se estarei aqui na primavera futura
Posso brincar de eternidade agora
Sem culpa nenhuma".
Bom acreditar que a vida dura além desse tempo de vida, que muitas primaveras com cores até mais brilhantes poderei apreciar, estando com olhos mais lúcidos e perceptivos. Isso é brincar de eternidade. Culpa é prisão, portanto, sem culpa, sem culpa nenhuma...
E essa delícia de música me embala numa onda de contentamento, sorrio agora enquanto "Canjica", a bendita vizinha canina, repousa a cabeça na minha perna, amorosamente.
Chuva de bênçãos para todos os seres do planeta azul, aqueles que estão entre o sagrado e o profano, como praticamente a totalidade dos viajantes da transitoriedade do tempo. Benditas todas as coisas do mundo, desse tempo, do tempo que já passou e do tempo de regeneração plena que ainda virá.
terça-feira, 3 de outubro de 2017
Quando sou o algoz...
Gosto de pensadores e de frases de efeito, mesmo que por vezes não concorde, sempre me levam a pensar. Voltaire traz a frase do dia: "Encontra-se oportunidade para fazer o mal cem vezes por dia e para fazer o bem uma vez por ano." Exagerado esse Voltaire! Será????
A questão não é oportunidade e sim disponibilidade. As oportunidades estão por aí mas sabemos detectar? Perceber? Propiciar? Aprendi com minha mãe e com a religiosidade aliada a espiritualidade que "Pagar o mal com o bem" é uma atitude sábia e produtiva.
Faço a distinção entre religiosidade e espiritualidade no post http://teresaquintas.blogspot.com.br/2016/10/sobre-religiosidade-e-espiritualidade.html?m=1
Aprendi que é importante exercitar o perdão e trabalhar no sentido de um aprimoramento do bem EM MIM. Compreendendo que cada um faz o que pode e age do jeito que entende. Por vezes a intenção não foi o mal, o resultado é que foi trágico ou equivocado ou só ruim.
Quando nos ensinam a perdoar, sempre nos colocam, ou nós nos colocamos, na posição daquele que tem o bem e vai oferecer para aquele que fez o mal... mas... quando sou eu a necessitar do generoso bem que vem do outro? Ou mesmo: uso esse perdão comigo nos meus tropeços?
"Melhor dar que receber"... mais uma pérola... afinal, dar indica prosperidade e abundância, já receber... vai denotar carência, necessidade, portanto a máxima cristã está recheada de lógica mais do que crença. Só oferecemos o que temos... Quando não tenho... necessito.
Quando EU sou o algoz? Quando eu me equivoco e "mando mal"? Não sei vocês, mas eu já andei aprontando alguns "mals" por aí. Já precisei desse bem que vem do outro... estou no trânsito do mundo lidando com erros e acertos, enfim...
E o mal que fazemos a nós mesmos? Lidamos com esse mal oferecendo para nós o bem ou afundamos na culpa e no vitimismo??????
Quando sofremos a reação de algo praticado e que desce quadrado, das coisas mais banais até outras mais punk, sabemos receber? Usamos a lei de ação e reação para compreender e aceitar?
Um exemplo bem simplinho: passamos mal porque exageramos naquele chocolate, ou naquela massa, nunca soube de alguém que sentiu estufamento por comer salada... aí ficamos sofrendo e culpamos a comida por nos ter feito mal, porém, aquilo que ingerimos o fazemos por vontade própria e a comida pesada ou gordurosa não tem nada com isso, comemos o que não nos faz bem porque somos infantis e ainda queremos o que não nos cabe mais. Mas esse é só um dos tipos de mal que fazemos a nós mesmos, alguns fazem a si mesmos um grande mal nesse setor, outros nem tanto...
Temos o mal com a palavra mal utilizada, desse sofro eu, ainda. .. fazemos mal a nós mesmos quando não utilizamos a palavra de forma nobre, quando a palavra sai como dardo envenenado e magoa aos outros e a nós mesmos. Como lidamos com esse mal? Lançamos anátema sobre nós ou já compreendemos que somos possuidores desse grande poder e estamos aprendendo a lidar com ele, construindo um bom universo vocabular benfazejo... malfazejo já sei usar, minha construção se assenta em trazer palavras sempre de paz.
Temos outro mal que consiste nas nossas ações desarrazoadas, sou boa nisso, intempestiva e voluntariosa, acabo por agir impulsivamente sem critério e sem razão. Esse mal, apesar de refletir por vezes no outro é sempre pior para aquele que executa, portanto sofro muitas vezes de ressaca moral, aff... só tenho a declarar em minha defesa que já melhorei muito... vou caminhando nessa trilha pedregosa chamada vida...
Enfim... pagar o mal com o bem significa estar com disponibilidade para oferecer primeiro esse bem para si mesmo. Estando abastecidos de auto amor, auto perdão e auto tudo de bom, aí sim poderemos oferecer esse bem para o mundo inteiro. Deixaremos de ser algozes e seremos repletos do bem que vamos espargir a todos. Não seremos nem vítimas, pois estaremos tão plenos que nada nos atingirá.
Só oferecemos aquilo que já faz parte do acervo construído ao longo da jornada evolutiva e quanto mais ciente das minhas potências mais me aprimoro, saio do estado culposo ou persecutório e assumo integralmente a noção de minha responsabilidade plena sobre o que está ao meu redor.
Construo meu cenário para que eu possa aprender a lidar com ele. O Criador nos dotou de tudo necessário, agora é assumir esse protagonismo e seguir rumo ao divino que habita em nós.
Chuva de bênçãos para todos nós que estamos nos trabalhando constantemente para melhorar, chuva de bênçãos também para aqueles que pensam que já melhoraram o suficiente, chuva de bênçãos para a humanidade inteira de seres de luz.
A questão não é oportunidade e sim disponibilidade. As oportunidades estão por aí mas sabemos detectar? Perceber? Propiciar? Aprendi com minha mãe e com a religiosidade aliada a espiritualidade que "Pagar o mal com o bem" é uma atitude sábia e produtiva.
Faço a distinção entre religiosidade e espiritualidade no post http://teresaquintas.blogspot.com.br/2016/10/sobre-religiosidade-e-espiritualidade.html?m=1
Aprendi que é importante exercitar o perdão e trabalhar no sentido de um aprimoramento do bem EM MIM. Compreendendo que cada um faz o que pode e age do jeito que entende. Por vezes a intenção não foi o mal, o resultado é que foi trágico ou equivocado ou só ruim.
Quando nos ensinam a perdoar, sempre nos colocam, ou nós nos colocamos, na posição daquele que tem o bem e vai oferecer para aquele que fez o mal... mas... quando sou eu a necessitar do generoso bem que vem do outro? Ou mesmo: uso esse perdão comigo nos meus tropeços?
"Melhor dar que receber"... mais uma pérola... afinal, dar indica prosperidade e abundância, já receber... vai denotar carência, necessidade, portanto a máxima cristã está recheada de lógica mais do que crença. Só oferecemos o que temos... Quando não tenho... necessito.
Quando EU sou o algoz? Quando eu me equivoco e "mando mal"? Não sei vocês, mas eu já andei aprontando alguns "mals" por aí. Já precisei desse bem que vem do outro... estou no trânsito do mundo lidando com erros e acertos, enfim...
E o mal que fazemos a nós mesmos? Lidamos com esse mal oferecendo para nós o bem ou afundamos na culpa e no vitimismo??????
Quando sofremos a reação de algo praticado e que desce quadrado, das coisas mais banais até outras mais punk, sabemos receber? Usamos a lei de ação e reação para compreender e aceitar?
Um exemplo bem simplinho: passamos mal porque exageramos naquele chocolate, ou naquela massa, nunca soube de alguém que sentiu estufamento por comer salada... aí ficamos sofrendo e culpamos a comida por nos ter feito mal, porém, aquilo que ingerimos o fazemos por vontade própria e a comida pesada ou gordurosa não tem nada com isso, comemos o que não nos faz bem porque somos infantis e ainda queremos o que não nos cabe mais. Mas esse é só um dos tipos de mal que fazemos a nós mesmos, alguns fazem a si mesmos um grande mal nesse setor, outros nem tanto...
Temos o mal com a palavra mal utilizada, desse sofro eu, ainda. .. fazemos mal a nós mesmos quando não utilizamos a palavra de forma nobre, quando a palavra sai como dardo envenenado e magoa aos outros e a nós mesmos. Como lidamos com esse mal? Lançamos anátema sobre nós ou já compreendemos que somos possuidores desse grande poder e estamos aprendendo a lidar com ele, construindo um bom universo vocabular benfazejo... malfazejo já sei usar, minha construção se assenta em trazer palavras sempre de paz.
Temos outro mal que consiste nas nossas ações desarrazoadas, sou boa nisso, intempestiva e voluntariosa, acabo por agir impulsivamente sem critério e sem razão. Esse mal, apesar de refletir por vezes no outro é sempre pior para aquele que executa, portanto sofro muitas vezes de ressaca moral, aff... só tenho a declarar em minha defesa que já melhorei muito... vou caminhando nessa trilha pedregosa chamada vida...
Enfim... pagar o mal com o bem significa estar com disponibilidade para oferecer primeiro esse bem para si mesmo. Estando abastecidos de auto amor, auto perdão e auto tudo de bom, aí sim poderemos oferecer esse bem para o mundo inteiro. Deixaremos de ser algozes e seremos repletos do bem que vamos espargir a todos. Não seremos nem vítimas, pois estaremos tão plenos que nada nos atingirá.
Só oferecemos aquilo que já faz parte do acervo construído ao longo da jornada evolutiva e quanto mais ciente das minhas potências mais me aprimoro, saio do estado culposo ou persecutório e assumo integralmente a noção de minha responsabilidade plena sobre o que está ao meu redor.
Construo meu cenário para que eu possa aprender a lidar com ele. O Criador nos dotou de tudo necessário, agora é assumir esse protagonismo e seguir rumo ao divino que habita em nós.
Chuva de bênçãos para todos nós que estamos nos trabalhando constantemente para melhorar, chuva de bênçãos também para aqueles que pensam que já melhoraram o suficiente, chuva de bênçãos para a humanidade inteira de seres de luz.
quarta-feira, 6 de setembro de 2017
Está se achando livre??????
Somos livres para decidir? Escolher? Fazer? Claro que não. Nossos comportamentos diários estão subordinados aos condicionantes espaço-temporais, ela coloca isso muito bem quando fala dos hábitos e costumes de outros países. O tempo também traça suas influências, vide as péssimas ideias sobre fast food e as ótimas dicas sobre suco verde, para o bem e para o mal somos conduzidos.Momento favorável para pensar dependência/independência, feriado da pretensa independência do Brasil. Brasil independente? Sei não... Zapeando na net encontro a Julia. Rindo muito da JoutJout , para mim, essa é a melhor comediante dos últimos tempos. Ela é assim, meio doida, sendo ela mesma. Vai falando e falando,... e nisso filosofa, é sexóloga, terapeuta, faz critica social, analisa comportamento humano muito bem, é esquisita...gosto dessa espontânea esquisitice... faz tudo muito descabeladamente.... vários amigos já receberam compartilhamentos meus quando ela fala coisas que lembro alguém. Alguns "alguens" não recebem pois não gostariam... ela "manda mal" as vezes.. é Jovem... vai sendo ela publicamente, despudoradamente, declarando as suas jovens verdades. Da Julia sou fã,. Hoje são estimuladas por ela minhas reflexões. Está se achando livre?????? Pergunta JoutJout! Esse post eu amei, vale assistir!
Recebemos um mundo cheio de regras e vamos reproduzindo... reproduzindo e defendendo essas regras. Furou a regra, vem chumbo grosso... tem que pintar cabelo, tem que pintar unha, usar jeans, ter filho, comer bife e pão francês, se for vegetariana tem que comer salada, reclamo... não faço nada disso, jeans só nos dias mais frios, só aparecem no inverso, salada só no verão.
Somos livres? Escolhemos mesmo? Achamos bom e bonito o que nos é imposto, mas tem uma angústia estranha dentro de nós... dizendo que não escolhemos nada... estava tudo aqui e fomos usando... gosto mesmo de reticências, elas dizem que tem coisa por dizer que as palavras não expressam. Uso e abuso...
Eu era pequena e dizia que não queria casar, uma tia falava que eu não deveria ficar declarando isso, iriam pensar mal de mim. Eu olhava de lado, tentava pensar o que iriam pensar e não conseguia imaginar... mas parei de falar e fiz o que eu quis fazer, será que tudo que fiz foi porque quis fazer?????????????? Agora nem sei... culpa da Julia, hoje.
Marcia Luz com sua paciente sabedoria fez uma sacada interessante, sobre esse assunto, ela relaciona nossa liberdade com a aparente liberdade das pipas, estão lá, soltinhas ao sabor do vento, mas um olhar cuidadoso pode perceber a linha segurando, guiando, manejando... foi tenso pensar assim, mas... ela até fez uma pipa colorida que me entregou sorridente, está aí para ilustrar o post, gratidão pelo desenho e pela nada confortável reflexão...
Vamos refletindo e as considerações pessoais vão nos dar suporte para trazer à tona esse desconforto, assim vamos mudando o que dá, sendo mais protagonistas da nossa história, comemorado a maior independência do mundo: a nossa!
Chuva de bênçãos neste lindo dia para todos e todas que estão refletindo sobre sua independência, abençoo também quem não está, pois estão exercendo seu poder de escolha.
quinta-feira, 31 de agosto de 2017
Sobre escolhas e monstros que habitam em nós...
Zapeando em frente a TV, refastelada no sofá, a vizinha canina com a cabeça em minhas pernas em um soninho abusado, cena pitoresca de nada pra fazer, tendo um monte de coisas querendo minha atenção, mas... eu me permitindo fazer nada ...
Licença poética de vida prática de quem trabalhou muito e continua trabalhando... nos quase sessenta anos se permite ficar sem culpa no sofá... Domenico de Masi me apoia teoricamente... pois é... Nesse ócio criativo, encontro um seriado desses mil que existem, sobre crimes e formas criativas para soluciona-los. Um agente muito sagaz recita uma boa tirada que atribui a Stephen King: "Monstros são reais e fantasmas são reais também. Vivem dentro de nós e, às vezes, vencem."
Mas não é que é? Fiquei olhando para o teto esquecida da solução para o mistério do filme. Tudo está mesmo dentro de nós, a nossa realidade vivida é construção total pessoal, uma ínfima parte pertence ao mistério... as Leis insondáveis que repousam no Cosmo... mas o dia a dia é inteiramente de responsabilidade nossa... essa certeza é, por vezes, assustadora... muito assustadora, embora bela e estimulante. É como andar de montanha russa, gostoso mas dá frio na espinha. A vida se assemelha a montanha russa, repleta de altos e baixos.
A construção pessoal a que me refiro tem relação com a faixa vibracional.
Vibro em uma frequência tal que atraio o que também vibra nessa frequência... por isso repetimos erros e atraimos situações muito parecidas para nossas vidas.
Se vivo uma situação abusiva em alguma área da vida, vou acabar atraindo outras situações abusivas. Legitimamos o que recebemos.
Se vivo escassez atraio escassez, se sinto/ recebo inveja, vejo-me sempre nessa situação. Só existe na nossa vida o que permitimos e aceitamos. A questão é abandonar o vitimismo e assumir as rédeas da própria vida. Se não estamos bem, pronto... podemos virar a mesa e viver as consequências que advêm dessas novas escolhas. Posso mudar sempre que desejar, sou construtora de meu próprio destino. Todos somos...
Uma coisa eu aprendi mesmo e uso na minha vida: quando saio de algo negativo e me acolho e valorizo, me potencializo e me amo, dá uma virada na vida que atraio exatamente o que estou oferecendo para mim.
É enganoso o paradigma de que temos que esquecer nossas dores, cuidando das dores alheias. Nós NÃO esquecemos nossas dores. Nada é jogado embaixo do tapete sem sequelas. Podemos sim cuidar do outro a moda do deus Quiron, o curador ferido, que na mitologia representa aquele que cura os outros com os estudos advindos da busca da sua própria cura. O que se busca na verdade é nossa própria cura...
A dor está lá e precisa ser cuidada, se não for, vai inflamar, arder, doer e te impossibilitar. Portanto, se conhecer é fundamental para se cuidar. cuidar do outro também é auto curativo.
A frase de Stephen King fica tilintando na minha cabeça : Monstros são reais e fantasmas são reais também... ui!
Vivem dentro de nós e, às vezes, vencem... ui duplo.
Canto pra relaxar: "Nós somos quem podemos ser.. Sonhos que podemos ter... Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão...Um dia me disseram que os ventos às vezes erram a direção". Pensando bem, essa música não relaxa, ela faz pensar também... ando pensando muito... canso de pensar... as vezes... as vezes sim... as vezes não... penso... penso com prazer...
As vezes os monstros vencem e as vezes os ventos erram a direção... temos em nós um emaranhado de pensamentos e sentimentos, nem sempre nobres e gentis. Esses também devem ser acolhidos e compreendidos, esses também somos nós. A aceitação é condição para a transformação. Essa aceitação do lado sombrio em nós, nos leva a aceitação do lado sombrio em tudo que há. Mas como a luz sempre dissipa as trevas, se os monstros venceram hoje, perderão amanhã para o divino que habita em nós e em todas as criaturas.
Chuva de bênçãos para o acolhimento pleno do que habita em cada um de nós, que os monstros possam vencer cada vez menos.
Licença poética de vida prática de quem trabalhou muito e continua trabalhando... nos quase sessenta anos se permite ficar sem culpa no sofá... Domenico de Masi me apoia teoricamente... pois é... Nesse ócio criativo, encontro um seriado desses mil que existem, sobre crimes e formas criativas para soluciona-los. Um agente muito sagaz recita uma boa tirada que atribui a Stephen King: "Monstros são reais e fantasmas são reais também. Vivem dentro de nós e, às vezes, vencem."
Mas não é que é? Fiquei olhando para o teto esquecida da solução para o mistério do filme. Tudo está mesmo dentro de nós, a nossa realidade vivida é construção total pessoal, uma ínfima parte pertence ao mistério... as Leis insondáveis que repousam no Cosmo... mas o dia a dia é inteiramente de responsabilidade nossa... essa certeza é, por vezes, assustadora... muito assustadora, embora bela e estimulante. É como andar de montanha russa, gostoso mas dá frio na espinha. A vida se assemelha a montanha russa, repleta de altos e baixos.
A construção pessoal a que me refiro tem relação com a faixa vibracional.
Vibro em uma frequência tal que atraio o que também vibra nessa frequência... por isso repetimos erros e atraimos situações muito parecidas para nossas vidas.
Se vivo uma situação abusiva em alguma área da vida, vou acabar atraindo outras situações abusivas. Legitimamos o que recebemos.
Se vivo escassez atraio escassez, se sinto/ recebo inveja, vejo-me sempre nessa situação. Só existe na nossa vida o que permitimos e aceitamos. A questão é abandonar o vitimismo e assumir as rédeas da própria vida. Se não estamos bem, pronto... podemos virar a mesa e viver as consequências que advêm dessas novas escolhas. Posso mudar sempre que desejar, sou construtora de meu próprio destino. Todos somos...
Uma coisa eu aprendi mesmo e uso na minha vida: quando saio de algo negativo e me acolho e valorizo, me potencializo e me amo, dá uma virada na vida que atraio exatamente o que estou oferecendo para mim.
É enganoso o paradigma de que temos que esquecer nossas dores, cuidando das dores alheias. Nós NÃO esquecemos nossas dores. Nada é jogado embaixo do tapete sem sequelas. Podemos sim cuidar do outro a moda do deus Quiron, o curador ferido, que na mitologia representa aquele que cura os outros com os estudos advindos da busca da sua própria cura. O que se busca na verdade é nossa própria cura...
A dor está lá e precisa ser cuidada, se não for, vai inflamar, arder, doer e te impossibilitar. Portanto, se conhecer é fundamental para se cuidar. cuidar do outro também é auto curativo.
A frase de Stephen King fica tilintando na minha cabeça : Monstros são reais e fantasmas são reais também... ui!
Vivem dentro de nós e, às vezes, vencem... ui duplo.
Canto pra relaxar: "Nós somos quem podemos ser.. Sonhos que podemos ter... Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão...Um dia me disseram que os ventos às vezes erram a direção". Pensando bem, essa música não relaxa, ela faz pensar também... ando pensando muito... canso de pensar... as vezes... as vezes sim... as vezes não... penso... penso com prazer...
As vezes os monstros vencem e as vezes os ventos erram a direção... temos em nós um emaranhado de pensamentos e sentimentos, nem sempre nobres e gentis. Esses também devem ser acolhidos e compreendidos, esses também somos nós. A aceitação é condição para a transformação. Essa aceitação do lado sombrio em nós, nos leva a aceitação do lado sombrio em tudo que há. Mas como a luz sempre dissipa as trevas, se os monstros venceram hoje, perderão amanhã para o divino que habita em nós e em todas as criaturas.
Chuva de bênçãos para o acolhimento pleno do que habita em cada um de nós, que os monstros possam vencer cada vez menos.
segunda-feira, 14 de agosto de 2017
Sobre o tempo de cada um
"Tempo tempo tempo tempo...
Compositor de destinos...
Tambor de todos os ritmos...
Tempo tempo tempo tempo...
Entro num acordo contigo."
Como se entra em acordo com o tempo? Trabalhando a aceitação e se focando no poder do AGORA? Imagino serem essas as respostas, enfim...
Lendo "Renovando atitudes" pela terceira vez, me deparo com o capítulo "Tempo certo". Li, reli e fiquei aqui matutando... muitas leituras me capturam e fico eu, envolvida em divagações... algumas vezes socializo através dos posts, outras vezes ficam só pra mim, aumentando meu acervo de considerações íntimas
A finitude tem um que de angústia e desafio, e o tempo certo é uma provocação da sabedoria do Universo... nunca se perde tempo, ganha-se a experiência do vivido...do bem vivido... do mal vivido...
"Na vida, não existe antecipação nem adiamento, somente o tempo propício de cada um." Diz Hammed, pois é... essa percepção é dolorosa, então... está tudo certo ... cada um fazendo seu melhor dentro das suas capacidades e possibilidades. A questão é: vamos evitar a dor, pois tudo passa... mas ficam as lembranças e a possibilidade de aprender as lições do tempo. Resignificar!
E Hammed continua incomodativo: "Quem não quebra a noz, só lhe vê a casca”. Mas para “quebrar a noz é preciso senso e noção, base e atributos que requerem tempo para se desenvolverem convenientemente."
Fica a pergunta: como anda nosso senso e noção? Por vezes me entendo muito sem noção.
Criamos expectativas e nos prendemos a crenças que nos amarram e não respeitamos o tempo, elemento precioso, professor criterioso, nem sempre generoso aos nossos olhos infantis...
E vem me incomodar novamente esse texto que agora guardo na estante para fugir dele. Peguei "Calvin e Haroldo" e amanhã penso mais sobre esse assunto, agora quero rir e dormir... Boa noite pensamentos inquietos...
Dia seguinte... perdi o sono as 4 da manhã e o conceito de tempo martelava minha cabeça...
"Todos os dias quando acordo... Não tenho mais o tempo que passou... Mas tenho muito tempo...Temos todo o tempo do mundo..." cantarolo mentalmente na madrugada.
O tempo se incumbiu duramente de me ensinar a não apressar os acontecimentos. Hoje ando atenta ao tempo de cada um e ao meu próprio tempo. Me esforçando para entender que o tempo mais precioso está no agora. Que o passado pode produzir saudade ou angústia e o futuro, medo e ansiedade.
Cada um precisa caminhar dentro de seus próprios passos. Meu caminhar é exclusivamente meu, não tenho como comparar, não tenho como exigir, entendo que o tempo de cada um é o tempo de cada um, simples assim... treinando o olhar mais generoso e compassivo. Treinando a tão famosa e desejada paciência para comigo e para com os companheiros de jornada.
No belo "Cântico negro" lembro: "Só vou por onde me levam meus próprios passos". Cada um segue seus passos historicamente definidos pela sua trajetória pessoal... alguns com passos de elefante, outros de formiguinha, mas o caminhante vai... dentro de seu próprio tempo. Com resistências, insistências, dores e prazeres, vamos assim indo no tempo de cada um de nós.
O assunto não termina por aqui pois o tempo segue seu curso ininterrupto...mas eu paro por aqui mesmo, respeitando meu próprio tempo...
Chuva de bênçãos para todos os seres que estão imersos na sabedoria tempo, pois que é a humanidade inteira...
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